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DSM V: o guia mais completo (e fácil de entender) para todos os profissionais de saúde!

Já ouviu falar no DSM V, mas ainda não sabe direito o que significa? Quer entender os critérios para um diagnóstico? Confira tudo aqui!

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Se a sua profissão é da área da saúde, então é importante você entender a classificação dos atuais transtornos mentais. No caso de você se aprofundar no DSM V, ainda poderá ter um crescimento profissional.

Ele é tido como referência mundial na saúde mental. A versão foi publicada em maio de 2013, e é usada por profissionais de psicologia, psiquiatria, nutrição, neurologia, psicopedagogia, entre outros.

Aqui no texto, você confere mais detalhes sobre o DSM V, os critérios pro diagnóstico, as vantagens em utilizá-lo e os principais transtornos que aborda. #VemComAGente!

dsm v – vários livros, um ao lado do outro

O que significa a sigla DSM V?

A sigla está em inglês e significa: “Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders”, que na tradução fica: “Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais”. O número 5 representa a edição. Ou seja, estamos na 5ª publicação.

Ele tem o objetivo de ser um guia prático, funcional e flexível pra apresentar características e sintomas dos transtornos mentais. 

Além disso, também serve como instrumento de coleta de estatísticas de saúde pública, além de auxiliar profissionais a usarem uma linguagem única ao se comunicarem.

O DSM é escrito pela Associação Americana de Psiquiatria, que reúne as maiores autoridades em transtornos mentais no mundo. Esses profissionais ficam anos estudando e pesquisando mudanças na população, pra reformular e aperfeiçoar os diagnósticos.

óculos sobre um bloco de anotações

Quando surgiu o primeiro DSM?

O 1º DSM surgiu em 1952. A ideia era sistematizar, estudar e entender os sintomas e o curso das doenças mentais que mais afligiam as pessoas.

Apesar de não ter sido a primeira tentativa de classificar as desordens mentais, o conhecimento sobre o sofrimento psíquico ainda era bastante limitado.

O contexto do lançamento do DSM I foi o pós 2ª Guerra Mundial, e um dos objetivos era conduzir melhor os processos terapêuticos em veteranos sobreviventes que ficaram com sequelas, entre elas o transtorno do estresse pós-traumático.

As edições seguintes vieram em:

  • DSM II: 1968;
  • DSM III: 1980;
  • DSM III-R: 1987;
  • DSM IV: 1994;
  • DSM IV-R: 2000; 
  • DSM V: 2013.
dsm v – mão com dois dedos levantados

Qual a diferença entre o DSM e a CID?

Bem, os dois são manuais importantes. Mas a CID (Classificação Internacional de Doenças) é mais ampla. Além de abranger os transtornos mentais, também classifica e padroniza doenças médicas, por exemplo: doenças do sistema digestivo e doenças do sangue.

Na prática, o DSM atende muito bem aos objetivos de psicólogos e psicólogas. Já os profissionais de medicina tendem a usar a CID. 

De qualquer forma, não há impedimentos de usar um ou outro. 

dsm v – três cérebros feitos com notas de dólares

Quantos transtornos há no DSM V?

O DSM V traz um pouco mais de 300 transtornos mentais. Parece muito, né?

Porém, é um número irrisório se comparado à quantidade de doenças existentes na CID-10: 14,4 mil. E mais insignificante ainda se você verificar as mudanças que virão na CID-11, que entrará em vigor em 2022, com mais de 55 mil classificações.

Bem, mas você já se perguntou o que é um transtorno mental? Saberia como responder a essa pergunta? 

Talvez, mais importante que descobrir quantos distúrbios o DSM V relaciona, seja entender o que esse manual entende por tal conceito, não acha?

Então, lá vai. De acordo com sua própria descrição, um transtorno mental é uma patologia que afeta a cognição, a regulação emocional e o comportamento da pessoa. 

Isso provoca consequências no funcionamento social, laboral e acadêmico, podendo resultar em prejuízos pra própria pessoa e em sofrimento pra quem convive com ela.

Assim, o fato de existirem centenas de transtornos tem um lado positivo!

Significa que eles já foram — e ainda são — bem estudados pra que psicólogos e psiquiatras (diga-se de passagem, duas das principais profissões do futuro) saibam encontrar o melhor tratamento pra alguém parar de sofrer.

dsm v – pessoa chorando segurando um papel com sorriso

Quais foram as mudanças do DSM IV para o DSM V?

Após 6 anos a publicação do DSM IV, teve o DSM IV-R, que foi uma pequena revisão da 4ª edição do manual. Depois, mais 12 anos à frente, surgiu o DSM V, que nos apresentou algumas mudanças, entre elas a inclusão, reestruturação e exclusão de diagnósticos.

A explicação pra essas decisões é poder de caracterizar melhor alguns comportamentos que não foram tão bem esclarecidos anteriormente e permitir que mais pessoas entendam o próprio sofrimento e possam buscar ajuda.

Aqui a gente te explica algumas alterações!

Saída do modelo multiaxial

Uma das novidades foi romper com o modelo multiaxial, o qual surgiu no DSM III e agrupava os transtornos mentais por: Eixos I, Eixos II, Eixos III, Eixos IV, Eixos V. Nele, cada indivíduo poderia receber um diagnóstico de cada eixo diferente.

Adoção de uma abordagem ateórica e dimensional

Os DSMs I e II tinham uma abordagem psicodinâmica, isso é, as causas dos transtornos mentais eram totalmente explicadas pela psicanálise, uma das primeiras abordagens da Psicologia.

Os DSMs III e IV seguiram um modelo ateórico e categórico. 

Ateórico porque não defendia mais uma abordagem pra explicar os transtornos, já que as pesquisas começaram a provar que as causas eram mais complexas do que se imaginava. Não tinham a ver somente com a infância, como defende a Psicanálise.

O categórico tem a ver com categorias. Na hora de um profissional fazer o diagnóstico, ele precisava analisar uma lista de sintomas e ver o que se encaixava ao paciente. E, pra isso, só cabiam duas considerações: “sim” ou “não”.

O DSM V continua com o modelo ateórico, por ainda entender que os transtornos são multifatoriais (têm influência genética, orgânica, da história de vida e da personalidade). 

A novidade, no entanto, foi adotar a análise dimensional pra alguns dos transtornos. Agora, uma parte deles pode ser analisado por meio de um espectro.

Por exemplo, imagine uma régua. Em uma das pontas, estaria uma pessoa totalmente saudável. Na outra ponta, alguém no nível máximo dos sintomas. No meio, vários indivíduos com graus e características diferentes.

Reclassificações de transtornos

Algumas das patologias mentais sofreram novas classificações, como nos exemplos a seguir:

  • TOC: o transtorno obsessivo-compulsivo era classificado como um transtorno de ansiedade. Agora ele ganhou um capítulo exclusivo, no qual também foram adicionados outros diagnósticos, como o transtorno de acumulação e o transtorno de escoriação;
  • transtorno bipolar: saiu do capítulo dos transtornos de humor e ganhou um específico. Agora, ele está organizado entre os transtornos depressivos e os transtornos da esquizofrenia, já que pode apresentar parte dos sintomas de ambos; 
  • esquizofrenia: não há mais os subtipos (paranoide, hebefrênica, catatônica etc.), já que eles não apresentavam diferenças quanto ao curso da doença;
  • transtornos de personalidade: o DSM V incluiu no final do manual um modelo de classificação alternativo. O motivo é que algumas pessoas podem atender a critérios patológicos e disfuncionais de mais de um transtorno de personalidade;
  • autismo: no DSM V, o autismo recebe o nome de transtorno do espectro autista, abrangendo os diversos níveis de gravidade. Faz parte daqui o antigo asperger, termo, inclusive, que não se usa mais.
dsm v – pessoa sentada sozinha olhando para a janela

Quais são os critérios para diagnosticar segundo o DSM V?

O DSM V analisa vários critérios pra diagnosticar, e eles variam de acordo com o tipo de transtorno mental. São eles:

  • sintomas: eles estão presentes de forma diferente dentro de cada transtorno. Exemplos: pensamentos específicos, tristeza intensa, sentimento de que algo ruim está pra acontecer;
  • comportamentos: pessoas com determinado diagnóstico têm tendências a certas atitudes. Por exemplo: se isolar, dormir demais, ficar sem comer;
  • funções psíquicas: atenção, percepção, memória, afetividade, pensamento e self sofrem alterações;
  • traços de personalidade: fatores de personalidades predispõem indivíduos a manifestar certos transtornos, por isso são importantes de serem identificados;
  • sinais físicos: determinados transtornos são mais explícitos na parte física causando sinais como taquicardia e tremores;
  • intensidade, durações e frequências: a potência dos sintomas, além da persistência e periodicidade da manifestação influenciam a gravidade e o prejuízo.
dsm v – pessoa estendendo a mão para outra

Por que usar o DSM 5, afinal?

Desde a 1ª edição do DSM, existem controvérsias quanto a usar o manual pra diagnosticar alguém.

De um lado, estão os profissionais que receiam a classificação, pois acreditam que ela rotula pessoas. De outro, estão os que enxergam a necessidade do diagnóstico. 

A seguir, a gente te explica os argumentos favoráveis!

Facilitar comunicação entre profissionais

Ter um manual que relata as características de transtornos permite uma boa comunicação entre profissionais, caso haja tratamentos e intervenções com equipes multidisciplinares.

Por exemplo, imagine um paciente que passou por uma cirurgia e se encontra internado no hospital. Ao longo dos dias, as enfermeiras notam comportamentos peculiares nele. Depois, ao conversar com familiares, descobrem que ele tem esquizofrenia.

Mas espera aí. Será que todo mundo está falando da mesma esquizofrenia? Será que aquilo que o Psiquiatra dele julgou ser esquizofrenia é a mesma coisa que eu penso ser?

Pois é! Ter um livro que trate das características é uma forma de unificar e universalizar conceitos, já que, no mundo inteiro, ao falar “esquizofrenia”, todos os profissionais saberão o que é.

Saber o prognóstico e encontrar melhores tratamentos

Outro ponto favorável é adquirir hard skills suficientes pra entender melhor os padrões de pensamentos e comportamentos do paciente, além de ter uma previsão sobre melhorias futuras, recaídas e poder identificar tratamentos e intervenções ideais.

Por exemplo, se um indivíduo tiver o diagnóstico de transtorno bipolar do tipo 1, o que esperar dos comportamentos dele na fase de depressão? E o que é possível ele apresentar na fase de mania? Existem riscos pra ele ou pra família? E como ajudá-lo?

E aquele paciente com transtorno de personalidade narcisista? Será que ele pode aprender comportamentos mais funcionais? Há riscos pra quem convive com ele? E como fazer intervenções eficientes durante a sessão de psicoterapia, visto que é uma pessoa difícil?

Assim, ter um diagnóstico em mãos possibilita ir além da atuação em comportamentos pontuais.

Viabiliza ter uma visão completa do indivíduo, podendo planejar os passos da condução (psiquiátrica e psicoterápica).

Por exemplo: o que a literatura diz sobre pessoas com transtorno bipolar do tipo 1? Como os outros profissionais da área fazem o tratamento de pacientes narcisistas? O que já deu certo nas experiências deles? E o que já deu errado?

Orientar paciente e família sobre sintomas e comportamentos

Outro argumento que defende a importância de usar o manual atual, nesse caso o DSM V, é poder orientar paciente e família quanto ao distúrbio. Todos podem entender o que é esperado, quais as dificuldades e qual a melhor forma de lidar com cada problema.

Imagine uma paciente adulta que, desde a infância, se sente inferior e incapaz, por apresentar diversas dificuldades.

O desempenho escolar e acadêmico dela sempre foi mediano, mesmo com muito esforço. Isso fazia com que seus pais e professores a comparassem com o irmão mais velho, que era o primeiro da turma.

Além disso, ela vivia perdendo os próprios pertences, já que se distraia e não se lembrava onde havia colocado. Por fim, ela apresentava muita dificuldade em manter conversas com amigos, pois se perdia muito fácil no próprio raciocínio.

Bem, e se agora essa paciente descobrir que sempre teve TDAH? 

Talvez, se o transtorno tivesse sido diagnosticado lá na infância, ela teria sido poupada de tantas angústias e comparações, já que, teria tido a chance de receber um tratamento digno. Concorda?

dsm v – tablet com a frase “saúde mental importa” em inglês

Quais os principais transtornos do DSM 5?

Agora que você ficou por dentro das características do DSM V e entendeu a importância de ter mais domínio dele manual, chegou o momento de conhecer alguns dos transtornos mentais que ele aborda. 

A gente separou aqui os principais, já que não é possível falar dos mais de 300, beleza? Então, confira!

Transtornos do Neurodesenvolvimento 

O capítulo abrange um grupo de transtornos que começam a se manifestar cedo, ainda na infância. Muitos são percebidos ainda antes de a criança iniciar a pré-escola e, desde já, podem causar prejuízos funcionais.

Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade

Um exemplo é o TDAH, que se caracteriza, entre outros sinais, por:

  • padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade;
  • dificuldade em manter a atenção;
  • não seguir instruções até o fim;
  • dificuldade em manter a organização;
  • esquecer-se de obrigações;
  • perder coisas importantes;
  • interromper conversas dos outros;
  • dificuldade em permanecer sentado na cadeira.

Transtorno do espectro autista

A criança apresenta déficits na comunicação e na interação social, tendo, por exemplo:

  • dificuldade em estabelecer conversas;
  • falta de habilidade em reconhecer as emoções das outras pessoas;
  • ausência de interesse por amizades;
  • falta de certas habilidades comportamentais;
  • movimentos motores repetitivos;
  • interesses fixos que são anormais em intensidade.

Transtornos Depressivos

O capítulo da depressão do DSM V conta vários tipos de transtornos. Conheça alguns!

Transtorno depressivo maior

É o tipo mais conhecido de depressão. O manual relata diversos indícios, entre eles:

  • humor deprimido na maior parte do dia;
  • diminuição do interesse por atividades que antes gostava de fazer;
  • falta de motivação e de energia;
  • alteração no apetite e no peso;
  • sentimentos de inutilidade ou culpa.

Transtorno depressivo persistente 

Também conhecido como distimia, esse distúrbio muitas vezes é confundido com o depressivo maior, necessitando de bastante acurácia profissional pro diagnóstico. Algumas das características são:

  • baixa autoestima;
  • sentimento de desesperança;
  • mau humor constante;
  • tendência a ver o lado negativo das coisas;
  • impaciência;
  • falta de energia.

Transtorno Bipolar e Transtornos Relacionados 

Explicando de forma breve, a pessoa alterna entre fases nas quais se sente bastante motivada e com uma energia fora do comum (fase da mania), passando depois por momentos de depressão.

O DSM 5 traz algumas espécies de transtorno bipolar. No tipo 1, os sinais da mania são:

  • humor elevado e tipicamente anormal;
  • autoestima inflada;
  • sentimentos de grandiosidade;
  • diminuição drástica da necessidade de dormir;
  • envolvimento em atividades impulsivas e arriscada (por exemplo, apostas milionárias mesmo sem ter dinheiro).

Os sinais de depressão, por sua vez, são os mesmos do transtorno depressivo maior. 

Espectro da Esquizofrenia e Outros Transtornos Psicóticos 

O capítulo abrange algumas patologias. O termo “espectro” aqui tem relação com o grau de gravidade da psicose. 

Por exemplo, em um dos transtornos, a pessoa apresenta apenas um surto breve, de alguns dias. Depois disso, nunca mais tem nada. 

Mas o mais famoso deles e que a instiga a curiosidade das pessoas é a própria esquizofrenia. Seus sintomas são:

  • delírios;
  • alucinações;
  • discurso desorganizado;
  • comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico;
  • sintomas depressivos.

Mas saiba que, apesar de a esquizofrenia ser, dentro dos transtornos psicóticos, o mais preocupante, ela também pode ter vários graus e tipos de prejuízos. 

Por exemplo, algumas pessoas podem ser impossibilitadas de trabalhar, por apresentar bastante dificuldade de convivência no trabalho e na família. No entanto, há muitos casos que, seguindo o tratamento direitinho, podem ter uma vida normal.

Transtornos de Ansiedade

A parte da ansiedade no DSM V é uma das mais estudadas, visto que é uma das condições mais prevalentes na sociedade.

Ele também aborda diversos tipos diferentes do distúrbio. Todos compartilham sintomas em comum (como o medo). Ao mesmo tempo, cada um tem peculiaridades. A gente vai citar alguns exemplos.

Transtorno de ansiedade social

É conhecido também como fobia social. É como se fosse uma timidez exagerada, impedindo a pessoa de se relacionar bem, fazer amizades, apresentar trabalhos orais, entre outros. Uma parte das características abrange:

  • sinais físicos como: taquicardia, tremores nas pernas, falta de ar, rosto vermelho;
  • pensamentos de que os outros estão fazendo avaliações negativas sobre ele;
  • hábito frequente de fugir de situações nas quais precisa se expor.

Fobia específica

Também há os sinais físicos parecidos aos do transtorno de ansiedade social. Porém, o objeto de medo é diferente, podendo ser:

  • palhaço;
  • dirigir;
  • insetos;
  • injeção.

Transtorno de ansiedade generalizada

O comportamento típico é ter preocupações excessivas e constantes, geralmente relacionadas a diversos acontecimentos. A pessoa está sempre preocupada, sente muito estresse, cada hora por algo diferente. Outros sintomas podem ser:

  • inquietação;
  • cansaço;
  • tensão muscular;
  • dificuldade pra dormir.

Transtorno Obsessivo-compulsivo e Transtornos Relacionados 

O TOC é definido pela presença de obsessões (que são os pensamentos intrusivos) e/ou compulsões (os comportamentos realizados com a intenção de aliviar o desconforto).

Além do típico TOC, existem vários transtornos relacionados. A gente vai citar alguns.

TOC

As características são:

  • pensamentos que surgem de repente e podem se manifestar por frases ou imagens;
  • comportamentos podem ser atos repetitivos logo após o pensamento (lavar as mãos) ou, ainda, atos mentais (repetir orações). Eles são praticados pra ajudar a lidar com a ansiedade.

Transtorno dismórfico corporal

Aqui predomina a preocupação com algo na aparência física, que o indivíduo considera como falha. Esse algo pode ser real, mas que nem sempre é percebido pelos outros. 

No entanto, o indivíduo se incomoda bastante, a ponto de se achar defeituoso e sem atrativos algum, apenas por isso. Por exemplo: pés largos ou um ligeiro estrabismo.

Além disso:

  • a pessoa tem comportamentos repetitivos de ficar conferindo esse algo no espelho;
  • também há tendência em ficar olhando outras pessoas e se comparando;
  • em alguns casos, há a chamada dismorfia muscular, em que a pessoa acredita ter pouca estrutura muscular, ainda que isso não seja verdade.

Transtornos da Personalidade

O DSM V define um transtorno de personalidade pela presença de padrões persistentes e inflexíveis no modo de pensar e de se relacionar com os outros.

Os comportamentos desviam bastante das expectativas da cultura dessa pessoa, começam na adolescência e levam ao sofrimento individual ou causam prejuízo a quem convive com ela.

Os transtornos de personalidade, de forma bem resumida, são os seguintes:

  • transtorno da personalidade esquizotípica: padrão de comportamentos e pensamentos excêntricos;
  • transtorno de personalidade paranoide: tendência à desconfiança e a interpretar motivações dos outros como maldosas;
  • transtorno da personalidade esquizoide: falta de interesse por qualquer tipo de relação social e restrições ao expressar emoções;
  • transtorno da personalidade borderline: impulsividade e grande instabilidade nas relações;
  • transtorno da personalidade antissocial: desrespeito às leis e aos direitos alheios;
  • transtorno da personalidade narcisista: necessidade de admiração e padrão de grandiosidade;
  • transtorno da personalidade histriônica: busca de atenção, muitas vezes usando a própria aparência e o corpo;
  • transtorno de personalidade evitativa: hipersensibilidade em relação a receber avaliações negativas, além de sentimentos de inadequação;
  • transtorno da personalidade obsessivo-compulsiva: perfeccionismo exagerado e grande necessidade de ter controle das situações;
  • transtorno da personalidade dependente: o indivíduo apresenta submissão acentuada a outras pessoas, devido à necessidade de se sentir cuidado e amado.

Enfim, esse texto foi uma ótima aula online sobre o DSM V, não é mesmo? Mas saiba que ainda existem outras informações preciosas que precisam ser dominadas por um profissional da saúde. Assim, não deixe de se aprofundar no manual, está bem?

Falando nisso, aproveite a oportunidade e conheça o curso de Psicopatologia do Descomplica! Ele aborda os principais pontos do DSM 5, além de estar com um valor especial!

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