Modos de citar o discurso alheio
O discurso direto
Discurso indireto
Conversão de um discurso em outro
Discurso indireto livre
Tipos de discurso
Discurso direto
Dá voz à personagem. Confere mais rapidez e dinamismo à narrativa. Possui enunciado em 1ª ou 2ª pessoa.
Exemplo:
“- Por que veio tão tarde? perguntou-lhe Sofia, logo que apareceu à porta do jardim, em Santa Teresa.
– Depois do almoço, que acabou às duas horas, estive arranjando uns papéis. Mas não é tão tarde assim,
continuou Rubião, vendo o relógio; são quatro horas e meia.
– Sempre é tarde para os amigos, replicou Sofia, em ar de censura.” (“Quincas Borba” de Machado de Assis)
Discurso indireto
A fala do personagem passa a ter a voz do narrador. É ele quem reproduz a fala do personagem. Possui enunciado em 3ª pessoa.
Exemplo:
“Fora preso pela manhã, logo ao erguer-se da cama, e, pelo cálculo aproximado do tempo, pois estava sem relógio e mesmo se o tivesse não poderia consultá-la à fraca luz da masmorra, imaginava podiam ser onze horas.” (“Triste Fim de Policarpo Quaresma” de Lima Barreto)
Discurso indireto livre
Há a mescla das vozes do personagem e do narrador, o que pode ocasionar certa confusão ao leitor.
Exemplo:
“O marquês e D. Diogo, sentados no mesmo sofá, um com a sua chazada de inválido, outro com um copo de St. Emilion, a que aspirava o bouquet, falavam também de Gambetta. O marquês gostava de Gambetta: fora o único que durante a guerra mostrara ventas de homem; lá que tivesse «comido» ou que «quisesse comer» como diziam – não sabia nem lhe importava. Mas era teso! E o Sr. Grevy também lhe parecia um cidadão sério, ótimo para chefe de Estado…” (“Os Maias” de Eça de Queirós)