As características gerais
Leitura de "Navio negreiro"
Linguagem condoreira
Castro Alves
Lírica amorosa de Castro Alves
3ª Geração Romântica
Se na Primeira Fase Romântica era possível ver uma preocupação extrema com a construção de um nacionalismo brasileiro, visando a identidade brasileira de modo idealizado, e a Segunda Geração se voltava mais à liberdade individual do eu-lírico, bem como o pessimismo individual frente às mudanças sociais, a última e Terceira Fase da escola romântica - também conhecida como geração condoreira (da ave símbolo da liberdade, condor) - apresentava uma vontade imensa de renovação social, bem como um desejo de maior engajamento político e social, colocando-se a frente de problemáticas socioeconômicas que perduravam no país.
Sobre seu contexto histórico, é importante ressaltar que o final do século XIX foi marcado por algumas manifestações libertárias no país, dentre elas, a abolição da escravidão, que ocorria em 1888. Antecedendo a este momento, autores da época apresentavam certa preocupação em tal problemática social, tendo em vista que o país fora um dos últimos a acabar com o tráfico de pessoas escravizadas. Nesse sentido, de modo a questionar os valores das épocas anteriores, sobretudo vindas da própria escola literária, o condoreirismo teve seu papel para atribuir voz às pessoas em situação de escravidão, bem como também promoviam uma poesia de reivindicação, com valores de igualade, justiça e liberdade para todos.
Principais características:
- poesia social e libertária
- geração “hugoana/hugoniana”
- identidade nacional
- abolicionismo
- identidade africana como parte da identidade brasileira
- negação ao amor platônico
- erotismo e pecado
Dentre os principais autores da época, é possível destacar Castro Alves (o poeta dos escravos) e Sousândrade.