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Modelo de produção fordista

Professor Claudio Hansen explica como o modelo de produção fordista funciona. Confira!

Linha de montagem e a especialização

Fordismo e a crise de 1929

New Deal e o modelo keynesiano

Sociedade do consumo e os anos dourados

Crise do Fordismo

Fim do domínio fordista

Para obter maior lucratividade, a indústria passou a aperfeiçoar as formas de trabalho e produção. É nesse contexto que surgem os modelos produtivos, que consistem em um método de racionalização da produção. O Fordismo e o Toyotismo são os dois modelos produtivos estudados pela Geografia, pois eles transcendem a organização da fábrica. Mas, nesse material vamos nos concentrar no Fordismo / Taylorismo.

O engenheiro norte-americano Frederick W. Taylor, visando a aumentar a eficiência produtiva, estudou tempos e movimentos de operários e máquinas na linha de produção. Seus estudos ficaram conhecidos como Taylorismo.

Henry Ford já desenvolvia sua linha de montagem para aumentar sua produção, quando ouviu falar das ideias de Taylor. Impressionado, Ford contratou o engenheiro para trabalhar na sua fábrica. O Fordismo nasce dessa associação entre as ideias de Taylor e a prática de Ford.

São características do Fordismo:

  • Linha de montagem: É a famosa esteira de produção retratada no filme Tempos Modernos.
  • Trabalho especializado (repetitivo): É a pura aplicação das ideias de Taylor. Quanto menor fosse a tarefa executada pelo trabalhador, mais eficiente ele poderia ser. Com o tempo, a tendência era se tornar um especialista naquela tarefa.
  • Padronização: A repetição das tarefas exigia uma padronização da produção.
  • Mão de obra alienada: O trabalhador executava apenas uma tarefa e não conhecia todo o método de produção, apenas a sua função.
  • Produção concentrada: Espacialmente, a fábrica fordista era concentrada em um local, produzindo e armazenando (estoques lotados) tudo no mesmo espaço.

 

A Crise de 29, ou Grande Depressão, foi um momento de crise financeira das principais potências, que acarretou uma crise mundial em 1929. É uma crise do Liberalismo. Com o otimismo pós-guerra (Primeira Guerra Mundial), observou-se o aumento da produção possibilitado pelo Fordismo. Todavia, esse otimismo e crescimento não se manifestaram no consumo, em parte, porque não houve aumento do poder de compra dos trabalhadores. Assim, produzia-se mais do que se consumia. Genericamente, essas foram as condições para a crise de superprodução de 1929. Cuidado!! Não é uma crise do Fordismo (modelo produtivo), e sim do modelo econômico, Liberalismo. O cientista econômico John Maynard Keynes já vinha apontando para a possibilidade de uma crise econômica devido a não interferência do Estado na economia. Ele defendia que o Estado deveria ser atuante (forte) na economia, para ajudar o capitalismo nos momentos de crise, naturais desse sistema. Após a crise do Liberalismo, Keynes, que já apontava para seu esgotamento, passou a ser um grande referencial na economia. Franklin Delano Roosevelt, inspirado nas ideias de Keynes, lançou o New Deal (Novo Acordo), em 1933, para recuperar a economia americana a partir do aumento do consumo. Lembre-se: a crise de 1929 tinha sido resultado da superprodução e estagnação do consumo. Roosevelt fundamentou-se nas ideias de Keynes para recuperar a economia. Entre essas ideias, podem-se citar:

  • Pleno emprego e estabilidade;
  • Aumento dos salários;
  • Menos horas de trabalho.