O continente europeu, conhecido também como “Velho Mundo”, é considerado o berço da cultura ocidental. Foi responsável pela colonização de grande parte da África, América e da Oceania, abarca os países mais ricos e hoje possui o bloco econômico mais desenvolvido do mundo. Saiba tudo sobre a Europa: seu papel central na história, seus aspectos políticos, econômicos e físicos.
A Europa é um dos seis continentes do mundo e abriga, atualmente, 50 países. Todo o continente europeu possui um contorno muito recortado e irregular, repleto de penínsulas e ilhas e é banhado por diversos oceanos e mares: ao norte, é banhado pelo Mar Ártico; ao sul, pelo Mar Mediterrâneo e Negro; a oeste pelo Oceano Atlântico e a leste pelo Mar Cáspio.
Entretanto, a fronteira com a Ásia possui uma especificidade: as terras são contínuas, separadas apenas pelo Monte Urais, formando assim, a chamada Eurásia. Dessa maneira, tanto a Turquia quanto a Rússia fazem parte da Europa e da Ásia.
Sua extensão territorial é pequena se comparada a outros continentes (cerca de 10.180.000 km²) subdividida em pequenos países o que se explica por sua história repleta de disputas territoriais e instabilidades políticas. Foi na Europa que primeiro se estabeleceu a ideia de Estado Moderno e por lá as nações entraram em conflito pela definição dos países nos moldes de hoje. Assim, até hoje vemos reflexos dessas disputas e aspirações separatistas. O povo Catalão, por exemplo, situado na Espanha, busca sua independência e visa a formação de seu próprio país.
As regiões da Europa
As características físicas, econômicas, políticas e sociais no continente europeu são heterogêneas. Assim, diversas propostas de regionalização podem ser apontadas.
Durante a Guerra Fria, a classificação mais marcante da Europa se deu a partir da delimitação de duas grandes regiões: a Europa Ocidental e a Europa Oriental. A primeira, ligada aos ideais capitalistas, com fortes relações com os Estados Unidos e a segunda ligadas aos ideais socialistas, liderados pela União Soviética. Trata-se de uma fronteira abstrata, marcada por divergências ideológicas.
Porém, com o declínio da União Soviética, diversos países pertencentes ao território soviético tornaram-se ''independentes'', grande parte abandonou os ideais socialistas e passou por diversas crises econômicas, provenientes de sua inserção tardia no sistema capitalista.
Atualmente, uma classificação mais elaborada divide a Europa em quatro macroregiões:
Europa Ocidental: trata-se da parte oeste da europa e está associada à noção de Mundo Ocidental. Isso porque foi nesses países que se desenvolveu as culturas ocidentais, disseminadas pelo mundo a partir das dominações coloniais.
Pela regionalização da ONU, a Europa ocidental compreende a Alemanha, a Áustria, a Bélgica, a França, Liechtenstein, Luxemburgo, Mónaco, os Países Baixos e a Suíça. Já a classificação da CIA aponta sete países como pertencentes a Europa Ocidental: Bélgica, França, Irlanda, Luxemburgo, Mônaco, Países Baixos e Reino Unido.
Europa Meridional: compreende os países situados no sul do continente europeu. Os países são banhados pelo Mar Mediterrâneo, situados na Península Ibérica, entre eles, Portugal, Espanha, Grécia, Itália.
Nesses países a agricultura é uma das principais atividades econômicas e o turismo também tem se desenvolvido na região.
Europa Setentrional: é a região que compreende o extremo norte do continente europeu. Marcada pelas temperaturas mais baixas de toda a Europa, tem sua produção agrícola limitada, mas a pesca e a extração de madeira estão entre as principais atividades econômicas desses países. Os países localizados nessa região são: Dinamarca, Noruega, Suécia, Finlândia, Lituânia, entre outros.
São marcados por altos índices sociais e econômicos: o Estado tem papel central na promoção do bem-estar social, e proporciona altos investimentos em saúde, educação bem como um sistema de previdência social altamente desenvolvido.
Europa Centro-Oriental: são os países que formavam a ex-união soviética e tornaram-se independentes a partir dos anos 90, com o fim da Guerra Fria. São eles: República Tcheca, Ucrânia, Polônia, Hungria, Geórgia e Azerbaijão. Esses países possuem índices sociais e econômicos inferiores ao resto da Europa e ao longo de sua história foram marcados por diversas crises econômicas.
Entretanto, apesar dessas diferenças regionais, em termos econômicos, a Europa abriga o mais desenvolvido bloco econômico do mundo, responsável em grande parte pelo fortalecimento de uma identidade europeia, e um forte fator de integração: a União Europeia.
A União Europeia
A União Europeia (UE) é um bloco econômico composto por 27 países europeus que definem acordos econômicos e políticos entre si.
Sua história começa após a Segunda Guerra Mundial, em 1957 quando, a partir do Tratado de Roma, foi criada a Comunidade Econômica Europeia. Era então conhecida como a Europa dos Seis, pois contava com a participação de seis países: França, Alemanha Ocidental, Itália, Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo.
Em um contexto de Pós Guerra, a criação de um bloco europeu era como um projeto de paz que visava fortalecer a identidade europeia e evitar futuros conflitos no continente. Seus objetivos iniciais passavam pela recuperação da economia dos países enfraquecidos pela Segunda Guerra; a contenção da ameaça do comunismo e o fortalecimento da Europa perante o avanço da influência dos Estados Unidos na Europa e no mundo.
Aos poucos, outros países foram aderindo ao bloco e os acordos foram se estreitando. Em 1986 foi assinado o Ato Único que definia a criação do mercado único e estabeleceu o ano de 1993 para a implantação da livre circulação de mercadorias, pessoas, serviços e capitais. Passou a funcionar, então, o Mercado Comum Europeu. A livre circulação de pessoas entrou em vigor em 1995, a partir do Acordo de Schengen, que previa o fim gradativo do controle das fronteiras entre os países signatários.
Os anos 1990 consolidaram o bloco europeu nos moldes de hoje. Em 1991, o Tratado de Maastricht assinado pelos países membros do Mercado Comum nomeou o bloco como União Europeia e estabeleceu o Euro como moeda única. Essa unificação da moeda teve como objetivo facilitar as trocas comerciais entre o países Entretanto, nem todos os membros da União Europeia adotaram o Euro como moeda nacional. A Dinamarca e o Reino Unido mantiveram suas moedas nacionais e outros países como a Suécia não preenchiam as condições jurídicas necessárias para a adesão.
Além disso, um dos pilares da União Europeia é o respeito aos direitos humanos bem como a ajuda humanitária em casos de catástrofes naturais, epidemias ou guerras civis. Internamente, ela busca promover os direitos de grupos sociais vulneráveis e possui leis de combate à tortura, ao tráfico de pessoas, à discriminação racial etc.
A crise de 2008 nos Estados Unidos teve grandes consequências para a Europa, principalmente nos países do Mediterrâneo. Em países como a Grécia e a Itália, houve um aumento significativo da dívida pública, que ultrapassou até mesmo os limites estabelecidos pelo Tratado de Maastricht. Nesses países, o crescimento econômico se estagnou e os índices de desemprego sofreram grande alta. Na Grécia, por exemplo, em 2011 a taxa de desemprego atingiu 17,3 % da População Economicamente Ativa (PEA).
Grande parte dos países, principalmente a partir de 2010, sofreram uma forte elevação do Déficit Público, ou seja, o Estado estava gastando mais do que arrecadava, contribuindo para o aumento da Dívida Pública dos países membros da União Europeia. Como solução, os governos têm optado por cortar investimentos e despesas e elevado os impostos e tarifas públicas. Por sua vez, essas medidas acabam por gerar uma contenção do crescimento econômico e não resolvem as taxas de desemprego, pois diminuem o poder de consumo de bens e serviços da população.
O Brexit
Como vimos, nos últimos anos, diversos países europeus sofreram crises econômicas e políticas e, como não poderia ser diferente, a União Europeia foi afetada. Especificamente a partir de 2016, iniciou-se o processo de saída do Reino Unido da União Europeia, conhecido como Brexit (British + exit, ou seja, a “saída britânica”).
Em um resultado apertado e inesperado (51,9% x 48,1%) a população do Reino Unido (que engloba Escócia, Irlanda do Norte, Inglaterra e País de Gales) optou por deixar de fazer parte desse bloco econômico, rompendo um acordo de 47 anos.
A descrença da população com o sistema político e campanhas baseadas em Fake News contribuíram para esse resultado. Em linhas gerais, os principais motivos que levaram ao Brexit estão ligados a promessas de contenção de gastos orçamentários e concentração de investimentos em necessidades internas (como saúde pública, por exemplo) e à questão migratória.
Campanha pró Brexit na Inglaterra “Nós enviamos 350 milhões de euros por semana para a União Europeia. Vamos financiar nosso próprio NHS (Serviço Nacional de Saúde). Vote pela saída” Fonte: DW.com
A questão migratória foi central na campanha pelo Brexit. Valendo-se de sentimentos nacionalistas, e até mesmo alimentando a xenofobia (aversão a grupos sociais diferentes como imigrantes), os setores mais conservadores, favoráveis ao Brexit, difundiram que a permanência no bloco impedia o controle do número de pessoas adentrando no país e que os impactos da imigração seriam terríveis e incontroláveis no futuro. Esse fator foi fundamental para a decisão pela saída da União Europeia.
População na Europa – Por que a questão migratória é central?
A Europa é um continente muito populoso e povoado. Populoso pois, levando em consideração a sua extensão territorial, o número de habitantes é elevado (cerca de 740 milhões de habitantes) e povoado visto que concentra grande número de pessoas a cada km² (aproximadamente 73 hab/km²)
No entanto, a população está distribuída de forma desigual pelo continente, ou seja, determinadas áreas concentram maior número de pessoas, enquanto outras são vazios demográficos, pouco habitadas. Os polos econômicos e parques industriais do continente, especialmente na Europa centro-ocidental, são as regiões mais povoadas: Reino Unido, Alemanha, França, Itália e Países baixos, enquanto as regiões menos habitadas se concentram na porção norte, em países como Islândia, Finlândia, Suécia etc.
Outro aspecto populacional importante sobre a Europa diz respeito ao crescimento populacional. A população europeia cresce em média por ano apenas 0,06%, o menor índice dentre todos os continentes do mundo. Alguns países não apresentam crescimento populacional (pois o número de mortes é igual ao de nascidos) e outros até apresentam crescimento negativo, o que resulta num decréscimo da população total.
Isso ocorre devido às baixas taxas de natalidade no continente e alta expectativa de vida, dentre as maiores do mundo, fruto das políticas de bem-estar social e da elevada qualidade de vida. Com isso a Europa apresenta uma população envelhecida e poucos jovens, o que gera consequências até mesmo para os fatores econômicos do continente. Isso porque o envelhecimento da população gera um desequilíbrio no sistema de saúde pública e na previdência social, ao mesmo tempo que a População Economicamente Ativa (PEA) torna-se cada vez menor.
Assim, em relação ao envelhecimento da população, os governos buscam fazer alterações estruturais para atender as demandas desse grupo populacional. São realizadas obras de acessibilidade nos equipamentos públicos, medidas de inclusão social dos idosos, programas de inclusão digital etc. Além disso, para amenizar esse desequilíbrio, alguns países como a Itália, Rússia, França e Suécia têm incentivado as famílias a terem filhos, recorrendo a incentivos financeiros, subsidiando creches para as crianças, aumentando o tempo de licença maternidade, entre outros benefícios.
Entretanto, o alto número de imigrantes que chega à Europa acaba por compensar a quantidade de habitantes em certos países e equilibrar a população em idade ativa, visto que a maioria dos imigrantes é jovem e busca se inserir no mercado de trabalho europeu.
Mesmo assim, a questão migratória é um grande desafio para os países europeus. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, países como a Alemanha e França que alcançaram certo crescimento econômico, em virtude de seus investimentos no setor industrial, passaram a atrair trabalhadores de outros países oriundos da própria Europa: portugueses, espanhóis, italianos etc. se deslocavam aos países mais desenvolvidos em busca de inserção no mercado de trabalho. Era uma mão de obra pouco qualificada e ocupava cargos de trabalho sazonais, sem garantias trabalhistas.
A partir dos anos 1970, com a intensificação das desigualdades entre os países a nível mundial, o fluxo de trabalhadores para a Europa passou a ser majoritariamente proveniente das ex-colônias. Eram pessoas que, em busca de melhores condições de vida e acesso ao trabalho, se deslocaram, não só para as principais capitais econômicas, mas também para certos países do Leste Europeu.
Foi a partir de 2015 que ocorreu grande pico de imigração para o continente desde a Segunda Guerra Mundial. Esta, que foi considerada a maior crise humanitária dos últimos anos, foi consequência de conflitos geopolíticos e problemas estruturais, econômicos e sociais no Oriente Médio e no norte da África, com destaque para a Síria. As guerras civis e outras condições adversas enfrentadas pelas populações dessas regiões fazem com que elas deixem seus países, muitas vezes como refugiados, e busquem asilo em países europeus.
Entretanto, sabemos que nesse período a Europa também enfrentava crises econômicas em diversos países e os governos têm se mostrado resistentes na recepção dos refugiados. Além disso, percebe-se um crescimento de grupos contrários aos imigrantes, com forte viés conservador e nacionalista em países como Portugal, Alemanha e Inglaterra, para citar alguns exemplos. Como vimos, o processo de decisão pela saída do Reino Unido da União Europeia se deu em muito pelo fortalecimento desses grupos xenófobos, que disputam a narrativa política e econômica em relação às políticas migratórias.
O relevo na Europa
O continente europeu é caracterizado por três tipos principais de relevo: as planícies, os planaltos e as montanhas.
O relevo europeu é majoritariamente marcado por extensas planícies, ou seja, áreas com baixa variações de altitude (até 200m). Em sua parte central e leste encontramos a grande Planície Central Europeia que se estende da costa ocidental francesa até os Monte Urais no limite com a Ásia. As planícies são formadas por sedimentos provenientes dos rios e por isso nessa região o solo é bastante fértil e propício para o desenvolvimento da agricultura no continente.
Os planaltos constituem o relevo no interior da Europa. São formas de relevo mais antigas que, desgastadas pelo tempo, possuem formato arredondado e baixas altitudes. Destacam-se aqui os Monte Urais, extensa cordilheira montanhosa já bastante desgastada pelo intemperismo e que é a fronteira natural entre a Europa e a Ásia. Seu ponto mais elevado atinge 1895 metros.
Por sua vez, as cadeias montanhosas mais jovens do continente datam da Era Cenozóica a cerca de 40 milhões de anos atrás. Elas se formaram a partir do choque entre as placas tectônicas Africana e Eurasiana. Por serem mais jovens, sofreram menos impactos erosivos e, assim, são mais elevadas. Podemos encontrar essa formação montanhosa principalmente ao sul do continente europeu, como por exemplo os Alpes Suíços. Seu pico mais alto, conhecido como Mont Blanc, atinge 4808 metros de altitude e está situado na França, próximo à fronteira com a Itália.
Tipos de clima da Europa
Um dos principais fatores que influenciam o clima na Europa é a latitude. Como sabemos, a latitude é inversamente proporcional a temperatura, ou seja, quanto maior a latitude, (isto é, mais próximo ao pólo sul ou ao pólo norte), menores serão as temperaturas naquela região. Grande parte do território europeu está localizado em médias latitudes, onde predomina o clima temperado, enquanto a parte norte da Europa está localizada em latitudes mais altas, e por isso as temperaturas são mais baixas.
O clima temperado predominante no continente apresenta duas subdivisões, são elas o temperado oceânico e o temperado continental. Nessa zona climática as quatro estações do ano (primavera, verão, outono e inverno) são bem definidas.
O clima temperado oceânico está localizado na porção oeste do continente europeu, na parte banhada pelo Oceano Atlântico. Dessa forma, apresenta altos índices de umidade, precipitação abundante, chuvas bem distribuídas ao longo do ano e baixa amplitude térmica. Isso ocorre porque essa região sofre influência da corrente marítima do Golfo. Essa é uma corrente marítima originária do Golfo do México que, com elevadas temperaturas, cruza o Oceano Atlântico e atinge a Europa. Assim, ela contribui para que as temperaturas não sejam tão baixas na porção ocidental do continente e evita, ainda, o congelamento de determinadas áreas.
Por sua vez, o clima temperado continental predomina no interior do continente e abarca a maior porção da Europa. Por sua maior distância, sofre menos influência do oceano e acaba por ser mais seco. Nessa região, as precipitações são mais escassas e a amplitude térmica anual é mais elevada visto que o inverno apresenta temperaturas muito baixas enquanto o verão é mais quente.
Na parte norte do continente europeu o clima predominante é chamado subpolar. Nessa região, os verões são curtos, marcados por temperaturas baixas e o inverno é longo e rigoroso. Ao longo do ano a amplitude térmica não é elevada; as chuvas concentram-se no verão enquanto no inverno a precipitação ocorre em forma de neve.
O sul da Europa é marcado pelo clima mediterrâneo. Ele sofre grande influência do Mar Mediterrâneo, apresenta verão com temperaturas elevadas e bem seco enquanto o inverno é bastante úmido e com temperaturas moderadas. Ao longo do ano, o clima mediterrâneo não apresenta altos índices pluviométricos, entretanto as chuvas mais intensas ocorrem durante o outono e o inverno.
A vegetação da Europa
Sabemos que a vegetação está diretamente relacionada às condições climáticas da região em que se encontra. Os elementos climáticos, como a temperatura e umidade vão influenciar no tipo de vegetação que irá se desenvolver e isso se reflete na forma das folhas, na espessura dos troncos, na altura das plantas, entre outras características.
No norte da Europa, onde predomina o clima subpolar, o bioma é conhecido como Tundra. A tundra é marcada por uma vegetação é rasteira e que se desenvolve apenas no período de degelo no verão. As espécies típicas são o musgo e os líquens.
Na parte central do continente mais próxima ao norte, onde predomina o clima temperado, se desenvolve a floresta boreal, também conhecida como taiga: são florestas de árvores coníferas, como pinheiros e que servem de matéria-prima para a indústria madeireira e de celulose.
Em latitudes mais baixas, mas na porção Centro-ocidental da Europa, o bioma predominante é a floresta temperada. Esse bioma sofre influência da maritimidade e é marcado por árvores caducifólias isto é, suas folhas caem periodicamente durante o outono e o inverno, uma adaptação para enfrentar a seca desse período. Esse bioma foi intensamente devastado por toda a Europa e restam apenas alguns bosques como a Floresta Negra na Alemanha e a Floresta Sherwood na Inglaterra.
Ainda na porção central da Europa encontramos o bioma conhecido como pradaria, típico das áreas de clima temperado continental. É composto por vegetação herbácea, principalmente de capim. O solo é bastante fértil e rico em matéria orgânica, além de ser muito utilizado como pastagem.
Nas regiões de clima mediterrâneo, no sul da Europa, desenvolve-se a vegetação mediterrânea: apresenta plantas xerófilas, adaptadas a aridez; arbustos e vegetação rasteira.
A hidrografia do continente europeu
A hidrografia na Europa é bastante rica. Com foi dito, grande parte do território europeu é composto por planícies, o que facilita a navegação pelos rios do continente. Assim, esses rios constituem importantes hidrovias, servindo para transporte de pessoas e principalmente de mercadorias, facilitando o comércio e a integração entre os países.
Os principais rios que cortam o continente europeu são:
Rio Volga: é o maior rio da Europa. Está localizado na Rússia e sua extensão chega a 3688 km. Possui grandes trechos navegáveis e por isso é uma importante via fluvial de comércio.
O rio Volga nasce no planalto de Valdai e desemboca no Mar Cáspio. Em seu curso, passa por alguns desníveis e, pela força que a água adquire, é utilizado para a geração de energia elétrica.
As principais mercadorias transportadas nele são o petróleo e cereais. Entretanto, nas hidrovias russas, o acesso de navios estrangeiros era, até pouco tempo, limitado. Com o desenvolvimento das relações comerciais entre a Rússia e a União Europeia, novos acordos foram acertados, facilitando a navegação pelo rio Volga.
Rio Danúbio: a principal hidrovia da Europa, possui aproximadamente 2888 km de extensão. Sua nascente está localizada na Alemanha, na Floresta Negra e ele atravessa o continente até a porção leste, desaguando no mar Negro (Roménia).
Em seu curso, o rio Danúbio passa por quatro capitais: Bratislava (Eslováquia), Viena (Áustria), Budapeste (Hungria) e Belgrado (Sérvia) e é fronteira natural entre diversos países. Dessa forma, o rio corta importantes pólos industriais, e por isso é fundamental para o transporte de mercadorias em grande parte do território europeu.
Todavia, o rio Danúbio sofre consequências nesse percurso. Ele é alvo de altos índices de poluentes como lamas tóxicas e resíduos industriais. Essa poluição, porém, acaba sendo amenizada por uma filtragem natural proveniente da grande biodiversidade da fauna e da flora presente em sua foz.
Rio Reno: atravessa a Europa do sul ao norte e possui 1233 km de comprimento. O rio Reno nasce nos Alpes, passa pela França e pela Alemanha e desemboca no mar do Norte, no porto de Roterdã (Holanda), o porto mais importante da Europa.
É importante destacar que existe um canal artificial de ligação entre o rio Danúbio e o rio Reno, o que possibilita a navegação do Mar Negro até o porto de Roterdã.
Dessa maneira, o rio Reno é fundamental para a região. Por ele atravessam ferro e carvão das principais minas do entorno, entre outros materiais importados e exportados que passam pelo porto de Roterdã. Além disso, por ter sua nascente em uma das principais cadeias montanhosas da Europa, o rio Reno também passa por declividades que possibilitam a criação de hidrelétricas na Suíça.
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