O continente africano é constantemente associado a estereótipos negativos e generalizações que pouco revelam a diversidade e a riqueza ali presentes. Tamanho desconhecimento faz com muitos achem que o continente africano é um só país, que não reúne nada além de fome, pobreza, violência e passividade.
Esses estigmas, em muito retratados pelos grandes meios de comunicação, são também reproduzidos nas escolas e universidades e resultam de um apagamento e silenciamento da história africana.
A África é o terceiro maior continente do mundo, engloba 54 países uma vasta diversidade cultural, econômica, diversas forma de organização política, climas e paisagens.
É o berço da humanidade e conta com cerca de 130 nações e etnias diferentes e mais de mil idiomas, que refletem inúmeras formas de organização, conhecimentos e formas de ver o mundo.
Passou também por um longo e recente processo de dominação colonial, acompanhando por diversos movimentos de resistência, que em muito repercutem em sua história atual. Muitos países apresentam altas taxas de desigualdade social e baixos índices sociais (alta taxa de analfatismo, baixa expectativa de vida etc.).
No entanto, diversos países apresentam também bons índices de qualidade de vida e economias em ascensão, buscando cada vez mais sua inserção na economia global, como é o caso da África do Sul, Marrocos, Cabo Verde, entre outros.
Regiões da África
Em virtude de sua grande extensão e diversidade geográfica e política, o continente africano pode ser classificado a partir de cinco regiões:
1. África Setentrional: conhecida também como África do Norte, é a maior região do continente. Abrange os países Egito, Líbia, Marrocos, Sudão e Tunísia. Nessa região predomina o clima árido, semiárido e mediterrâneo.
É a região que engloba o Deserto do Saara, que se distingue em duas grandes áreas: uma parte marcada pelas dunas arenosas e outra com muitas rochas, chamadas Hamadas.
A África Setentrional é banhada pelo Mar Mediterrâneo onde se estabelecem relações comerciais entre a África, a Europa e a Ásia.
Nessa região há também a presença do Rio Nilo. Nasce nas regiões centrais, úmidas e percorre o deserto até desaguar no mar. Sua presença contribui para o desenvolvimento da agricultura, devido à grande fertilidade do solo, mesmo em uma região árida.
2. África ocidental: região de clima equatorial, localizada entre o deserto do Saara e o golfo da Guiné. A vegetação predominante é a Savana, na parte setentrional e as florestas na parte meridional, onde os índices de precipitação são maiores.
A população é desigualmente distribuída e se concentra mais ao sul do deserto do Saara, onde se desenvolve o cultivo principalmente de de cana de açúcar, banana e cacau.
A região vem expandindo sua produção industrial, porém ainda dependente de capital estrangeiro, sobretudo em países como a Nigéria, Senegal e Costa do Marfim.
3. África central: região localizada na parte equatorial do continente africano. A oeste, é banhada pelo oceano atlântico e a leste é limitada por escarpas montanhosas e grandes falhas. Apresenta clima quente e úmido nos países mais ao norte que são marcados pelas florestas equatoriais. Mais ao sul, predomina o clima tropical, com a presença de savanas.
Países como Angola e o Zaire contam com importantes jazidas de cobre, manganês, cobalto e ferro, além de grandes reservas de petróleo. Outra atividade importante é o extrativismo de madeira.
É uma região pouco industrializada, mas que por seu grande potencial hidrelétrico, e pelas reservas de petróleo, sobretudo no litoral, possui grande possibilidade de crescimento econômico.
4. África Oriental: nessa região destacam-se maciços montanhosos e grande quantidade de vulcões e falhas. Predomina o clima tropical, atenuado pelas baixas temperaturas de altitude. Apresenta biomas como a floresta tropical, savana, estepes e certas áreas desérticas.
A economia se baseia na agricultura voltada para a exportação de algodão e café. É uma região pouco industrializada e que com pequenas jazidas minerais.
5. África Meridional: predomínio de planaltos sobretudo na faixa litorânea. A região apresenta em partes clima tropical úmido e áreas de clima desértico. A presença de savanas, estepes e florestas denota a diversidade de paisagens da África Meridional.
A região apresenta importantes reservas minerais sobretudo na África do Sul, onde encontra-se ouro, manganês, diamantes, etc. e no Zâmbia, que possui reservas de cobre e cobalto. A agricultura se baseia no cultivo de cana de açúcar, algodão, café e tabaco e há também o desenvolvimento da agropecuária.
A África do Sul é o país mais rico do continente, e concentra importante produção industrial em suas regiões metropolitanas.
Neocolonialismo no continente africano
O século XIX foi marcado por um aumento significativo da produção industrial, muito em virtude do desenvolvimento tecnológico, e gerou grandes lucros para os empresários europeus. Nesse momento, os países europeus optaram por reinvestir os lucros excedentes e buscar matéria-prima como o petróleo, ferro, cobre para suprir suas necessidades industriais em outros continentes.
A descoberta desses metais preciosos no continente africano despertou o interesse das nações europeias industrializadas. Ações isoladas, como a invasão da Argélia pela França (1830) e do Congo pela Bélgica (1876), deram início a uma corrida imperialista.
Nos anos seguintes, a Inglaterra também se lançou à conquista da Nigéria, Rodésia, Serra Leoa, a França conquistou novos territórios e outros entraram em disputa entre os países europeus. No entanto, países como a Alemanha e Itália, que se unificaram tardiamente, ficaram em desvantagem nessa divisão.
Portanto, a fim de evitar conflitos, essas potências europeias reuniram-se na Conferência de Berlim (1885-1887) para definir o comando das regiões africanas e fixar as regras da partilha da África. Essa forma de dominação é chamada fase imperialista e a criação de áreas de influência e a formação de verdadeiros impérios coloniais ficou conhecida como neocolonialismo.
Além das questões econômicas, o racismo foi também um fator determinante na relação entre a Europa e a África. Os povos africanos eram inferiorizados aos olhos dos europeus. As constantes violações a que os europeus submeteram as nações locais eram fruto da desumanização justificada em várias esferas, seja pela ciência ou pelo cristianismo.
Os europeus se consideram um povo “superior”, moderno e civilizado em oposição a ideia de atraso a que eles atrelavam as nações africanas. Assim, essa dominação era justificada pela ideia de que os europeus estariam levando valores civilizados e modernidade a esses povos.
Repare no mapa as diversas fronteiras retilíneas impostas pelos europeus que deixam evidente as estratégias de controle e dominação. O poderio bélico europeu propiciou esse violento controle territorial e social que se estabeleceu.
As divisões territoriais desarticularam povos, colocaram nações em conflito nos mesmos limites, juntaram línguas, etnias e culturas diferentes e desrespeitaram todas as formas de organização que se construíam historicamente no continente africano.
Descolonização do continente africano
O imperialismo europeu na África foi acompanhado de diversos movimentos de resistência ao modelo colonial em vários países que se intensificaram sobretudo a partir da Segunda Guerra Mundial.
A perda da hegemonia europeia e a ascensão dos Estados Unidos e da União Soviética também contribuíram para o enfraquecimento da dominação colonial e em muitos países a influência socialista se apresentou como uma forte alternativa de desenvolvimento em relação ao capitalismo.
Confira alguns movimentos de independência e seus desdobramentos:
- Revolta dos Mau-Mau no Quênia (1952-1960): movimento contra a Grã Bretanha. Houve uma repressão violenta e mais de 11 mil rebeldes morreram. Em 1963, as tropas britânicas se retiraram do país e a independência do Quênia foi decretada.
- Guerra de Independência da Tunísia (1952-1955): França contra movimentos nacionalistas da Tunísia. A independência foi decretada em 1956.
- Guerra de independência da Argélia (1953 – 1956): Guerrilheiros argelinos da Frente de Libertação Nacional contra a França. Cerca de 18 mil franceses mortos contra 1 milhão de argelinos assassinados. A França retira-se da Argélia e reconhece a independência pelos Acordos de Evian em 1962.
- Guerra de independência de Angola (1961 – 1975): Portugal contra grupos nacionalistas. Independência de Angola é decretada mas uma guerra civil se instala no país. O governo de Angola, formado pelo Movimento Popular de Libertação de Angola(MPLA), apoiado pelas tropas cubanas entra em conflito contra a guerrilha da União Nacional para a Independência total de Angola (UNITA), apoiada pela África do Sul. Essa guerra civil durou até a década de 1990, quando um acordo de paz foi assinado e as tropas cubanas se retiraram do país. Porém, em 1992 o MPLA vence as eleições, mas a UNITA não aceitou o resultado gerando novos conflitos.
- Guerra de independência da Guiné-Bissau (1964-1975): Portugal contra forças nacionalistas, apoiadas pela União Soviética e pela China. A Independência foi decretada em 1974.
Em linhas gerais, os processos de descolonização se desdobraram em três vias. Em alguns países, as lideranças locais articularam de forma pacífica as pressões políticas e as manifestações em favor da independência.
Essa via, de certa forma mais no campo das negociações, se deu principalmente em países de colonização inglesa, que optaram por esse processo para preservar seus interesses econômicos, permitindo a emancipação gradual de suas colônias.
Por outro lado, em regiões vastamente ocupadas por imigrantes europeus, as potências colonizadoras reprimiram violentamente as manifestações pela independência, e grupos armados respondiam pela liberdade.
Isso aconteceu principalmente em regiões de colonização francesa, como na Argélia, e em regiões dominadas por Portugal, como em Angola, Guiné Bissau e Moçambique.
Países como a Rodésia (atual Zimbabwe) e a África do Sul, o processo de independência se deu por uma terceira via. O poder foi entregue a uma minoria branca que habitava a região, negando-se à maioria negra o direito de autogoverno. Em muitos casos, essa minoria branca impôs um regime racista de opressão sobre a população negra.
A partir dos processos de independência, se consolidou a divisão política do continente africano mais próxima do que conhecemos hoje. Essa foi resultante da divisão de poder exercida pela potência europeias no período imperialista e em muitos países os conflitos não cessaram.
Nos últimos anos, intensas disputas se deram pelo controle de recursos naturais e pela soberania. Diversas regiões ainda vivem uma grande instabilidade política e passam por confrontos entre diferentes nações que ocupam um mesmo país.
Essa fragmentação cultural, econômica e administrativa foi estratégica aos interesses europeus pois dificulta o desenvolvimento autônomo mesmo após a independência. Com isso, abre-se espaço para que o imperialismo volte a estabelecer laços de dependência, em muitos mascarados de ajuda econômica e humanitária.
Conflitos na África
Mesmo com a independência formal decretada, em muitos países africanos se desenrolaram disputas de ordem territorial; conflitos por recursos naturais como água e minerais; disputas políticas que desencadeam em em ditaduras e guerras civis, entre outros fatores.
Vale lembrar que esse conflitos são localizados, ou seja, não atingem a totalidade do continente. Diversas áreas são estáveis e pacíficas, e mesmo dentro de um mesmo país, podemos encontrar localidades em conflito e outras não.
Destacam-se aqui alguns conflitos importantes presentes no continente africano:
1. Guerra Civil em Ruanda: ocorrida entre 1990 e 1994, a guerra civil em Ruanda é um importante exemplo de como a dominação imperialista europeia contribuiu para o acirramento de conflitos entre povos africanos.
Em Ruanda, a população é majoritariamente composta por duas etnias: Hutus e Tutsis, que do ponto de vista cultural, apresentam certa similaridade, compartilhando costumes, tradições e até o mesmo idioma.
Mesmo assim, a rivalidade entre essas etnias começou no século XVIII, na formação do Reino de Ruanda, composto majoritariamente por Tutsis que a partir daí se tornaram a elite política e econômica da região.
O domínio colonial Belga se instalou a partir da Primeira Guerra Mundial e intensificou os conflitos entre as etnias. Tendo como base o darwinismo social, os colonizadores europeus difundiram a ideia de que os Tutsis eram naturalmente superiores. A partir de 1930, sob domínio belga, os documentos de identificação passaram a identificar também a etnia de cada pessoa, ponto fundamental de diferenciação oficial da população.
O movimento de independência de Ruanda fortaleceu os Hutus, que exigiam um governo democrático liderado pela maioria Hutu. A Revolução Ruandesa em 1959 culminou na independência e na proclamação da república governada pelos Hutus. Nesse período, milhares de Tutsis se refugiaram em países vizinhos, como Uganda.
Os exilados formaram então, a Frente Patriótica Ruandesa que invadiu Ruanda em 1990 e lutou contra os Hutus até o estabelecimento do acordo de paz em 1993. Entretanto, no ano seguinte um avião que transportava os presidentes à época Juvenal Habyarimana, de Ruanda e Cyprien Ntaryamira, de Burundi ambos hutus, foi derrubado.
Os Hutus acusaram os Tutsis de terem promovido o ataque e novamente iniciaram-se conflitos entre as etnias. Os dias seguintes foram extremamente violentos, e houve um grande massacre que resultou na morte de 800 mil Tutsis.
Durante esse período, órgãos internacionais como a ONU se mantiveram ausentes e não houve nenhum tipo de movimento para impedir o genocídio em curso.
Os conflitos cessaram quando a Frente Patriótica Ruandesa destituiu os extremistas Hutus do poder. Nesse momento, foram registrados ataques a Hutus na ordem de 60 mil mortos. O governo da Frente Patriótica Ruandesa proibiu as divisões étnicas no país, mas ainda não é possível falar em uma verdadeira conciliação.
2. Guerra Civil de Angola: após a independência em 1975, Angola foi palco de um intenso conflito armado que perdurou, com alguns intervalos até 2002.
Esse conflito se deu pelas forças que antes atuaram juntas contra o regime colonial português, mas que com a independência passaram a disputar o poder: o Movimento Popular pela Libertação de Angola (MPLA) e a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA).
Essa guerra civil se configurou também como uma disputa territorial durante a guerra fria visto que os movimentos envolviam indiretamente os interesses dos Estados Unidos e da União Soviética, em um contexto de guerra-fria. Mesmo com os acordos de paz assinados nos anos 1990, a instabilidade política permaneceu até os anos 2000.
Angola é um país que concentra grandes reservas de petróleo e por isso desperta grande interesse internacional. A longa guerra civil deixou milhares de mortos e mutilados pelo país, além de um enorme número de minas espalhadas pelo território.
3. Guerras Civis no Sudão e Sudão do Sul. Desde os anos 1950 o Sudão passa por violentas guerras civis, em muito relacionadas aos recursos naturais presentes na região como o petróleo e o ouro. Entre 1955 e 1972 ocorreu a primeira Guerra Civil entre o governo do Sudão e rebeldes do Sudão do Sul.
Em um conflito bélico motivado por questões separatistas. Cerca de 500 mil pessoas morreram até a assinatura do tratado de Adis Abeba que reconheceu a autonomia e independência do Sudão do Sul.
No entanto, esse acordo foi rompido no início do anos 1980 e uma segunda Guerra Civil se instalou até 2005. O conflito entre a parte norte e a parte sul do Sudão dessa vez foi motivado por questões religiosas.
O governo muçulmano da região Norte tentou impor leis do islamismo para todos os cidadãos, mesmo que a população da região sul seja majoritariamente cristã ou animista. Essa guerra resultou em cerca de 2 milhões de mortes e um quadro de pobreza se instaurou pela região.
Atualmente o Sudão do Sul convive com diversas questões de ordem social e política. Em 2013 um conflito interno se instaurou entre o presidente Salva Kiir e uma liderança local, Riek Machar, motivada por divergências étnicas e políticas. Em 2018, foi negociado um acordo de paz e a divisão do poder local.
A África do Sul e o Apartheid
A África do Sul é o país mais próspero do continente africano. Possui a economia mais desenvolvida e é onde se concentra grande parte da indústria presente na África. Mesmo assim, está entre os países com maiores níveis de concentração de renda e desigualdade social do mundo.
Essa cenário de desigualdades é resultado da dominação colonial europeia e de um processo específico que se desenhou no país: o regime de apartheid.
Implementado em 1948, o apartheid era uma política racial que a partir de uma rigorosa legislação, cerceava direitos da população negra na África do Sul.
O Partido Nacional, liderado por uma minoria branca, dividia os habitantes em grupos raciais e uma série de medidas foram implementadas: a população negra foi segregada em certas áreas residenciais, não possuíam acesso pleno a saúde e educação, perderam o direito ao voto e foi também proibido o casamento entre pessoas de diferente etnias.
A população negra logo se organizou para resistir a esse regime. Uma série de revoltas e manifestações tomaram conta do país logo nos primeiros anos e o governo respondia com intensa repressão e violência.
Muitos desses protestos eram organizados pelo Congresso Nacional Africano (CNA) que lançou sucessivas campanhas pelos direitos civis e políticos e pelo fim do apartheid.
As chamadas “Leis do Passe” era mais uma das medidas racistas imposta à época. A população negra era obrigada a usar cadernetas de identificação para se locomover nas cidades. Em 1960, cerca de 10 mil militantes negros se reuniam em Sharpeville e queimaram seus passaportes em praça pública.
A polícia atirou indiscriminadamente matando setenta pessoas. O massacre de Sharpeville provocou greves espontâneas em várias cidades do país e manifestações em diversos países no mundo.
Em 1962, Nelson Mandela, importante liderança do partido CNA, foi preso e condenado à prisão perpétua. Foi só a partir dos anos 1980 que o governo racista começou a enfraquecer devido ao aumento da oposição.
Em 1990, o então presidente Frederik Willem de Klerk iniciou as negociações pelo fim do apartheid e as eleições foram convocadas em 1994. Nelson Mandela foi eleito presidente na primeira eleição multirracial da África do Sul.
Atualmente a África do Sul apresenta bons índices de desenvolvimento e faz parte dos BRICS, o que evidencia sua inserção na economia mundial. Entretanto, as desigualdades entre a população negra e branca permanecem.
A relações entre a África e o Brasil
Nos mais de 300 anos de escravidão, cerca de seis milhões de africanos de Angola, Nigéria, Camarões, Gana entre outros países, foram trazidos forçosamente ao Brasil. A história do Brasil, de base colonial e escravocrata, buscou apagar e silenciar os saberes e práticas africanas por aqui desenvolvida.
Mesmo assim, as contribuições gastronômicas, religiosas, culturais e sociais dos povos africanos fazem parte do fundação da sociedade brasileira e possuem enorme influência até hoje no Brasil. Além disso, a própria estrutura física das cidades, ou seja, a infraestrutura das ruas, largos, edifícios de muitas cidades são fruto do trabalho das populações africanas em diáspora no Brasil.
Alguns exemplos das relações entre o Brasil e a África merecem destaque. No português falado no Brasil, os diversos idiomas que aqui desembarcaram influenciaram na morfologia, sintaxe e pronúncia. Mais de 1500 palavras são de origem africana e cerca de 300 são usadas cotidianamente.
A presença africana é também marcante na musicalidade brasileira. O legado das nações africanas está presente no samba, no frevo, no choro, na MPB e em diversos gêneros pelo país. A própria capoeira, criada em território brasileiro, foi desenvolvida pelo negros africanos, uma prática de resistência aos desmando coloniais.
O movimento negro brasileiro tem como uma de suas bases a valorização da história africana no Brasil e de suas contribuições para a sociedade brasileira.
Uma importante conquista recente foi a lei 10.639 de 2003 (atualizada pela lei 11.645 em 2008), que estabelece a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira na grade curricular dos ensinos fundamental e médio.
Ainda que sua aplicabilidade enfrente dificuldades, a lei é considerada um avanço pois contribui para o fortalecimento da identidade negra e a valorização das contribuições econômicas, culturais e sociais do negro na formação nacional.
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