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O início da relação do Homem com o meio
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Uma das cenas do filme "Tempos Modernos" sobre a Revolução Industrial.[/caption]
Nos primeiros anos da Terra, as transformações no espaço eram mínimas. Isso porque não havia a presença humana. Tinha-se o que se chama de meio natural. Só muito tempo depois, quando surgiram os primeiros seres humanos, que a paisagem foi alterada gradativamente.
Antes da Primeira Revolução Industrial, a produção de bens era feita de forma artesanal nas oficinas. Nestes locais, os artesãos realizavam suas tarefas manualmente, sem que houvessem grandes impactos no meio natural.
Neste sentido, admite-se o início das revoluções industriais como o marco das modificações da relação trabalhista. A perda do controle do trabalhador sobre o processo produtivo, resultou na venda da sua força de trabalho. Associa-se as revoluções industriais ao desenvolvimento do próprio capitalismo, em que a Primeira Revolução Industrial está associada ao capitalismo industrial. Já a Segunda Revolução Industrial está relacionada ao capitalismo financeiro-monopolista e a Terceira Revolução Industrial, ao capitalismo informacional. Antes da primeira "crise", tinha-se o capitalismo comercial - no período da expansão marítima e da acumulação primitiva.
O Meio Técnico e a Primeira Revolução Industrial
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Duas crianças trabalhando em uma fábrica com o tear mecânico.[/caption]
A Primeira Revolução Industrial, iniciada no século XVIII, teve a Inglaterra como pioneira. O país tinha uma economia forte em relação às demais nações europeias. O reinado inglês detinha minas de carvão mineral e minério de ferro, uma política econômica liberal e uma burguesia rica que era capaz de investir em novas iniciativas. O movimento migrou para outros países do continente, como a Bélgica e a França. As principais indústrias deste período do desenvolvimento industrial mundial foram a indústria têxtil e a indústria siderúrgica. Estas frentes usavam máquinas movidas a vapor, estas geradas pela queima do carvão mineral, principal matéria-prima do período.
O sistema que ditava o sistema técnico e as características do trabalho era o paradigma Manchesteriano - nome que faz referência à cidade de Manchester, na Inglaterra, principal centro têxtil à época. Este paradigma tinha por características o uso de máquinas movidas à vapor e o trabalho assalariado, no qual o trabalhador possuía apenas um ofício. Por exemplo, um funcionário que produzisse calçados, este seria responsável por todas as etapas para a produção deste bem, desde a aquisição de matéria-prima, o couro, à entrega ao consumidor, recebendo por peça e não tendo um salário fixo.
Observa-se que, neste momento, o que se tinha era o meio técnico, onde as técnicas utilizadas, tais como o tear mecânico e as ferrovias, representaram um avanço não só para a produção e para a sociedade, como também transformou o espaço.
O meio técnico-científico e a Segunda Revolução Industrial
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Charge que aborda a questão da alienação do trabalho.[/caption]
A Segunda Revolução Industrial teve início no século XIX. O período foi marcado por um grande avanço técnico, principalmente nos EUA, Alemanha e Japão. Nesta era, as principais indústrias foram a metalúrgica, a química e principalmente a automobilística, visto que a matéria-prima da época era o petróleo.
O modelo produtivo vigente era o Fordismo, nome relacionado ao empresário Henry Ford que implantou em sua fábrica de automóveis em Detroit, EUA, um conjunto de técnicas e sistemas de trabalho que utilizava-se da linha de montagem que possibilitou a automação da produção e originou uma produção padronizada e em massa. Cada trabalhador tinha uma função fixa que era produzia de forma mecânica. Havia, portanto, a separação entre o trabalho intelectual e o trabalho braçal.
Esta revolução originou o meio técnico-científico em que a ciência se colocou a serviço da indústria para o desenvolvimento de técnicas que possibilitassem o aumento da produção. Essa mudança de foco por parte do mercado levou a uma maior modificação do espaço, tornando-o cada vez mais urbanizado devido à atração de grandes fluxos populacionais em direção às cidades e o incremento de infraestruturas, como a rede de transportes.
O meio técnico-científico-informacional e a Terceira Revolução Industrial
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A robotização da produção industrial com o emprego de tecnologia de ponta.[/caption]
A Terceira Revolução Industrial tem como modelo produtivo o Toyotismo, termo que refere-se às características de um modelo elaborado por engenheiros da indústria automobilística japonesa, Toyota. Este marco histórico ocorreu nos Estados Unidos durante a década de 1970.
Dentre estas características destacam-se a produção just-in-time, como forma de evitar o desperdício de tempo e capital com uma maior flexibilização da produção de acordo com as necessidades dos consumidores. Além disso, o trabalho passou a exigir criatividade, multifuncionalidade e flexibilidade de horário. Soma-se a isto o intenso uso de máquinas e robôs em substituição da mão-de-obra humana.
Neste momento do desenvolvimento industrial destaca-se o surgimento de tecnopólos, novas áreas industriais que unem centros de produção de tecnologias de ponta com centros de pesquisa científica (universidades). O mais conhecido destes tecnopólos é o do Vale do Silício, na Califórnia, EUA.
Este período originou o chamado Meio Técnico-Científico-Informacional (MTCI) em que a circulação de informação, somada às técnicas e à ciência, passou a ser fundamental para a circulação de outros fluxos, como capitais, mercadorias e pessoas. O espaço torna-se assim densamente ocupado nas grandes cidades gerando problemas urbanos conhecidos, como a favelização e o consumo cada vez maior de matérias-primas.
Consequências das revoluções industriais
[caption id="" align="alignnone" width="451"]- Aumento da produção de bens;
- Aceleração da circulação de pessoas e mercadorias;
- Expansão das redes de transporte e comunicações.
