Sabemos que os seres vivos possuem a capacidade de possuir metabolismo próprio, alimentar-se e reproduzir-se. A reprodução é a capacidade de organismos vivos, sejam unicelulares ou pluricelulares, produzirem descendentes que contenham os seus genes. Nesse resumo veremos as reproduções sexuadas e assexuadas, além de ver a reprodução humana.
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A reprodução pode ser assexuada e sexuada[/caption]
Reprodução Assexuada
Na reprodução assexuada são formados novos indivíduos por mitose, ou seja, são formados clones. Nesse caso há a participação de somente um indivíduo e não há a combinação de gametas. As vantagens desta reprodução são o baixo custo energético (pois não precisam encontrar ou competir por um parceiro) e a velocidade da reprodução, enquanto a desvantagem é a baixa variabilidade genética, pois os indivíduos formados são iguais ao seu parental.[caption id="attachment_86099" align="alignnone" width="304"]
Exemplo de reprodução assexuada em um organismo unicelular[/caption]
Com uma baixa variabilidade genética, se houver qualquer doença que atinja um dos organismos ou se o ambiente mudar de forma que seja prejudicial para um deles, todos serão prejudicados.
- Divisão Binária (ou Cissiparidade)
Esquema de um protozoário realizando reprodução assexuada por cissiparidade[/caption]A divisão binária, também chamada de cissiparidade, ocorre em seres unicelulares, onde uma célula se divide gerando duas células geneticamente iguais. Nas bactérias, chamamos de fissão bacteriana.
- Divisão Múltipla (ou Esquizogonia)
Esquema da divisão múltipla[/caption]Na divisão múltipla, também chamada de esquizogonia, um organismo celular dá origem a várias células geneticamente iguais a ele. Este tipo de reprodução é típico do protozoário causador da malária.
- Brotamento

Reprodução assexuada de porífero
No brotamento, há o crescimento de um broto na lateral do organismo, e quando este broto é cortado ou cai, gera um organismo genéticamente igual ao original. É comum em poríferos e cnidários.
- Fragmentação
Esquema de fragmentação em estrela do mar.[/caption]Na fragmentação, também chamada de laceração, primeiro há o corte do organismo e depois o crescimento destas partes. São comuns em estrelas-do-mar e em planárias.
- Partenogênese
Esquema da partenogênese em abelhas[/caption]Na partenogênese, ocorre a produção e desenvolvimento de novos indivíduos a partir de um óvulo não fecundado.
No exemplo das abelhas, quando há reprodução sexuada, são formadas abelhas fêmeas (diploides), que serão operárias ou futuras rainhas, para quando a rainha morrer. Porém para produção de abelhas machos (haploides), o óvulo se desenvolve sem ser fecundado.
- Metagênese
Metagênese em Cnidários[/caption]Na metagênese, ocorre a alternância de gerações, ou seja, na reprodução há uma fase sexuada e uma fase assexuada.
No exemplo dos Cnidários, temos a fase medusoide, medusas de vida livre, que possuem gametas que se fundem formando um zigoto. Esse zigoto se desenvolve em plânula e depois se fixa em um substrato, formando um pólipo séssil, e chamamos esta etapa de fase polipoide. O pólipo realiza fragmentação, que irá dar origem às medusas.
Variabilidade Genética em Bactérias
Nas bactérias, a conjugação, a transformação e a transdução são responsáveis por gerar uma maior variabilidade genética. Na conjugação, ocorre uma aproximação das bactérias, e se formam pontes citoplasmáticas, onde ocorre a troca de DNA.[caption id="attachment_86105" align="alignnone" width="400"]
Esquema de conjugação bacteriana[/caption]
Na transformação, as bactérias absorvem DNA do meio e o incorporam em seu genoma.
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Esquema de transformação bacteriana[/caption]
Na transdução, um vírus bacteriófago leva o DNA de uma bactéria para outra célula.
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Esquema de transdução bacteriana[/caption]
Reprodução Sexuada
Na reprodução sexuada são produzidos gametas e a união destes forma um novo indivíduo, que possuirá as características dos parentais. Para que este tipo de reprodução ocorra, é necessário que muita energia seja gasta, a fim de encontrar um parceiro que aceite participar da mesma, e também é uma reprodução que ocorre de maneira mais lenta.Como na reprodução sexuada os indivíduos são formados a partir da união dos gametas parentais, estes novos seres são diferentes daqueles que os geraram, ou seja, há variabilidade genética. Esta variabilidade genética é vantajosa, já que permite uma maior sobrevivência da espécie.
Na gametogênese, as células germinativas são formadas por mitose e ao final possuem metade do número de cromossomos. Isso permite que após a fecundação o número de cromossomos daquela espécie permaneça o mesmo.
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Reprodução sexuada[/caption]
Reprodução Humana
- Sistema Reprodutor Masculino
Na uretra masculina passa tanto a urina, produzida pelo sistema excretor, quanto o sêmen, formado pelo líquido seminal, produzido pela vesícula seminal, o líquido prostático, produzido pela próstada e os espermatozoides.
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Sistema reprodutor masculino[/caption]
- Sistema Reprodutor Feminino
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Sistema reprodutor feminino[/caption]
Quando a mulher está no período fértil e ocorre a relação sexual sem métodos contraceptivos, ela poderá engravidar, ou seja, poderá haver a fecundação. A fecundação ocorre no terço superior da tuba uterina, onde ocorrerá a união do espermatozoide com o ovócito II, formando o óvulo e consequente formação da célula-ovo. Este zigoto dará origem a um novo indivíduo.
- Ciclo Menstrual
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Esquema do ciclo menstrual[/caption]
O ciclo menstrual se inicia no primeiro dia de sangramento, que é a descamação do endométrio. O FSH é liberado pela hipófise, que amadurece o folículo ovariano e estimula a produção e liberação de estrogênio pelo ovário. O estrogênio faz com que ocorra o espessamento do endométrio, e estimula a secreção do LH pela hipófise.
O LH, junto com o FSH, promove a ovulação no meio do ciclo menstrual. Além disso, o LH inibe o estrogênio, fazendo com que o folículo ovariano se transforme em corpo lúteo, que libera a progesterona para manter endométrio espesso para caso haja a fecundação.
A progesterona inibe o FSH e o LH para evitar múltiplas ovulações, porém sem o LH o corpo lúteo se degenera, e a progesterona para de ser produzida. Se inicia então a descamação do endométrio, reiniciando o ciclo menstrual.
Quando ocorre a fecundação, o hormônio HCG (gonadotrofina crônica), que inibe o LH e o FSH para evitar novas ovulações, evita a descamação do endométrio, mantendo o corpo lúteo e a produção de progesterona.
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Concentração dos hormônios quando há gravidez[/caption]
Exercícios
1. (UFRJ) Observe o esquema e responda aos itens.
I. Tendo por base as informações contidas no esquema, identifique os hormônios denominados H1, H2, A e B.
II. Qual a função do hormônio H1?
III. Quais os efeitos do hormônio H2?
IV. Além de inibir a produção de H1, que outros efeitos o hormônio A tem sobre o organismo feminino?
V. Qual o efeito do aumento da taxa do hormônio B sobre a produção hormonal da hipófise?
VI. Qual o dia aproximado do ciclo menstrual em que está mais elevada a concentração do hormônio H2 no sangue?
2. (UFMG) Marque a alternativa errada:

a) 1 atua sobre o ovário, levando ao amadurecimento do folículo.b) A menstruação ocorre quando a taxa de 4 no sangue aumenta bruscamente.c) Quando ocorre a ovulação, a concentração de 2 no sangue é alta e a de 1 é baixa.d) O aumento da taxa de 3 no sangue leva a diminuir a produção de 1 e a aumentar a de 2.e) O aumento da produção de 4 leva a diminuir a produção de 2.
3. (PUC-PR) A produção do hormônio luteinizante estimula as células intersticiais ou de Leydig a liberar um hormônio que, por sua vez, é responsável pela manutenção dos caracteres sexuais. Assinale a opção que corresponde ao descrito no texto:
a) A hipófise produz o hormônio luteinizante e estimula o testículo a produzir testosterona.b) O testículo produz hormônio luteinizante e estimula a hipófise a produzir o estrógeno.c) O hormônio luteinizante estimula o testículo a produzir o estrógeno, estimulando a hipófise.d) O hormônio luteinizante estimula o ovário a produzir a progesterona, estimulando a hipófise.e) O hipotálamo produz o hormônio luteinizante estimulando a hipófise a produzir testosterona.
