Ao se tratar de análise do discurso é prudente, de início, colocar-se a questão: o que se entende por isso? Esta pergunta é pertinente porque vários são os conceitos desta análise, um campo de estudos em processo de formação cujas fronteiras não estão ainda claramente delimitadas.
Se for tomado um ponto de vista histórico, percebe-se que o que hoje se chama “análise do discurso” tem uma história de até dois mil anos, desde os estudos da retórica grega, e se estende a um presente com ares de ficção científica na tentativa da linha francesa de empreender uma “análise automática do discurso” por meio da informática. Foi na década de 1970 que a esse termo tomou força, mas não se pode dizer que constituía um campo claro de estudos. O seu desenvolvimento significou a passagem da linguística da “frase” para a linguística do “texto”.
Essa mudança no objeto de análise provocou transformações na ideia classicamente aceita de que a “fala” é individual, assistemática e, portanto, não passível de análise científica. Mas o grande problema continua a ser a definição e a metodologia para abordar essa nova unidade de análise.
O fato de a análise do discurso tomar uma unidade maior do que a frase fez com que o estudo do “texto” passasse a ocupar lugar central nos estudos linguísticos, seguindo várias direções, com diferentes concepções epistemológicas e metodológicas. O que as unifica é o fato de tomarem o seu objeto do ponto de vista linguístico e procurarem o estudo da discursivização.
O texto e a análise do discurso
“Discurso”e “texto” são dois conceitos que convém distinguir. Para entender melhor a análise do discurso, tomemos como exemplo o seguinte texto:
DE BAIXO DA PONTE – Carlos Drummond de Andrade
Moravam debaixo da ponte. Oficialmente, não é lugar onde se more, porém eles moravam. Ninguém lhes cobrava aluguel, imposto predial, taxa de condomínio: a ponte é de todos, na parte de cima; de ninguém, na parte de baixo. Não pagavam conta de luz e gás, porque luz e gás não consumiam. Não reclamavam contra falta d’água, raramente observada por baixo de pontes. Problema de lixo não tinham; podia ser atirado em qualquer parte, embora não conviesse atirá-lo em parte alguma, se dele vinham muitas vezes o vestuário, o alimento, objetos de casa. Viviam debaixo da ponte, podiam dar esse endereço a amigos, recebê-los, fazê-los desfrutar comodidades internas da ponte.
À tarde surgiu precisamente um amigo que morava nem ele mesmo sabia onde, mas certamente morava: nem só a ponte é lugar de moradia para quem não dispõe de outro rancho. Há bancos confortáveis nos jardins, muito disputados; a calçada, um pouco menos propícia; a cavidade na pedra, o mato. Até o ar é uma cassa, se soubermos habitá-lo, principalmente o ar da rua. O que morava não se sabe onde vinha visitar os de debaixo da ponte e trazer-lhes uma grande posta de carne.
Nem todos os dias se pega uma posta de carne. Não basta procurá-la; é preciso que ela exista, o que costuma acontecer dentro de certas limitações de espaço e de lei. Aquela vinha até eles, debaixo da ponte, e não estavam sonhando, sentiam a presença física da posta, o amigo rindo diante deles, a posta bem palpável, comível. Fora encontrada no vazadouro, supermercado para quem sabe frequentá-lo, e aqueles três o sabiam, de longa data e olfativa ciência.
Comê-la crua ou sem tempero não teria o mesmo gosto. Um de debaixo da ponte saiu à caça de sal. E havia sal a um canto da rua, dentro da lata. Também o sal existia sob determinadas regras, mas pode tornar-se acessível conforme as circunstâncias. E a lata foi trazida para debaixo da ponte.
Debaixo da ponte os três prepararam comida. Debaixo da ponte a comeram. Não sendo operação diária, cada um saboreava duas vezes: a carne e a sensação de raridade da carne. E iriam aproveitar o resto do dia dormindo (pois não há coisa melhor, depois de um prazer, do que o prazer complementar do esquecimento) quando começaram a sentir dores. Dores que foram aumentando, mas poderiam ser atribuídas ao espanto de alguma parte do organismo de cada um, vendo-se alimentado, sem que lhe houvesse chegado notícia prévia de alimento. Dois morreram logo, o terceiro agoniza no hospital.
Dizem uns que morreram da carne, dizem outros que do sal, pois era soda cáustica. Há duas vagas debaixo da ponte.
Em: A bolsa & a vida, Rio de Janeiro: INL, 1971
Uma primeira leitura desse texto mostra que ele conta uma história. Portanto, é uma narração. É uma história relativamente simples: trata-se de personagens que vivem em miséria absoluta e moram debaixo da ponte; certo dia conseguem comida, comem, são envenenados e morrem. Portanto, é possível fazer a análise do discurso sem complexidade.
Pode-se dizer que esta narrativa tem na sua base certos valores que são antagônicos, como a fartura versus a miséria, a morte versus a vida, e que esses valores podem aparecer em muitos outros textos e criar muitas outras narrativas. Isto leva à conclusão de que um texto é formado por uma estrutura que articula diferentes elementos e constitui um sentido coeso e coerente.
Podemos refinar a análise do discurso e perceber que este texto possui:
Um nível fundamental
É a primeira etapa do percurso de geração de sentido na análise do discurso, ponto de partida da geração do texto, em que se determina o mínimo de sentido a partir do qual ele se constrói. Trata-se da relação de oposição ou de diferença entre dois termos, dentro de um universo semântico.
Quando dizemos que um texto “fala” da morte, do amor, da liberdade etc., estamos fazendo a analise do discurso de sua camada fundamental, o mínimo de sentido sobre o qual ele é construído. O texto é fundado sobre relações orientadas, que são a primeira condição para a narratividade. Assim, se ele fala da relação entre a vida e a morte, a narratividade vai-se desenvolver em um determinado sentido:
vida morte vida
OU:
morte vida morte
Isso porque o princípio fundamental da narratividade é a transformação e o encadeamento desses valores produz a sucessividade do texto. No texto “Debaixo da ponte”, temos o percurso da morte (a miséria absoluta) para a vida (quando os sujeitos conseguem alimentos) e para a morte novamente (quando os sujeitos são envenenados pela comida).
Esses valores fundamentais podem ser tomados como positivos (eufóricos) ou negativos (disfóricos). Essa oposição, que se chama “tímica”, vai determinar a linha argumentativa do texto. Em “Debaixo da ponte” temos a valoração negativa da miséria, que provoca a fome e a morte, em oposição à fartura, que é a vida.
Um nível narrativo
No segundo nível do percurso gerativo de sentido, os valores fundamentais são narrados a partir de um sujeito. Assim, a narrativa simula a história do homem em busca de valores e os contratos e conflitos que marcam os relacionamentos humanos. Dentro da análise do discurso, a narrativa se constitui de quatro fases:
- MANIPULAÇÃO: os miseráveis são manipulados pela miséria e pela fome a provar do alimento trazido por um amigo. A presença física do alimento os seduz a quererem prová-lo;
- COMPETÊNCIA: manipulado, o sujeito precisa adquirir competência para realizar a ação. Essa competência pode ser o saber, o poder e o querer. Quando, em um conto de fadas, o herói obtém um “objeto mágico”, ele está adquirindo poder para realizar certas coisas. No texto “Debaixo da ponte” os sujeitos precisam de sal para poderem comer o alimento; quando o conseguem, estão aptos a realizar a ação;
- PERFORMANCE: os sujeitos realizam a ação (se alimentam);
- SANÇÃO: depois de realizada a ação, os sujeitos são recompensados (sanção positiva) ou punidos (sanção negativa). Neste texto, a sanção é negativa, pois eles morrem envenenados pela comida.
Como já foi dito, esses valores e essa narrativa que estruturam o texto “Debaixo da ponte” podem aparecer em muitos outros textos. O que, então, faz com que essa análise do discurso seja diferente de outros textos que têm os mesmos valores básicos e a mesma narrativa?
O que o diferencia de outros textos é o modo como esses valores e essa narrativa são discursivizados, o que significa dizer que um texto possui uma estrutura discursiva.
O nível discursivo
Este é o patamar mais superficial do percurso gerativo do sentido, o mais próximo da manifestação textual. As estruturas narrativas se convertem em discurso quando assumidas pelo sujeito da enunciação: ele faz uma série de “escolhas”, de pessoa, de espaço, de tempo e de figuras, contando a história a partir de um determinado “ponto de vista”. A narrativa é, assim, “enriquecida” com essas opções do sujeito da enunciação.
No texto “Debaixo da ponte”, pode-se perceber que:
- É utilizada a terceira pessoa para caracterizar os personagens; eles não têm nome nem características particulares – a indeterminação cria o sentido de “anonimato”, de uma miséria tão absoluta que os priva até mesmo de um nome próprio;
- Outro elemento muito importante do nível do discurso deste texto é a espacialização – os personagens são caracterizados pelo “lugar onde moram”, o nome próprio que lhes é atribuído é uma localização espacial (“os de debaixo da ponte”) que constrói a oposição entre “os que moram debaixo da ponte” e os outros (“A ponte é de todos, na parte de cima; de ninguém, na parte de baixo”);
- A temporalização, ao indefinir o momento da ação, constrói o efeito de eternização da miséria (“moravam debaixo da ponte”) e permite que o final do texto seja aberto em um movimento cíclico que retoma o início do texto (“Há duas vagas debaixo da ponte”)
Esses recursos do nível discursivo têm como objetivo estabelecer a relação entre o enunciador do texto e o enunciatário, permitindo a interpretação por meio de marcas espalhadas no texto. Essas marcas conduzem o leitor a perceber a orientação argumentativa e as relações entre o texto e o contexto em que foi produzido.
Elementos da análise do discurso
Na análise do discurso subjacente a um texto, podemos observar as projeções da enunciação no enunciado; os recursos de persuasão utilizados para criar a “verdade” do texto (relação enunciador/enunciatário) e os temas e figuras utilizados.
A enunciação pode ser reconstruída pelas “marcas” espalhadas no enunciado; é no discurso que os valores do texto se percebem com mais clareza. Por isso, analisar o discurso é determinar as condições de produção do texto. Pode-se, por exemplo, analisar o uso das categorias de pessoa, espaço e tempo, que, no discurso, não são as mesmas da enunciação: quem diz “eu” no texto não é o autor, nem são seus o tempo e o espaço. É importante verificar quais os procedimentos utilizados e quais os efeitos de sentido criados.
Nas notícias de jornal, é comum que o enunciador procure construir o efeito de objetividade e, para isso, mantenha a enunciação afastada do discurso, como garantia de sua “imparcialidade”. Os recursos utilizados são o uso de 3ª pessoa, no tempo do “naquele momento” e no espaço do “lá”, e o uso do discurso direto para garantir a verdade.
Um exemplo de procedimento oposto, que cria o efeito de proximidade com a enunciação, é aquele utilizado nas autobiografias, em que há caráter subjetivo através do uso da 1ª pessoa, o tempo do “agora” e o espaço do “aqui”. Outro exemplo dessa complexidade enunciativa são os romances policiais narrados em 1ª pessoa, em que o enunciador possui um saber parcial, o que cria o suspense. Esse procedimento é utilizado para criar cumplicidade entre o enunciador e o enunciatário: se o enunciador mostrasse saber, por exemplo, quem é o assassino e desse pistas falsas, o leitor poderia sentir-se “traído”.
A ambiguidade pode ser criada quando um mesmo ator é o narrador e o sujeito principal da narrativa. É este o recurso utilizado por Machado de Assis em Dom Casmurro, em que o narrador mostra somente o seu ponto de vista. Os fatos contados podem ganhar status de “coisas reais”, “acontecidas”, através de ilusões discursivas. O narrador cede voz aos sujeitos, no discurso direto, e obtém, assim, a “prova de verdade”.
Por meio da ancoragem são construídos, no discurso, pessoas, tempo e espaços “reais” ou “existentes”, que criam a ilusão de serem “cópias” da realidade. Esse procedimento é típico do discurso jornalístico e do discurso histórico, em que o detalhamento das informações concorre para criar a “verdade do discurso”. O discurso jornalístico se caracteriza, ainda, pela utilização de imagens que, pelo seu caráter “icônico”, não deixam espaço para a refutação.
Essa “ilusão de realidade” pode ser construída em todos os sistemas semióticos, como a pintura, o filme, o teatro. Da mesma forma, pode-se construir a ilusão contrária, de “ficcionalidade”, através, por exemplo, da utilização da fórmula discursiva “era uma vez…”
O enunciador quer fazer o enunciatário crer na verdade do discurso e, por isso, ele tenta persuadir, enquanto o enunciatário apenas interpreta. O enunciador constrói, no discurso, todo um dispositivo de verdade, espalhando marcas que devem ser encontradas e interpretadas pelo enunciatário. Nessas marcas, estão embutidas as imagens de ambos (os seus sistemas de crenças, as imagens recíprocas, etc.).
Para entender os sentidos subentendidos em um texto, é preciso que o enunciador e o enunciatário tenham um conhecimento partilhado que lhes permita inferirem os significados. Esse conhecimento de mundo envolve o contexto sócio-histórico a que o texto se refere.
A coerência semântica do discurso é obtida através da tematização e da figurativização. Na tematização, os valores do texto são organizados por meio da recorrência de traços semânticos que se repetem no discurso e o tornam coerente; já na figurativização, os temas são concretizados em figuras que lhes atribuem traços de revestimento sensorial. Por exemplo, o tema da liberdade pode ser figurativizado como uma “velha calça azul e desbotada” (nas propagandas de calças jeans), como uma “pomba voando” ou uma “moça cavalgando com os cabelos ao vento”. O efeito de veridicção fundamenta no reconhecimento das figuras.
A coerência textual é assegurada pela isotopia, pela recorrência de temas e figuras que constitui a linha sintagmática e a coerência semântica do discurso. Sempre há uma figura que é um “desencadeador de isotopia”, que constrói um percurso isotópico e nos fornece uma direção de leitura do texto.
EXERCÍCIOS SOBRE ANÁLISE DO DISCURSO
1) (ESAN)
“Impossível dar cabo daquela praga. Estirou os olhos pela campina, achou-se isolado. Sozinho num mundo coberto de penas, de aves que iam comê-lo. Pensou na mulher e suspirou. Coitada de Sinhá Vitória, novamente nos descampados, transportando o baú de folha.”
O narrador desse texto mistura-se de tal forma à personagem que dá a impressão de que não há diferença entre eles. A personagem fala misturada à narração. Esse discurso é chamado:
a) Discurso indireto livre.
b) Discurso direto.
c) Discurso indireto.
d) Discurso implícito.
e) Discurso explícito.
2) (ESAN)
Sobre o discurso indireto é correto afirmar, EXCETO:
a) No discurso indireto, o narrador utiliza suas próprias palavras para reproduzir a fala de um personagem.
b) O narrador é o porta-voz das falas e dos pensamentos das personagens.
c) Normalmente é escrito na terceira pessoa. As falas são iniciadas com o sujeito, mais o verbo de elocução seguido da fala da personagem.
d) No discurso indireto as personagens são conhecidas através de seu próprio discurso, ou seja, através de suas próprias palavras.
3) (PUC – RS – 2008)
Canção
- Nunca eu tivera querido
- Dizer palavra tão louca:
- Bateu-me o vento na boca,
- E depois no teu ouvido.
- Levou somente a palavra
- Deixou ficar o sentido.
- O sentido está guardado
- No rosto com que te miro,
- Neste perdido suspiro
- Que te segue alucinado,
- No meu sorriso suspenso
- Como um beijo malogrado.
- Nunca ninguém viu ninguém
- Que o amor pusesse tão triste.
- Essa tristeza não viste,
- E eu sei que ela se vê bem…
- Só se aquele mesmo vento
- Fechou teus olhos, também.
Cecília Meireles. Poesias completas. Rio de Janeiro:Nova Aguilar, 1993, p. 118.
De acordo com abordagens da análise do discurso, a significação não se restringe apenas ao código linguístico. Que versos evidenciam essa noção?
a) “Nunca eu tivera querido Dizer tão louca” (v.1-2)
b) “bateu-me o vento na boca, e depois no teu ouvido” (v.3-4)
c) “Levou somente apalavra, deixou ficar o sentido” (v.5-6)
d) “Nunca ninguém viu ninguém que o amor pusesse tão triste” (v.13-14)
e) “Só se aquele mesmo vento fechou teus olhos, também” (v.17-18)
GABARITO
1. a)
Comentário: O discurso indireto livre é um tipo de discurso misto, em que se associam as características do discurso direto e do indireto.
2. d)
Comentário: Apenas no discurso direto as personagens ganham voz. Para construirmos um discurso direto, devemos utilizar o travessão e os chamados verbos de elocução, ou verbos dicendi.
3. c)
Comentário: Teorias relacionadas à produção e recepção de textos têm demonstrado que os sentidos do que ouvimos, lemos, falamos e escrevemos se constroem a partir de fatores que ultrapassam em muito o componente linguístico presente nas interações verbais. Dentre estes fatores, estão as competências e habilidades de ordem referencial, textual, pragmática e discursiva. O sentido não está, portanto, nas palavras ou no texto, tão somente. Tampouco existe correspondência estrita entre significante e significado: se é verdade que os processos de compreensão têm os sinais sonoros e/ou gráficos como estímulo e fio condutor, não é menos verdade que o sentido será definido, em última instância, por quem recebe esses estímulos e pelas circunstâncias em que se realiza a enunciação.
No caso do texto escrito, do qual se ocupa a questão, é o leitor que, mobilizando uma série de estratégias e de saberes, reconstrói o sentido. Tais saberes incluem, entre outros:
- O conhecimento de mundo: soma dos conhecimentos internalizados, advindas de nossas leituras e de nossas experiências;
- O conhecimento referencial: domínio mais ou menos preciso da temática desenvolvida no texto;
- O conhecimento linguístico: saberes relacionados ao código linguístico, ao significado das palavras, à morfologia e à sintaxe;
- O conhecimento textual: noções de tipologia, gênero, fatores responsáveis pela textualização;
- O conhecimento pragmático: condicionamentos que encaminham as leituras possíveis, a partir de dados do contexto socioexistencial.
- O contexto de produção e de enunciação: conhecimento das circunstâncias em que o texto foi criado, tais como autoria, época, veículo e objetivo de edição.
É na dicotomia palavra-sentido, como se viu, que se fundamentam os versos de Cecília Meireles:
Levou somente a palavra
deixou ficar o sentido.
A dissociação entre forma (palavra) e conteúdo semântico (sentido) está aí tão evidente, que a resolução da questão dispensa qualquer “abordagem da análise do discurso” – mesmo porque as demais possibilidades (alternativas a, b, d e e) não se relacionam com o problema apresentado.
Para além da contingência da questão, o leitor proficiente poderia “ler” no contexto da enunciação, a expressão facial, os gestos, a linguagem corporal, metaforizados em versos como:
O sentido está guardado
No rosto com que te miro,
Neste perdido suspiro(…)
No meu sorriso suspenso. (…)
Essa tristeza não viste,
E eu sei que ela se vê bem…
Agora que você já sabe como funciona a análise do discurso, fica muito mais fácil fazer uma interpretação de estrutura textual, nível discursivo e muito mais de uma forma muito mais assertiva. Continue acompanhando o Descomplica e saiba mais sobre o assunto!