Vez ou outra, ainda rolam algumas dúvidas sobre o estudo da semântica. Isso acontece porque muitas vezes uma palavra que já conhecemos adquire um novo valor, dependendo do contexto em que a mesma esteja. Por isso, é sempre bom ficar de olho na interpretação textual e no sentido figurado que algumas construções sintáticas podem adquirir. Podemos dizer que a semântica é a parte da gramática, que estuda os aspectos relacionados ao sentido de palavras e enunciados.
Dá uma olhadinha nas dicas abaixo para nunca mais ficar confuso sobre o assunto!
1. Sinonímia X Antonímia
Ih, essas duas vivem em briga. A sinonímia apresenta a possibilidade de sentidos aproximados, visando uma substituição de uma palavra em diferentes contextos. Já a antonímia, possui a função de apresentar palavras de sentidos contrários entre si.
Ainda não entendeu? Por exemplo, a palavra “furto” e “roubo”: embora sejam sinônimos, aplicam-se a situações diferentes. Tendo em vista que o furto acontece sem que o indivíduo perceba e o roubo trata de uma abordagem mais direta. Enquanto isso, os antônimos buscam se opor ao sentido de uma palavra, como “noite – dia”, “sol – chuva”, “calor – frio”.
2. Hiponímia & Hiperonímia
Aqui, os campos semânticos das palavras trabalham juntos, mas cada uma com sua particularidade. O hiperônimo possui a função de atribuir sentido mais genérico, enquanto o hipônimo atribui sentido mais específico.
Por exemplo, se eu te disser que encontramos em uma fazenda gatos, cachorros, cavalos, pássaros, bezerros e galinhas – todas essas palavras apresentam certa familiaridade, por se relacionarem às características pertencentes ao mundo animal. Ou seja, são hipônimos. Se quisermos um termo mais genérico e resumido, utilizamos a palavra “animal” – hiperônimos.
3. O valor polissêmico
A polissemia é a propriedade que uma palavra possui de apresentar vários sentidos. Em outras palavras, um mesmo termo, em contextos diferentes, não apresentam o mesmo sentido. Por exemplo, a palavra “manga” apresenta sentido polissêmico, uma vez que pode significar uma fruta ou a parte de uma camisa. Assim como a palavra “braço”, que pode representar um traço físico da anatomia humana ou no sentido figurado – a figura de linguagem catacrese – o “braço da cadeira”.
4. E a ambiguidade?
O valor ambíguo acontece quando, por falta de clareza, há duplicidade de sentido da frase. Pode ocorrer em um enunciado ou em um texto, verbal ou não verbal. Por exemplo, na oração a seguir,
“Pedro disse ao amigo que sua namorada havia chegado na festa.”
o pronome possessivo de 3ª pessoa carrega dois valores, que podem vir a confundir o interlocutor. A namorada que havia chegado à festa era a de Pedro ou a do amigo?
Perceba que é necessário sempre estar de olho nas construções e nos seus sentidos, a fim de que não haja uma interpretação errada sobre a ideia proposta, que realmente é abordada na construção oracional.
Fique de olho, viu? =) Até a próxima!