Você já ouviu falar sobre Psicologia da Educação? Essa disciplina, que também é muito conhecida como “Psicologia Educacional”, é a área da Psicologia que tem uma direta relação com todo o processo de ensino-aprendizagem, nos seus mais distintos aspectos.
Ou seja, entre outras vertentes, ela abarca o nível de eficácia que têm as táticas e as metodologias educacionais adotadas, o quão eficiente vêm sendo os mecanismos de ensino implementados, tanto com crianças quanto com adultos, e, até mesmo, a forma como a instituição de ensino opera como uma organização.
Justamente por isso, pra que seja bem-sucedida, é imprescindível que a Psicologia Educacional seja desenvolvida juntamente a docentes.
Bem, mas que tal começar do princípio? A gente te disse que a Psicologia da Educação é, em outras palavras, uma espécie de “ramificação” da Psicologia. No entanto, o que, de fato, vem a ser a Psicologia em si? Fique de olho nas próximas linhas e descubra!
O que é a Psicologia afinal?
Para começo de conversa, antes de a gente começar a tratar da Psicologia da Educação em si, é superimportante que você consiga entender o que, de fato, é a Psicologia. E é sobre isso que a gente vai falar agora. Bora?!
Como você sabe — ou, pelo menos, deveria —, a nossa função aqui é sempre descomplicar pra você. Então, de maneira bastante simples, a gente pode definir “Psicologia” como uma ciência que tem sob a sua responsabilidade estudar tanto os processos mentais quanto os seus estados.
Vamos lá! Para entender ainda melhor, é só pensar na Psicologia como um campo de estudo que tem como o seu objeto a compreensão das condutas humanas e, por consequência, a interação que os indivíduos estabelecem com o meio ao seu redor.
Ora, agora pense: quantos são os “meios” com os quais nós nos relacionamos como pessoas? Inúmeros, né? Então, também é por isso que essa ciência tem um sem-número de ramificações (e a Psicologia Educacional é uma delas, como a gente já te disse).
A Psicologia da Educação como uma ramificação da Psicologia
A essa altura, já se tornou mais simples compreender de que maneira a Psicologia Educacional “deriva” da Psicologia como ciência, né?
No caso dela, o intuito principal é, então, estudar o processo de ensino-aprendizagem que ocorre nos ambientes educacionais (e, é claro, isso também abarca as intervenções que se fazem necessárias nesse meio e a sua eficácia).
E aí, compreendido até aqui? Então, é hora de a gente se aprofundar mais um pouquinho! Bora lá?!
O que se pode entender como Psicologia da Educação?
A gente já deu uma boa pincelada sobre vários aspectos que são “abraçados” pela Psicologia Educacional, né? No entanto, é bastante válido dizer que ela vai além (e como vai!).
Isso porque, ela também é o campo da Psicologia que, por exemplo, tem a função de identificar e de buscar compreender tudo aquilo que tem o potencial de representar um obstáculo pra apreensão de conhecimentos.
Ou seja, todos os elementos que podem ser uma espécie de “entrave” bem ali, no meio do fluxo de informações que são trocadas entre docentes e discentes.
“Mas quais eventuais obstáculos seriam esses, então?” — provavelmente você está se perguntando.
Bem, a gente pode exemplificar alguns: os problemas de cunho emocional e as dificuldades de aprendizagem, que, nesse sentido, envolvem, por exemplo, a dislexia, o transtorno de déficit de atenção etc.
Então, a Psicologia Educacional é a mesma coisa que a Psicologia Escolar?
Não, não! A gente entende bem essa confusão, que é até bem comum inicialmente, mas é importante reforçar que ambas são disciplinas diferentes, certo?
Então, vamos lá entender essas distinções? Bem, embora os termos soem de maneira bastante similar, gerando essa interpretação, o fato é que, definitivamente, eles não são sinônimos — e é imprescindível que você mantenha isso em mente, combinado!?
A distinção
O que acontece é que a Psicologia Escolar é, na verdade, uma “subdisciplina” que é implementada na parte prática do processo, enquanto a Psicologia Educacional (ou Psicologia da Educação) está ligada à parte teórica. Até que não é tão difícil, né?
Basta a gente pensar que, nesse caso, profissionais que atuam na segunda são aqueles mesmos que agem ajudando no reconhecimento e nos diagnósticos dos entraves que se colocam no processo de ensino-aprendizagem.
Basicamente, um Psicólogo Educacional vai entregar as “ferramentas” necessárias pra tratar e pra lidar com esses desvios comportamentais (como aqueles dos quais a gente falou lá em cima, lembra?!).
No entanto, o que se pode entender por Educação e qual é a sua relação com esse campo da Psicologia?
Bem, em primeiro lugar, a gente precisa que você compreenda que Educação, de forma ampla, é a aplicação de metodologias que buscam assegurar o desenvolvimento dos indivíduos. Contudo, quando a gente fala de desenvolvimento, a gente se refere a todas as vertentes: intelectual, físico, moral etc.
A partir disso, outro ponto fundamental e que você precisa dominar é que essa “união” entre ambas — a Psicologia (como ciência geral mesmo) e a Educação — já passou por inúmeros estudos.
Foram séculos (a gente não está exagerando, viu?!) de muitas teorias formuladas e muitas proposições de ideias até chegarmos aos dias de hoje.
Ou seja, as barreiras bem duras dos formatos antigos de ensino foram superadas até atingirmos o cenário atual, que, embora ainda tenha os seus desafios, tem também os seus benefícios notórios.
Como exemplos, a gente pode citar a inegável maior liberdade pra se expressar, a promoção do respeito mútuo e, é claro, o estímulo a uma comunicação mais saudável.
Isso quer dizer que, diferentemente do que acontecia antigamente, hoje, docentes verdadeiramente se preocupam com a apreensão do que é passado em termos de conteúdo por parte dos discentes, mas isso vai além.
Esses profissionais também desempenham um papel de extrema relevância, estimulando tanto ações emocionais reativas mais construtivas quanto mais afetividade (e a sua expressão).
Qual é a relevância da Psicologia da Educação para o processo de ensino-aprendizagem?
Pra começo de conversa, a gente já pode destacar algo importantíssimo e que não se pode ignorar: a criação desse sistema de educação atual que a gente conhece hoje teve diretas contribuições da Psicologia Educacional.
A sua importância reside, então, no grande papel de auxiliadora que ela desempenha quando aplicada na esfera educacional.
E isso vale tanto para professores quanto pra estudantes, viu?! Nesse sentido, a gente pode até destacar algumas das maneiras por meio das quais a Psicologia da Educação colabora no âmbito educativo e é isso que faremos agora. Veja a seguir!
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Compreensão dos estágios de desenvolvimento dos indivíduos
A gente não está declarando nenhuma grande novidade ao afirmar que a vida humana atravessa diversos estágios ao longo do desenvolvimento de um indivíduo, né? Eles vão desde o nascimento até o atingimento da idade adulta.
No entanto, durante esse período, existem as etapas de infância e de adolescência, que geralmente compreendem a fase escolar. Ademais, é preciso dizer que, para cada estágio, existem condutas e ações bastante características.
No papel de docente, ter a capacidade de identificar cada um desses aspectos, tendo como base a Psicologia Educacional, é imprescindível. Isso porque, somente dessa maneira, professores podem compreender, por exemplo, quais são as abordagens e metodologias mais apropriadas.
Escolhas bem-feitas e conscientes têm o potencial de impactar positivamente o aprendizado.
Oportunidade de orientação e aconselhamento
Não importa o contexto em que se dá a convivência. Um fato é que é sempre muito vantajoso ter a chance de contar com alguém que sabe o que diz pra aconselhamento e orientação.
Pois é! Então, imagine o quão relevante isso se torna quando a gente está tratando do âmbito educacional. Tal necessidade se faz presente em diversos níveis, como:
- quando um adolescente ou uma criança mostram precisar de amparo pra conseguirem lidar de melhor forma tanto com as experiências externas quanto com as internas, tão diferentes quanto sejam;
- no momento em que profissionais atuantes nessa dinâmica educacional demandam uma orientação acerca das interações estabelecidas com discentes;
- se docentes enfrentam os seus próprios conflitos internos no seu cotidiano, vendo-se diante da necessidade de conciliar questões pessoais e demandas no trabalho de magistério etc.
Entendimento das metodologias e abordagens educativas mais eficazes
A própria psicologia educacional pontua que há abordagens e metodologias educativas que fazem uma grande diferença pro processo de ensino-aprendizagem.
Levando isso em conta, professores têm a chance de inserir no dia a dia tais técnicas com a finalidade de tornar a apreensão dos conteúdos repassados a estudantes mais facilitada.
A gente pode até dar um exemplo nesse sentido. Uma sala de aula mais dinâmica, em que brincadeiras e jogos fazem parte da aprendizagem, pode fazer com que alunos (as crianças, em especial) tenham uma maior absorção do conteúdo.
E o mais bacana é que isso acontece de forma bem mais divertida, fluida e saudável. No entanto, ainda assim, extremamente eficaz. Legal, né?!
Percepção das particularidades dos jovens
Conhecer o alunado é essencial. Do contrário, o bom desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem se torna inviável.
A razão pra tanto é que discentes representam o elemento-chave por trás disso tudo. Aí, é justamente o momento em que “entra” a Psicologia da Educação.
Afinal, é ela que auxilia no entendimento de educandos e, inclusive, na percepção das suas particularidades. Educadores se tornam, então, capazes de notar o estágio em que se encontram no seu desenvolvimento geral.
O mesmo vale pros seus interesses, pras suas preferências e também pras suas habilidades. Ah! E a gente está falando das adquiridas e das inatas, viu?!
O fato é que a Psicologia Educacional leva em conta até aqueles aspectos que são geralmente deixados de fora no âmbito educativo. Isso porque, esse ramo entende que tudo é importante e tudo interfere um bocado no processo educacional.
Com todas essas informações em mãos, o cenário se torna outro. Então, passa a ser viável redirecionar as abordagens, utilizando as mais apropriadas a cada indivíduo.
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Identificação da saúde mental do alunado
Mais do que nunca, uma saúde mental debilitada pode ser o fator determinante para um processo educacional bem pouco eficaz. Por essa razão, também é um papel da Psicologia Educacional tornar docentes capacitados pra identificar o estado da saúde mental dos alunos.
Ao terem essa aptidão, Educadores não apenas poderão lidar com as circunstâncias de maneira mais consciente e assertiva. Eles também poderão sugerir aos responsáveis, por exemplo, algum tipo de atuação.
Resolução de hostilidades em sala de aula
Uma sala de aula é uma verdadeira reunião de pessoas com as mais diferentes características. Estudantes são indivíduos que receberam criações distintas, com pontos de vista diferentes e que vivenciam realidades, muitas vezes, bem distantes entre si.
Por essa razão, inúmeros problemas podem surgir, resultando em conflitos. A Psicologia Educacional, então, dá a professores a capacidade de auxiliar os estudantes a lidar com essas diferenças.
Como se especializar em Psicologia da Educação?
Como você pôde ver ao longo dos tópicos anteriores, são muitos os benefícios que a Psicologia Educacional entrega pro âmbito educativo.
Isso é especialmente verdadeiro em se tratando de Docentes. Afinal, são estes que lidam diretamente com o alunado e, por consequência, com as barreiras que surgem ao longo do processo de ensino-aprendizagem.
Isso faz com que seja altamente recomendável que profissionais atuantes nessa função de Educadores se especializem nessa ramificação da Psicologia. Assim, estarão mais bem preparados pra lidar com quaisquer situações que venham a enfrentar em sala de aula.
No entanto, como se especializar em Psicologia da Educação? Se essa também é uma dúvida sua, fique tranquilo!
A partir de agora, a gente vai falar um pouquinho sobre a especialização nesse campo e sobre os objetivos de uma pós nessa área. Bora lá?!
A pós-graduação em Psicologia da Educação
Comumente, as especializações em Psicologia Educacional têm o objetivo de tornar profissionais capazes pra atuação em espaços de ensino e em pesquisas. No caso das segundas, usualmente, elas buscam por soluções que deem fim às interferências no processo educacional.
Além disso, elas visam à modificação e à atualização das políticas educativas das instituições de ensino. Ah, e isso vale tanto pro âmbito público quanto pro privado, viu?!
Ao cursar uma pós-graduação em Psicologia Educacional, alunos da especialização têm a chance de:
- reconhecer metodologias de planejamento de projetos educacionais;
- repensar, de modo mais crítico, acerca das abordagens teóricas e das práticas educativas, tão diferentes entre si, bem como sobre os seus fins e os seus formatos;
- tornar integradas ações multidisciplinares e interdisciplinares pra colocar em prática no âmbito escolar, conforme o que ensina a Psicologia da Educação.
O público-alvo da especialização
Um curso de pós-graduação em Psicologia Educacional é, via de regra, voltado a um público específico. Ele é composto por quem tem graduação em Psicologia e profissionais em geral das áreas da saúde e da educação.
O ideal é que esse público-alvo queira ter os seus conhecimentos mais bem aprofundados sobre o campo. Ou, é claro, que deseje atuar profissionalmente sob a perspectiva da Psicologia da Educação em instituições de ensino.
A grade curricular do curso de pós-graduação
A gente sempre fala isso, mas é bom reforçar: é comum que as disciplinas de cada unidade que oferece pós-graduação na área sofram alguma variação, ok?
Contudo, é válido dizer que, comumente, a grade é composta de matérias que buscam oferecer o suporte do qual pós-graduandos do campo precisam.
Isso acontece pra capacitar tais profissionais pra compreensão da dinâmica e dos fenômenos da área. Para isso, as principais são:
- Psicologia Escolar;
- Gestão de Sistemas Educacionais;
- Teorias da Aprendizagem;
- Reflexões sobre a Psicologia e Ensino Escolar;
- Questões de etnia, raça e diversidade;
- Psicologia e Educação Inclusiva;
- Processos de Alfabetização.
A duração do curso
Esse fator também varia de acordo com a instituição de ensino que oferece a pós-graduação.
É possível que você encontre, por exemplo, cursos com duração de 360 horas. No entanto, também é bastante comum que outras unidades trabalhem com a carga horária de 480 horas.
Ou seja, a variação está entre 18 e 24 meses. Além disso, o número de disciplinas que pós-graduandos optam por fazer a cada módulo/período também pode interferir.
O mercado de trabalho
Outro aspecto que vale a pena ser ressaltado é o mercado de trabalho da área. A gente precisa dizer que ele é bastante amplo, viu
Inclusive, os segmentos que comumente oferecem um número expressivo de vagas para pós-graduados na área são os relativos a:
- ensino médio e ensino fundamental;
- pré-escola (educação infantil);
- atividades de associação que atuam em defesa de direitos sociais etc.
Ainda na dúvida sobre qual pós-graduação fazer? Conheça as especializações na área da saúde da Descomplica.
Confira também todas as opções de cursos de pós-graduação que a Descomplica oferece.