Compreender o conflito entre Israel e Palestina é essencial para analisar os desafios geopolíticos e humanitários que moldam o cenário global atual. Neste texto, exploraremos as origens profundas desse conflito e seu impacto na região do Oriente Médio.
Além disso, destacaremos a relevância do tema para quem se prepara para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), uma vez que as questões envolvendo a Palestina e Israel têm frequentemente sido abordadas nas provas, demandando um entendimento sólido das raízes históricas e das implicações contemporâneas desse conflito.
Como surgiu o conflito Israel x Palestina?
O conflito israelo-palestino tem suas raízes em uma história complexa e multifacetada que remonta ao final do século 19 e início do século 20. Ele se origina em grande parte da competição entre os movimentos sionistas judaicos, que buscavam estabelecer um Estado judeu na região histórica da Palestina, e a população palestina árabe, que já residia lá.
Desde a criação do Estado de Israel em 1947 e da retirada britânica, a palavra conflito não desapareceu do cotidiano daquela região. Os países árabes rejeitaram o plano de partilha da Palestina que propunha o estabelecimento de um estado árabe e outro judaico na região da Palestina, iniciando uma série de ataques militares com vista ao controle de territórios dentro e fora das fronteiras estabelecidas.
O surgimento de Israel como Estado independente desencadeou uma série de guerras e tensões territoriais, resultando na ocupação de terras palestinas e no deslocamento de centenas de milhares de palestinos.
Cerca de dois terços dos árabes da Palestina fugiram ou foram expulsos dos territórios que ficaram sob controle judaico. As lutas terminaram com a assinatura do Armistício de Rodes, que formalizou o controle israelita das áreas alocadas ao estado de Israel juntamente com mais de metade da área alocada ao estado árabe. A Faixa de Gaza foi ocupada pelo Egito e a Cisjordânia foi ocupada pela Transjordânia, que passou a se chamar simplesmente de Jordânia.
O conflito continua a ser alimentado por disputas de território, questões de direitos e autodeterminação, bem como profundas divisões étnicas e religiosas.
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Conflito Israel x Palestina histórico
Durante muitos anos e depois de inúmeras diásporas, os judeus buscavam sua Terra Santa. No fim do século XIX, surgiu o movimento sionista, que tinha como objetivo criar um Estado judeu na região da Palestina, considerada o berço do judaísmo. Porém, essa região estava ocupada por árabes-palestinos. A partir da segunda metade do século XIX, uma grande quantidade de judeus migrou em massa em direção aos territórios da Palestina, então habitados por cerca de 500 mil árabes.
Essa região é reivindicada pelos judeus por ter sido ocupada por eles até a sua expulsão pelo Império Romano, no século III d.C., quando teve início sua diáspora (dispersão de judeus pelo mundo). Com a ocupação da área, uma tensão estabeleceu-se entre os povos das duas principais religiões do local, o que desencadeou uma série de conflitos.
Após o final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a Organização das Nações Unidas (ONU), que ficou encarregada de resolver a situação, estabeleceu um Estado duplo entre as duas nações em 1947. Dessa forma, aproximadamente metade do território seria ocupada por cada povo, e Jerusalém, a capital, ficaria sob uma administração internacional. Era a partilha da ONU.
No ano seguinte, porém, Israel não aceitou o tratado e declarou independência da região, iniciando o processo de ocupação da Palestina.
Em 1964, foi criada a OLP (Organização para a Libertação da Palestina), liderada por Yasser Arafat, para lutarpelos direitos perdidos por esse povo na região, com os acontecimentos então recentes. O principal grupo político da OLP, também controlado por Arafat, era o Fatah, um grupo moderado ainda hoje existente.
Com a reação dos países árabes circundantes, que eram contrários à criação do Estado de Israel, teve início a Guerra dos Seis Dias, em 1967. Em apenas seis dias, os israelenses tomaram a Faixa de Gaza e a Península do Sinai, do Egito; as Colinas de Golã, da Síria; Jerusalém Oriental, da Jordânia; e a Cisjordânia. Mesmo com a resolução posterior da ONU, em que Israel deveria devolver tais territórios, estes continuaram sob domínio israelense por um bom tempo.
Em 1973, teve início a Guerra do Yom Kippur, em que os países árabes derrotados na Guerra dos Seis Dias tentaram reaver seus territórios. Porém, Israel conseguiu uma nova vitória, pois contava com o apoio indireto dos Estados Unidos. Os países árabes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) realizaram uma grande represália aos Estados Unidos, prejudicando toda a economia mundial: aumentaram os preços do barril de petróleo em 300%, iniciando a primeira crise do petróleo, em 1973.
Em 1979, Israel decidiu pela devolução da Península do Sinai para o Egito, após a mediação dos Estados
Unidos, no sentido de selar acordos entre os dois países, chamados de Acordos de Camp David. Com isso, os egípcios se tornaram os primeiros povos árabes a reconhecerem oficialmente o Estado de Israel, gerando profunda revolta entre os demais países da região.
No ano de 1987, chegou ao auge a Primeira Intifada, uma revolta espontânea da população árabe-palestina contra o Estado de Israel, quando o povo atacou com paus e pedras os tanques e armamentos de guerra judeus. A reação de Israel foi dura e gerou um dos maiores massacres do conflito, o que desencadeou uma profunda revolta da comunidade internacional, em virtude do peso desproporcional do uso da força nas áreas da Faixa de Gaza e da Cisjordânia. No mesmo ano, foi criado o Hamas, que, mais radical, visava à destruição completa do Estado de Israel, ao contrário da OLP, que objetivava apenas a criação da Palestina.
Em 1993, mediados pelos Estados Unidos, israelenses e palestinos assinaram os Acordos de Oslo, no qual representantes da OLP reconheceram a criação do Estado de Israel. No entanto, atualmente, setores radicais israelenses e palestinos ainda mantêm intensos conflitos pela ocupação da região da Palestina.
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