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Bloco de madeira impedido de cair para exemplificar a gestão de risco.

Gestão de Risco: o que é gestão de risco e quais são as ferramentas e técnicas utilizadas.

A gestão de riscos é crucial para minimizar impactos negativos em empresas. Envolve identificar, mensurar e responder aos riscos, além de monitorá-los constantemente.

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Você sabe como gerir uma empresa e minimizar riscos? Sabia que esse processo envolve a criação de uma política de gestão de risco? Afinal de contas, todo negócio possui riscos inerentes à operação e, por mais cuidados que sejam tomados, é essencial ir além do controle interno.

A gestão de risco envolve atenção máxima a eventos externos, que podem impactar negativamente as atividades de uma companhia. Por isso mesmo, gestores e colaboradores precisam entender como implementar a gestão de riscos, mantendo a saúde e a segurança do negócio.

Quer saber tudo sobre gestão de risco? A seguir, falamos sobre o tema, explicando a importância desta área no ambiente corporativo e por que você deve ficar atento à sua evolução!

Tipos de Riscos

Todos os negócios, independentemente de sua área de atuação e medidas de segurança tomadas, estão sujeitos a riscos.

Isso porque o risco vem da incerteza e representa um desvio em relação aos planos traçados pelos gestores, podendo ser uma condição, um evento ou acontecimento inesperados.

Alguns exemplos de tipos de riscos enfrentados na gestão de risco incluem:

  • Acidente de trabalho;
  • Acidente ambiental;
  • Fraude financeira cometida por um parceiro;
  • Perda de funcionário-chave na organização;
  • Evento que virou notícia e fez cair a reputação da marca;
  • Problema na logística de distribuição;
  • Perda de estoque;
  • Dificuldade para obter crédito;
  • Falta de fornecedor;
  • Elevação nos custos de produção;
  • Processos judiciais.

Os riscos podem surgir por conta de questões financeiras, operacionais, relacionados a falhas humanas ou até mesmo devido a uma conjunção de fatos negativos conhecidos como azar.

Na gestão de risco, quanto antes se agir para que eles não gerem consequências negativas para a organização, melhor.

Hoje em dia, o gestor de riscos tem uma posição cada vez mais importante e estratégica em uma empresa. Há muita concorrência e competitividade no mercado, além de instabilidade econômica, avanços tecnológicos e globalização – inúmeros desafios para as companhias.

Com riscos e incertezas em alto volume, as empresas têm que enxergar e se adaptar a esse novo cenário e é exatamente aí que o gestor de riscos entra, ajudando no desenvolvimento de processos que minimizem as chances de riscos e tragam consigo oportunidades.

Etapas da Gestão de Risco

No processo de criação de uma política eficiente de gestão de risco, é importante garantir que algumas etapas sejam cumpridas. Podemos listar as seguintes:

  • Organização do ambiente: aqui, a empresa define o profissional ou setor responsável pela gestão de risco. Ele deve ser capacitado na área e entender, com clareza, quais serão os processos permanentes.
  • Identificação dos riscos: fazendo um mapeamento da empresa e seus objetivos, é hora de identificar quais são os riscos que precisam ser considerados e gerenciados.
    Mensuração de riscos: na gestão de riscos, deve-se entender que nem todos os riscos têm a mesma importância. Por isso, vale mensurar seus impactos e probabilidades para estimar uma escala de gestão de riscos.
  • Resposta aos riscos: é hora de identificar as medidas necessárias para evitar, reduzir ou dividir os riscos. Vale, ainda, entender como eles podem ser transformados em oportunidades em vez de ameaças.
  • Monitoramento de riscos: é importante, ainda, avaliar se houve riscos residuais, novos riscos ou se as ações definidas trouxeram resultados concretos. Se não, é hora de fazer mudanças na estratégia.

É claro que mensurar riscos – a incerteza – não é algo simples, uma vez que calcular algo que não aconteceu pode parecer impossível para alguns.

Profissionais de gestão de riscos são treinados para classificar riscos como altos, médios ou baixos, em termos descritivos e valores numéricos, prevendo todos os cenários possíveis.

A boa notícia é que é possível medir a incerteza na gestão de riscos utilizando diferentes métodos, tais como:

  • Análise de sensibilidade: analisa o impacto de uma alteração no resultado final. Com isso, determina-se a importância da alteração para a empresa;
  • Simulação Monte Carlo: esta metodologia ajuda a prever os possíveis resultados de um evento incerto, estimando probabilidades;
  • Análise de cenários: aqui, criam-se diversos cenários hipotéticos para entender como os fatores de risco podem ser afetados pelos fatos;
  • Análise de tendências históricas: com base no histórico registrado, é possível prever novas ocorrências, identificando padrões e prevendo tendências futuras.

Imagem de um profissional de gestão de risco analisando gráficos.

Ferramentas e Técnicas de Gestão de Risco

Para auxiliar o trabalho dos gestores de risco, é importante investir em recursos e técnicas para garantir que o processo seja bem conduzido. A seguir, apresentamos as principais ferramentas para gestão de risco:

FMEA

A sigla FMEA (Failure Mode and Effects Analysis), ou Análise dos Modos de Falha e seus Efeitos, em português, é uma ferramenta que investiga os motivos pelos quais os equipamentos falham e seus impactos.

Com isso, os gestores podem traçar planos de ação para impedir a ocorrência de determinados riscos.

APR

A Análise Preliminar de Risco (APR) é um documento usado na segurança do trabalho para fazer um levantamento de todos os riscos presentes no ambiente. Assim, é possível elaborar medidas de proteção para evitar que esses riscos se transformem em ocorrências.

Matriz GUT

Este recurso ajuda na priorização de demandas ao usar um cálculo que analisa três pontos: gravidade, urgência e tendência de um problema piorar.

Com a matriz GUT, os riscos são mais visíveis e é possível organizar e entender melhor quais situações podem impactar mais a empresa se não forem resolvidas.

5 Porquês

Aqui, são feitas cinco perguntas após a identificação do problema, buscando identificar a causa raiz.

Este recurso funciona assim: quando se deparar com um problema, pergunte-se por que ele aconteceu. Depois, repita a pergunta mais quatro vezes. A quinta e última resposta provavelmente oferecerá uma explicação completa.

ISO 31000

A International Organization for Standardization (ISO) é uma instituição reconhecida por ditar normas e padrões. Inclusive, ela é a responsável pela norma ISO 9001, que certifica empresas quanto à eficácia de seu sistema de gestão de qualidade.

Quando o assunto é gestão de riscos, a norma em questão é a ISO 31000, que traz diretrizes para o desenvolvimento, implementação e manutenção de processos de gestão de riscos nas empresas.

Essa diretriz orienta, entre outras coisas, a mudar consequências e probabilidades de um risco, compartilhar o risco com outras partes, remover a fonte do risco, reverter o risco, entre outros aspectos.

Gestão de operações eficiente

Não basta investir em práticas modernas de gestão de risco sem uma boa organização administrativa. O gestor responsável por operações deve cuidar e orientar toda a equipe para gerir os recursos que serão utilizados até gerar o produto final na empresa.

Ao lidar com energia, mão de obra, matéria-prima, capital ou informação – todos recursos muito valiosos – o gestor de operações precisa melhorar a velocidade de produção, prezar pela qualidade do produto, ser flexível para contornar situações adversas e produzir com o menor custo possível.

Boa gestão de pessoas

Você já ouviu que pessoas são o maior ativo de uma empresa, certo? Por isso, quando o assunto é gestão de risco, não pode ser diferente.

Mesmo que um profissional esteja à frente da gestão de riscos, é importante que esta cultura seja disseminada entre toda a organização. Isso significa que todos precisam entender os princípios básicos da gestão de risco, aplicando-os em suas tarefas diárias.

O desafio do gestor é fazer com que todos reconheçam a importância da gestão de riscos e estejam engajados com os mesmos propósitos e valores da companhia.

Habilidades gerenciais bem trabalhadas

A maioria das organizações ainda não pode contar com profissionais especializados em gestão operacional, gestão de pessoas e gestão de risco. Geralmente, tudo isso é feito por uma pessoa, que precisa trabalhar suas habilidades de gerenciamento de risco.

É preciso que esta pessoa desenvolva habilidades como visão sistêmica de todo o negócio, capacidade de execução, pensamento estratégico e liderança inspiradora, que motiva os funcionários a partir do exemplo.

Compliance e ética empresarial

A gestão de riscos está diretamente ligada a pontos como ética empresarial e compliance, sabia?

Isso porque, quando você segue diretrizes claras, que respeitam as pessoas, os clientes e o meio ambiente, inspira os funcionários a vestirem a camisa da organização. Depois, isso se expande para os clientes, que passam a admirar a companhia por seus valores.

No processo de gestão de riscos, um dos pesadelos de empresários é que uma empresa seja citada por questões éticas. Quando o compliance é ativo e eficiente, as chances de isso acontecer são muito reduzidas.

Nas empresas, os programas de compliance existem justamente para garantir que a organização cumpra com todas as regras e legislações. Com isso, o negócio evita multas, notícias indesejadas e perda de confiança por parte do consumidor.

Segurança no Trabalho como Parte da Gestão de Risco

Segurança do trabalho e gestão de riscos são dois assuntos diretamente ligados. Isso porque a gestão de riscos também ajuda na prevenção de riscos que geram acidentes e doenças laborais.

Quando se mapeiam os potenciais riscos que um ambiente e as atividades ali desenvolvidas representam aos profissionais, é mais fácil criar medidas de prevenção e controle que ajudem a minimizar a possibilidade de eventos como acidentes de trabalho.

Outro benefício da gestão de riscos à segurança laboral é que ela contribui na elaboração do Programa de Gerenciamento de Risco (PGR), que reúne medidas para identificar, controlar e reduzir os riscos à segurança do trabalho.

Serra cirular no chão para representar segurança no trabalho.

Desafios na Implementação da Gestão de Risco

A implementação da gestão de risco envolve uma série de princípios e normas, além de profissionais habilidosos e treinados para mitigar potenciais riscos.

Obviamente, o processo não é simples e envolve uma série de ações, que se resumem a:

  • Integração: para que a gestão de riscos gere resultados concretos, é preciso que ela esteja integrada a todas as atividades realizadas pela empresa e seus colaboradores;
  • Abordagem estruturada: a abordagem utilizada na gestão de riscos deve ser aderente ao segmento da empresa e levar em consideração todos os riscos identificados;
  • Inclusão das partes interessadas: funcionários, gestores, investidores e clientes devem fazer parte da elaboração e implementação da gestão de riscos;
  • Dinamismo: sempre em atualização, a gestão de riscos deve considerar novos riscos que possam surgir, traçando novas estratégias para lidar com eles;
  • Foco em dados e não em suposições: um grande desafio na gestão de riscos é que dados reais precisam ser levantados para que a estratégia seja eficiente. Criar algo com base em achismos não funciona quando o assunto é gestão de riscos;
  • Avaliação de fatores humanos e culturais: cada empresa funciona de uma maneira diferente. Considerar seus aspectos únicos impacta tanto nos riscos em si quanto nas medidas preventivas.

Sabemos que implementar a gestão de risco em uma empresa é algo desafiador e que exige muito conhecimento e comprometimento por parte de todos os integrantes da organização.

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