A biodiversidade é um termo muito utilizado na classificação de um tipo de ambiente. Sua importância está na grande variedade de espécies dentro de cada comunidade, habitat e ecossistema, além das relações ecológicas existentes entre os seres existentes.
Esta palavra deriva de bio (vida) e diversidade (grande variedade) e o surgimento deste termo está diretamente relacionado ao aumento da consciência ecológica no final do século XX.
Primeiramente foi desenvolvido o termo biological diversity (diversidade biológica) por Thomas Lovejoy no ano de 1980, para mais tarde ser criado o termo biodiversity (biodiversidade) por W.G. Rosen em 1985.
Níveis de biodiversidade
A biodiversidade pode ser dividida em três níveis distintos:
- Diversidade genética –> corresponde a diversidade dos genes entre indivíduos de uma espécie (diversidade intraespecífica).
- Diversidade de espécies –> corresponde a diversidade de espécies existentes na qual inclui todos os organismos, desde os mais simples, aos mais complexos.
- Diversidade de ecossistemas –> corresponde à diversidade dos ecossistemas presentes em nosso planeta, os quais as comunidades habitam e interagem entre si.
Importância da biodiversidade
A biodiversidade é muito utilizada pela humanidade, pois acaba nos proporcionando muitos dos recursos de que necessitamos para sobreviver, como alimentares, energéticos e farmacológicos.
Devido a isto, a biodiversidade também está relacionada a alguns valores que são explorados pelo homem:
- Ecológico –> cada espécie do planeta apresenta uma papel no ecossistema e a alteração de uma ou mais espécies podem afetar o ecossistema como um todo.
- Genético –> a diversidade de genes entre espécies pode ter importância na formulação de tratamentos e técnicas empregadas na engenharia genética.
- Econômico–> a biodiversidade é utilizada para a atividade agrícola, pecuária, pesqueira, etc..
- Científico –> Conhecendo melhor o funcionamento dos ecossistemas e dos seres vivos, poderia se adotar o uso racional dos recursos biológicos.
- Educacional e social–> práticas educacionais de respeito ao ambiente e aos seres vivos, entendendo a importância deles para o meio ambiente, evitando ações que os coloquem em perigo e preservando os recursos para as futuras gerações.
- Recreativo –> a exploração do meio natural para passeios, lazer, esporte, etc.
- Cultural –> utilizar a biodiversidade como forma de aprendizado para a cultura dos diferentes países.
Assim, a exploração dos recursos naturais deve ser utilizados de forma sustentável para que haja conservação da biodiversidade e manutenção da estabilidade e equilíbrio de um ecossistema. Sua conservação é de extrema importância para todos os seres vivos.
Perda da biodiversidade
Apesar da biodiversidade ser uma das maiores riquezas do planeta, a humanidade nem sempre respeita esse patrimônio, tornando algumas consequências irreversíveis como a extinção de espécies.
Entre o ano de 1600 até os dias atuais, foram registradas a extinção de mais de mil espécies conhecidas pela ciência. Devido a esta grande perda de biodiversidade atualmente, alguns cientistas acreditam que estamos encaminhando para a sexta grande extinção.
Dentre os principais motivos que provocam a perda da biodiversidade estão:
- Destruição de habitats –> ocorre principalmente pelo desmatamento, queimadas e fragmentação do habitat.
- Eliminação de seres vivos –> causados pela ampliação das cidades, áreas para agricultura, construção de estradas e exploração de recursos naturais resultam em destruição de áreas naturais onde vivem os seres vivos que acabam sendo extintos de um dado local.
- Destruição de recursos naturais –> causados pela exploração excessiva dos recursos naturais (pesca, caça, agricultura e pecuária intensivas etc.).
- Poluição dos hábitats e contaminação dos recursos –> causados pelo uso de fertilizantes, pesticidas e liberação de metais pesados e outros compostos que contaminam o ambiente, prejudicando os seres vivos que vivem neste meio.
- Introdução de espécies exóticas –> a introdução de novas espécies faz com que estas compitam com as espécies nativas pelos recursos e a ausência de predadores e parasitas naturais permite com que a população das espécies exóticas causem danos a todo o ecossistemas, provocando desequilíbrio na cadeia alimentar.
- Mudanças climáticas –>alterações no clima podem causar desequilíbrio ecológico e levar algumas espécies a extinção.
- Exploração excessiva de espécies –> a utilização excessiva de espécies também pode causar extinção delas, como o uso do marfim dos elefantes, chifres de rinocerontes, barbatana dos tubarões, etc.
Biodiversidade brasileira
O Brasil é considerado um país megadiverso, pois abrange diferentes ecossistemas e faixas de transição ou fronteiras zonais com espécies exclusivas dessas zonas.
Cientistas acreditam que o Brasil contém cerca de 20% de toda a biodiversidade existente no mundo. Dentre outros dados se destacam:
- 10% da diversidade mundial de fungos
- 22% da diversidade mundial de briófitas;
- 12% da diversidade mundial de pteridófitas;
- Maior diversidade de plantas angiospermas do mundo. Estima-se mais de 45 mil espécies;
- 10% da diversidade mundial de insetos;
- Maior diversidade de peixes do mundo. Estima-se mais de 3.500 espécies;
- Maior diversidade de anfíbios do mundo;
Grande parte da biodiversidade brasileira é encontrada na Floresta Amazônica, Mata Atlântica e Cerrado.
Conservação da Biodiversidade
Devido ao impacto que temos causado no ambiente e o risco cada vez mais iminente de extinção de espécies, tem-se observado uma preocupação crescente com questões ambientais globais.
Assim, a conservação torna-se essencial como um esforço intencional e coordenado, visando o sustento, reparo e promoção do equilíbrio desejado em um habitat.
É principalmente direcionado a alguma parte específica do ecossistema que possui alguma ameaça devido a vários fatores naturais ou causados pelo homem. Assim, a conservação visa reverter tendências que levam à extinção de espécies.
As propostas para a conservação de espécies podem ser variadas, havendo dois tipos principais conservação:
Conservação in-situ –> é um tipo de conservação de áreas mais ou menos extensas, desde as Reservas da Biosfera e os hotspots até as reservas locais para espécies individuais, incluídos os Parques Nacionais.
Conservação ex-situ –> é um tipo de conservação que promove a manutenção das espécies ameaçadas fora de seu hábitat natural, em lugares como centros de pesquisa, parques zoológicos, estufas e bancos de sementes.
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