Entenda o que é o Nióbio, qual sua importância, quais são as suas utilidades e onde nós podemos encontrá-lo
O Nióbio é um elemento químico de número atômico 41. Pertence ao grupo 5 da tabela periódica e encontra-se no quinto período. Faz parte do grupo dos metais. Dessa maneira, sendo mais específico, o Nióbio é um metal de transição externa. Foi descoberto em 1801 por um químico britânico chamado Charles Hatchett.
Este metal apresenta uma ampla aplicação. Assim, suas ligas formadas com o ferro apresentam uma alta condutividade, resistência e maleabilidade. Essas características permitem a sua utilização até mesmo na fabricação de motores de foguetes. Além disso, o Brasil possui 99% das reservas desse metal, o que faz com que esse assunto seja muito atrelado à economia. Desse modo, vamos conhecer um pouco mais sobre o nióbio?
O que é Nióbio?
O nióbio está presente em nossa tabela periódica com o número atômico 41. Sua massa vale 92,9 u.m.a. Esse elemento foi descoberto em 1801 pelo químico britânico Charles Hatchett. Nessa época, o elemento ficou conhecido como Columbium. Foi apenas em 1846 que, de fato, passou a ser chamado de Nióbio.
Esse elemento apresenta algumas propriedades que chamam muita atenção. Algumas delas são:
- Alta condutividade elétrica
- Alta condutividade térmica
- Resistência a corrosão
- Resistência ao calor
- Resistência ao desgaste
- Baixa dureza
Para que serve o Nióbio?
O nióbio pode ser usado em várias aplicações. Ele é capaz de tornar uma tonelada de aço em uma liga muito forte e mais maleável, com a adição de apenas 100 gramas a essa liga. É possível que seja utilizado em:
- Turbinas de aviões
- Usinas nucleares
- Aceleradores de partículas
- Sondas espaciais
- Pontes
O nióbio pode ainda ser usado junto da medicina. Assim, como você pode reparar, é normalmente utilizado em aplicações que envolvem tecnologia de ponta. Nesse sentido, muitos são os exemplos relacionados com grandes desenvolvimentos tecnológicos.
Ponte sobre o Lago Paranoá em Brasília. Feita com liga ferro-nióbio.
Onde encontramos Nióbio?
É uma substância bastante rara na natureza. O nióbio é encontrado em vários países, porém a maior parte dele está localizada no território brasileiro. O Brasil possui cerca de 99% das reservas de Nióbio no mundo. A primeira grande reserva que foi descoberta, está localizada em Araxá, Minas Gerais. Porém, também pode ser encontrado em grande quantidade em Amazonas e Goiás. A principal empresa responsável pela extração e comércio é a CBMM.
É importante entender que o Nióbio não é encontrado puro na natureza. Porém, aparece na forma de minério, ou seja, junto de outros elementos. O mais comum é que seja encontrado junto do Tântalo (Ta), já que ambos apresentam características e propriedades semelhantes. Esse minério é conhecido como Columbita-Tantalita.
O minério que contém o Nióbio é processado em cerca de 15 etapas. Essas etapas são mantidas em segredo. Mas, nós podemos imaginar que envolvem uma série de processos de mineração, purificação, moldagem e embalagem. É importante ressaltar que essas etapas estão presentes na obtenção de outros metais. Ao término de todos os processos, o Nióbio pode ser comercializado em diversas formas, como, por exemplo, o Nióbio metálico e a liga ferronióbio.
O Nióbio e a economia
O assunto Nióbio repercutiu muito no país durante os últimos anos. E, a maioria dos comentários está relacionados com a economia brasileira. Como o Brasil possui a maior parte das reservas desse minério, possibilita que vários outros países adquiram o recurso com a gente. Como por exemplo:
- China
- EUA
- Japão
No comércio, estima-se que o valor aproximado por uma tonelada de nióbio seja de 26 mil dólares. Só para você ter uma ideia, o valor do quilo do ouro é de 40 mil dólares. Mas, vamos pensar. Mesmo o nióbio sendo caro e podendo ser utilizado nas mais variadas aplicações, por qual razão o Brasil não cobra mais caro pelo recurso?
São muitos motivos para entendermos essa questão, mas vamos a alguns deles. O primeiro diz respeito ao fato do Nióbio é substituível. Isso quer dizer que existem outros elementos químicos que também podem assumir o seu lugar. Alguns exemplos são o Vanádio (encontrado na África do Sul) e o titânio (presente na África do Sul, Índia, Canadá, etc.).
Outro ponto interessante é a quantidade necessária de Nióbio a ser utilizada em diferentes aplicações. Para tornar uma tonelada de aço mais resistente e maleável, é necessário utilizar apenas 100 gramas de Nióbio. Desse modo, esse metal é incrível e ainda rende muito. Se nós olharmos apenas para as reservas de Minas e Goiás, estudiosos afirmam que já temos nióbio suficiente para suprir a demanda do mercado por 200 anos.
Com esses pontos, fica claro que o Nióbio é um metal importante para o nosso país. Porém, é importante ressaltar que ser detentor de 99% das reservas não é suficiente para aumentar a riqueza do nosso país. Estudiosos dizem que o fato de o Brasil não produzir equipamentos que utilizam o nióbio também é um ponto interessante. Pode não haver pessoas dispostas a pagar uma fortuna no Nióbio, mas provavelmente há pessoas dispostas a pagar em equipamentos feitos com eles, por exemplo, o motor de foguete.
O valor cobrado pelos royalties do Nióbio é bastante polêmico. Por que cobrar tão pouco? São cobrados apenas 2% do valor das exportações. Enquanto que o petróleo fica entre 5% e 10%. Existe um Marco Regulatório da Mineração no congresso, porém não tem nenhuma pauta falando sobre esse assunto. O que acaba não deixando sinais de que haverá uma mudança.
Resumo sobre o nióbio
- O Nióbio foi descoberto em 1801 por Charles Hatchett.
- O Nióbio apresenta alta condutividade térmica e elétrica, alta maleabilidade e resistência.
- O Brasil possui aproximadamente 99% das reservas do minério (Minas Gerais, Amazonas, Goiás).
- O Brasil é o maior fornecedor de Nióbio.
- O maior comerciante brasileiro é a CBMM.
- O Nióbio pode ser comercializado como liga ferronióbio e nióbio metálico.
- O Nióbio pode ser usado em tecnologias de ponta, como motor de foguetes, aceleradores de partículas, pontes e áreas médicas.
- O Brasil cobra apenas 2% de royalties na exportação do nióbio
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