Modelo de Redação: A igualdade de gêneros em discussão no século XXI
Sabe aquele tema de redação que nós indicamos para você na semana 2 de 2017? Ele virou um modelo de redação aqui no blog, feito pelo monitor Rodrigo Pamplona, para você se inspirar e comparar com a sua própria redação. Você também pode enviar sua redação para nós! Clique aqui!
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Quer saber como ficaria uma redação mediana sobre esse tema? Confira:
Abolição da ditadura de gêneros
O estigma do sexo frágil, a desigualdade salarial, o ideal de dona de casa exemplar, muito difundido no século XX, e o machismo a que as mulheres são submetidas são problemas cotidianos de muitas mulheres. Vale ressaltar que a comunidade LGBT também é imarginalizada por causa dos estereótipos impostos para a manutenção da desigualdade.
O esforço feito para a construção da dicotomia homem versus mulher culminou em papéis sociais bem atribuídos e delimitados a cada um e em pleno século XXI, é comum, mesmo depois de todos os avanços tecnológicos, do boom pós-guerra e do progresso das sociedades, que mulheres sejam tolhidas de direitos por conta do privilégio dos homens.
Engana-se quem pensa que não há forte oposição a esse sistema. O movimento feminista ganha força dia a dia. A luta pela igualdade de gêneros se consolida e ganha apoio não só de mulheres, mas de homens também. No último mês, ocorreu no EUA, a Women’s March (traduzida como Marcha pelas Mulheres), que contou com a presença de famosas como Miley Cyrus, Madonna, Ariana Grande e mais 500 mil pessoas. A manifestação tinha como objetivos a reivindicação da igualdade de gêneros e o apelo ao novo ocupante da Casa Branca, que não é simpatizante da pauta: Donald Trump.
A questão de gêneros não se limita apenas aos homens e mulheres. Ela está intimamente ligada à comunidade LGBT, pois pessoas trans existem e são invisibilizadas. Por mais que tenham conquistado alguns direitos, ainda há muito a ser conquistado.
Portanto, cabe aos meios midiáticos a propagação de informação e conhecimento, que pode ser em conjunto a algumas ONGs que já realizam este trabalho em campanhas pela igualdade. O Estado deve dar incentivo, aliado aos meios de comunicação, aos empregadores para que se plasme a ideia de que homens e mulheres são iguais e, assim, se faça valer o artigo 5º da Constituição Federal Brasileira.
Análise da redação
Introdução
O estigma do sexo frágil, a desigualdade salarial, o ideal de dona de casa exemplar, muito difundido no século XX, e o machismo a que as mulheres são submetidas são problemas cotidianos de muitas mulheres. Vale ressaltar que a comunidade LGBT também é marginalizada por causa dos estereótipos impostos para a manutenção da desigualdade.
Comentário:
O parágrafo de introdução deve cumprir dois papéis muito claros: contextualizar o assunto sobre o qual se vai falar; apresentar uma tese que vai ser defendida ao longo do texto. O parágrafo acima até contextualiza, mas não apresenta tese, o que faz com que os argumentos fiquem soltos e sem propósito.
Sugestão de reescritura:
A desigualdade entre homens e mulheres é um dos maiores abismos que separam a sociedade contemporânea da igualdade. O estigma do sexo frágil, a desigualdade salarial, o ideal de dona de casa exemplar, muito difundido no século XX, e o machismo a que são submetidas são problemas cotidianos de muitas mulheres. Vale ressaltar que a comunidade LGBT também é marginalizada por causa dos estereótipos impostos para a manutenção da desigualdade.
Desenvolvimento 1
O esforço feito para a construção da dicotomia homem versus mulher culminou em papéis sociais bem atribuídos e delimitados a cada um e em pleno século XXI, é comum, mesmo depois de todos os avanços tecnológicos, do boom pós-guerra e do progresso das sociedades, que mulheres sejam tolhidas de direitos por conta do privilégio dos homens.
Comentário:
O parágrafo acima possui apenas um período, o que pode se tornar cansativo para o leitor e dificultar o entendimento das ideias. Também há a ausência de um tópico frasal inicial.Enfraquecendo, assim, a argumentação e deixando a informação solta.
Sugestão de reescritura:
A sociedade patriarcal sempre subestimou e subjugou as mulheres: um recorte histórico, seja diacrônico, seja sincrônico, leva-nos à mesma conclusão. O esforço feito para a construção da dicotomia homem versus mulher culminou em papéis sociais bem atribuídos delimitados a cada um. Em pleno século XXI, é comum, mesmo depois de todos os avanços tecnológicos, do boom pós-guerra e do progresso das sociedades, que mulheres sejam tolhidas de direitos por conta do privilégio dos homens.
Desenvolvimento 2
Engana-se quem pensa que não há forte oposição a esse sistema,pois o movimento feminista ganha força dia a dia. A luta pela igualdade de gêneros se consolida e ganha apoio não só de mulheres, mas de homens também. No último mês, ocorreu no EUA, a Women’s March (traduzida como Marcha pelas Mulheres), que contou com a presença de famosas como Miley Cyrus, Madonna, Ariana Grande e mais 500 mil pessoas. A manifestação tinha como objetivos a reivindicação da igualdade de gêneros e o apelo ao novo ocupante da Casa Branca, que não é simpatizante da pauta: Donald Trump.
Comentário:
O parágrafo acima poderia conter um articulador discursivo, como, por exemplo, “entretanto”. O tópico frasal inicial poderia ser menor, conferindo mais fluidez ao parágrafo e possibilitando uma maior ampliação.
Sugestão de reescritura:
Entretanto, engana-se quem pensa que não há forte oposição a esse sistema. O movimento feminista ganha força dia a dia. A luta pela equidade de gêneros se consolida e ganha apoio não só de mulheres, mas de homens também. No último mês, ocorreu no EUA, a Women’s March (traduzida como Marcha pelas Mulheres), que contou com a presença de famosas como Miley Cyrus, Madonna, Ariana Grande e mais 500 mil pessoas. A manifestação tinha como objetivos a reivindicação da igualdade de gêneros e o apelo ao novo ocupante da Casa Branca, que não é simpatizante da pauta: Donald Trump.
Desenvolvimento 3
A questão de gêneros não se limita apenas aos homens e mulheres. Ela está intimamente ligada à comunidade LGBT, pois pessoas trans existem e são invisibilizadas. Por mais que tenham conquistado alguns direitos, ainda há muito a ser conquistado.
Comentário:
Apesar de bem escrito, o parágrafo de desenvolvimento acima poderia ter sido mais ampliado a fim de que a ideia fosse passada de forma clara e objetiva. O uso de exemplos, citações e alguns outros mecanismos, podem endossar argumentos, dando-os força e credibilidade.
Sugestão de reescritura:
Não se pode esquecer que a questão de gêneros transcende a dicotomia homem X mulher: ela se associa à capacidade e à possibilidade de um ser construir sua identidade. Portanto, a comunidade LGBT está intimamente ligada a esta luta de equidade de gêneros para a obtenção de direitos civis. Pessoas trans foram contempladas, recentemente, com o direito do uso do nome social na hora da matrícula em algumas universidades e concursos públicos; e o Facebook reorganizou as definições de gêneros para os usuários, o que elucida algumas conquistas dessa incansável militância.
Conclusão
Portanto, cabe aos meios midiáticos a propagação de informação e conhecimento, que pode ser em conjunto a algumas ONGs que já realizam este trabalho em campanhas pela igualdade. O Estado deve dar incentivo, aliado aos meios de comunicação, aos empregadores para que se plasme a ideia de que homens e mulheres são iguais e, assim, se faça valer o artigo 5º da Constituição Federal Brasileira.
Comentário:
O parágrafo de conclusão poderia começar com conectivos que dessem a ideia de que algo está se encaminhando para o final. Há a ausência de tópico frasal para a introdução das propostas de intervenção.
Sugestão de reescritura:
Portanto, se pensarmos como Simone de Beauvoir, os padrões de gêneros não são biológicos, mas sociais, logo, podem ser redefinidos. Os educadores e a família devem se informar para que possam conscientizar as crianças contra o sexismo. Cabe aos meios midiáticos a propagação de informação e conhecimento, que pode ser em conjunto a algumas ONGs que já realizam este trabalho em campanhas pela igualdade. O Estado deve dar incentivo, aliado aos meios de comunicação, aos empregadores para que se plasme a ideia de que homens e mulheres são iguais e, assim, se faça valer o artigo 5º da Constituição Federal Brasileira.
Redação exemplar
Abolição da ditadura de gêneros
A desigualdade entre homens e mulheres é um dos maiores abismos que separam a sociedade contemporânea da igualdade. O estigma do sexo frágil, a desigualdade salarial, o ideal de dona de casa exemplar, muito difundido no século XX, e o machismo a que são submetidas são problemas cotidianos de muitas mulheres. Vale ressaltar que a comunidade LGBT também é marginalizada por causa dos estereótipos impostos para a manutenção da desigualdade.
A sociedade patriarcal sempre subestimou e subjugou as mulheres: um recorte histórico, seja diacrônico, seja sincrônico, leva-nos à mesma conclusão. O esforço feito para a construção da dicotomia homem versus mulher culminou em papéis sociais bem atribuídos e delimitados a cada um. Em pleno século XXI, é comum, mesmo depois de todos os avanços tecnológicos, do boom pós-guerra e do progresso das sociedades, que mulheres sejam tolhidas de direitos por conta do privilégio dos homens.
Entretanto, engana-se quem pensa que não há forte oposição a esse sistema. O movimento feminista ganha força dia a dia. A luta pela equidade de gêneros se consolida e ganha apoio não só de mulheres, mas de homens também. No último mês, ocorreu no EUA, a Women’s March (traduzida como Marcha pelas Mulheres), que contou com a presença de famosas como Miley Cyrus, Madonna, Ariana Grande e mais 500 mil pessoas. A manifestação tinha como objetivos a reivindicação da igualdade de gêneros e o apelo ao novo ocupante da Casa Branca, que não é simpatizante da pauta: Donald Trump.
Não se pode esquecer que a questão de gêneros transcende a dicotomia homem X mulher: ela se associa à capacidade e à possibilidade de um ser construir sua identidade. Portanto, a comunidade LGBT está intimamente ligada a esta luta de equidade de gêneros para a obtenção de direitos civis. Pessoas trans foram contempladas, recentemente, com o direito do uso do nome social na hora da matrícula em algumas universidades e concursos públicos; e o Facebook reorganizou as definições de gêneros para os usuários, o que elucida algumas conquistas dessa incansável militância.
Portanto, se pensarmos como Simone de Beauvoir, os padrões de gêneros não são biológicos, mas sociais, logo, podem ser redefinidos. Os educadores e a família devem se informar para que possam conscientizar as crianças contra o sexismo. Cabe aos meios midiáticos a propagação de informação e conhecimento, que pode ser em conjunto a algumas ONGs que já realizam este trabalho em campanhas pela igualdade. O Estado deve dar incentivo, aliado aos meios de comunicação, aos empregadores para que se plasme a ideia de que homens e mulheres são iguais e, assim, se faça valer o artigo 5º da Constituição Federal Brasileira.