Sabe aquele tema de redação que nós indicamos para você no Plano de Estudos da Semana 3? Ele virou um modelo de redação aqui no blog, feito pelo monitor Bernardo Soares, para você se inspirar e comparar com a sua própria redação. Confira!
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“O mundo na palma da sua mão”. Talvez nenhuma outra frase seja capaz de sintetizar melhor o que, de fato, representam os smartphones. Para a atual geração de jovens – que anseia por viver intensamente cada segundo – essa ferramenta não poderia ser mais útil. Entretanto, o uso desses aparelhos por este segmento da população se tornou tão expressivo que pede uma análise mais cuidadosa sobre seus efeitos.
Primeiramente, é preciso entender o porquê de esses verdadeiros computadores portáteis atraírem tanto esse público. De acordo com dados do CGI.br – Comitê Gestor da Internet no Brasil – o uso de smartphones por jovens entre 9 e 17 anos mais que dobrou entre 2012 e 2013. Isso se deve principalmente à possibilidade de explorar o mundo e socializar com outras pessoas em qualquer lugar e a qualquer momento, sendo este, portanto, um fator decisivo para a adesão em massa por essa parcela da população.
Ainda olhando por um viés positivo, é impossível dissociar esse recurso dos estudos do público juvenil hoje. O aumento na busca por conteúdos acadêmicos, exercícios, aplicativos e plataformas de sites voltadas para mídias portáteis são a grande prova disso. No contrafluxo de campanhas desfavoráveis à presença dos smartphones em sala de aula, a Unesco lançou em 2013 as Diretrizes de política para a aprendizagem móvel, cujo objetivo é planejar a inclusão desse recurso tão comum no dia-a-dia dos jovens no cotidiano das escolas e faculdades.
Entretanto, não podemos negar que o uso excessivo desses aparelhos pode causar danos à saúde desse segmento. Usá-los se torna um hábito e, como todo hábito, de acordo com neurologistas de Cambridge e de outras universidades de referência mundo afora, cria anseios. Essas expectativas, muitas vezes inconscientes, são responsáveis por gerar distúrbios psicológicos, como a dependência e crises de ansiedade, bem como danos físicos, tais como a tão comum entre o público em questão, tendinite.
É evidente, portanto, que não podemos ignorar os impactos de se querer ter o mundo todo nas mãos. Para potencializar os benefícios dessa inovação tecnológica, algumas atitudes precisam ser tomadas. A primeira delas é de responsabilidade da família, base da sociedade, que deve ensinar aos jovens os limites de maneira incisiva e convincente. Além disso, é papel da escola procurar destacar o uso inteligente desse recurso, com uma maior inclusão dele em seu programa. Por fim, o próprio indivíduo deve se policiar, procurar mudar seus hábitos, para que tenha uma vida ao mesmo tempo dinâmica e saudável. Assim, viveremos o melhor da tecnologia sem deixar de lado o mundo real.