Modelo de Redação: Desastres ambientais – qual o preço do desenvolvimento?
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Quer saber como ficaria uma redação mediana sobre esse tema? Confira:
José de Alencar e outros autores do romance indianista nos fizeram conhecer e entender a relação do índio com o meio ambiente: subsistência, exploração saudável e freada, cooperação. Esse modo de se utilizar do meio ambiente, no entanto, não é o mais prevalecente no mundo, já que o homem, desde muito antes de essas histórias serem contadas, tem para si duas únicas palavras-chave: desenvolvimento e lucro. A fim de satisfazer essas necessidades inventadas, viemos explorando, desenfreada e irresponsavelmente, o ambiente, sem pensar que – um dia – a humanidade pode ser engolida por essas ações, como recentes acontecimentos vêm sugerindo.
Primeiramente, é preciso compreender de que maneira ocorre a exploração de bens naturais. Viemos retirando do meio ambiente muito mais do que necessitamos, muito mais do que o imprescindível para a vida, isso porque nosso modo de viver está intimamente associado ao que é supérfluo. Se necessitamos, por exemplo, de certa quantidade de madeira para a construção de utensílios básicos, encontramos uma maneira de inventar algo de que não precisamos verdadeiramente e acabamos extraindo muito mais do que a quantidade inicial. Essa é, então, uma exploração totalmente irresponsável.
Falta-nos entender que a natureza não é totalmente autorrenovável e que, mesmo se fosse, ela não teria uma força de regeneração diretamente proporcional à nossa capacidade de degradação. Precisamos extrair menos, de forma consciente, para ajudar esse processo natural e agir ativamente para reparar os danos que fazemos.
Fica evidente, portanto, que o jeito com que conduzimos as coisas até agora precisa ser mudado. Já que o caminho mais certo – o de mudar nosso modo de vida e, por consequência, de consumo – é, também, o mais árduo e demorado, deveríamos, pelo menos, nos preocupar com a extração consciente e com preparo contra desastres.
Análise da redação
Introdução
José de Alencar e outros autores do romance indianista nos fizeram conhecer e entender a relação do índio com o meio ambiente: subsistência, exploração saudável e freada, cooperação. Esse modo de se utilizar do meio ambiente, no entanto, não é o mais prevalecente no mundo, já que o homem, desde muito antes de essas histórias serem contadas, tem para si duas únicas palavras-chave: desenvolvimento e lucro. A fim de satisfazer essas necessidades inventadas, viemos explorando, desenfreada e irresponsavelmente, o ambiente, sem pensar que – um dia – a humanidade pode ser engolida por essas ações, como recentes acontecimentos vêm sugerindo.
Comentário:
Embora a introdução esteja bem escrita e cumpra as duas funções da introdução: contextualização do tema e apresentação da tese. Ela apresenta repetições de palavras que atrapalham na coesão do texto. A palavra ‘meio ambiente’ pode parecer difícil de ser substituída, mas um dos recursos existentes é a utilização de hipônimos – fauna e flora – e de sinônimos – natureza.
Sugestão de reescritura:
José de Alencar e outros autores do romance indianista nos fizeram conhecer e entender a relação do índio com a natureza: subsistência, exploração saudável e freada, cooperação. Esse modo de se utilizar da fauna e da flora, no entanto, não é o mais prevalecente no mundo, já que o homem, desde muito antes de essas histórias serem contadas, tem para si duas únicas palavras-chave: desenvolvimento e lucro. A fim de satisfazer essas necessidades inventadas, viemos explorando, desenfreada e irresponsavelmente, o meio ambiente, sem pensar que – um dia – a humanidade pode ser engolida por essas ações, como recentes acontecimentos vêm sugerindo.
Desenvolvimento 1
Primeiramente, é preciso compreender de que maneira ocorre a exploração de bens naturais. Viemos retirando do meio ambiente muito mais do que necessitamos, muito mais do que o imprescindível para a vida, isso porque nosso modo de viver está intimamente associado ao que é supérfluo. Se necessitamos, por exemplo, de certa quantidade de madeira para a construção de utensílios básicos, encontramos uma maneira de inventar algo de que não precisamos verdadeiramente e acabamos extraindo muito mais do que a quantidade inicial. Essa é, então, uma exploração totalmente irresponsável.
Comentário:
Em uma redação modelo ENEM, o gênero textual pedido pela banca examinadora é uma dissertação-argumentativa. Dessa forma, para evitar parágrafos expositivos é necessário a apresentação de uma opinião (tese) mais um fato concreto que comprove a veracidade da argumentação. Ao analisar o parágrafo acima, é possível identificar apenas a apresentação de opiniões sem o aprofundamento da argumentação.
Sugestão de reescritura:
Primeiramente, é preciso compreender de que maneira ocorre a exploração de bens naturais. Constantemente retiramos do meio ambiente muito mais do que necessitamos, muito mais do que o imprescindível para a vida, isso porque nosso modo de viver está intimamente associado ao que é supérfluo. Exemplo disso, são as queimadas e desmatamento da Floresta Amazônica que cresceram cerca de 20% desde 2008 devido à exploração ilegal de madeira e cortes de árvores para formação de pasto somados à falta de investimento para fiscalizar e combater essa extração e sem a preocupação do reflorestamento das áreas devastadas. Essas são, então, explorações totalmente irresponsáveis.
Desenvolvimento 2
Falta-nos entender que a natureza não é totalmente autorrenovável e que, mesmo se fosse, ela não teria uma força de regeneração diretamente proporcional à nossa capacidade de degradação. Precisamos extrair menos, de forma consciente, para ajudar esse processo natural e agir ativamente para reparar os danos que fazemos.
Comentário:
Em um parágrafo de desenvolvimento, o ideal é apresentar ganchos semânticos de forma que o início do novo parágrafo faça referência com o final do parágrafo anterior para estabelecer coesão entre as partes do texto. Além disso, o parágrafo continua apresentando uma exposição e não uma argumentação e para isso ser resolvido, deve-se apresentar formas para aprofundar essas informações, com fatos interdisciplinares, dados jornalísticos, argumentos de autoridade, etc.
Sugestão de reescritura:
Nada disso, porém, seria tão prejudicial se tivéssemos consciência e o mínimo de preocupação com a prevenção de desastres. Falta-nos entender que a natureza não é totalmente autorrenovável e que, mesmo se fosse, ela não teria uma força de regeneração diretamente proporcional à nossa capacidade de degradação. Precisamos extrair menos, de forma consciente, para ajudar esse processo natural e agir ativamente para reparar os danos que fazemos. Além disso, é necessário que tenhamos discernimento e que sejamos consequentes ao nos utilizarmos do meio ambiente, para que verdadeiras tragédias, como o recente rompimento de uma barragem da mineradora Samarco, em Mariana, Minas Gerais, não voltem a acontecer. Isso é possível com um planejamento de prevenção.
Conclusão
Fica evidente, portanto, que o jeito com que conduzimos as coisas até agora precisa ser mudado. Já que o caminho mais certo – o de mudar nosso modo de vida e, por consequência, de consumo – é, também, o mais árduo e demorado, deveríamos, pelo menos, nos preocupar com a extração consciente e com preparo contra desastres.
Comentário:
A proposta de intervenção deve ser “inovadora” e detalhada, ou seja, conter os meios para realizar. O parágrafo acima não possui os agentes (GOMIFES) nem a descrição de como deve ser realizado. Dessa forma, para elaborar uma intervenção, é interessante responder às perguntas “O que deve ser feito?”, “Como deve ser feito?” e “Por quem deve ser feito?” para apresentar uma proposta precisa.
Sugestão de reescritura:
Fica evidente, portanto, que o jeito com que conduzimos as coisas até agora precisa ser mudado. Já que o caminho mais certo – o de mudar nosso modo de vida e, por consequência, de consumo – é, também, o mais árduo e demorado, deveríamos, pelo menos, nos preocupar com a extração consciente e com preparo contra desastres. Para isso, instituições internacionais, como a ONU, deveriam, juntamente a organizações como a União Europeia e os BRICS, pensar em políticas públicas de regulamentação sobre a utilização dos recursos naturais, além de desenvolver medidas punitivas aplicáveis a empresas ou Estados responsáveis por acidentes. A responsabilidade é a palavra-chave que, de fato, devemos seguir.
Redação exemplar
José de Alencar e outros autores do romance indianista nos fizeram conhecer e entender a relação do índio com a natureza: subsistência, exploração saudável e freada, cooperação. Esse modo de se utilizar da fauna e da flora, no entanto, não é o mais prevalecente no mundo, já que o homem, desde muito antes de essas histórias serem contadas, tem para si duas únicas palavras-chave: desenvolvimento e lucro. A fim de satisfazer essas necessidades inventadas, viemos explorando, desenfreada e irresponsavelmente, o meio ambiente, sem pensar que – um dia – a humanidade pode ser engolida por essas ações, como recentes acontecimentos vêm sugerindo.
Primeiramente, é preciso compreender de que maneira ocorre a exploração de bens naturais. Constantemente retiramos do meio ambiente muito mais do que necessitamos, muito mais do que o imprescindível para a vida, isso porque nosso modo de viver está intimamente associado ao que é supérfluo. Exemplo disso, são as queimadas e desmatamento da Floresta Amazônica que cresceram cerca de 20% desde 2008 devido à exploração ilegal de madeira e cortes de árvores para formação de pasto somados à falta de investimento para fiscalizar e combater essa extração e sem a preocupação do reflorestamento das áreas devastadas. Essas são, então, explorações totalmente irresponsáveis.
Nada disso, porém, seria tão prejudicial se tivéssemos consciência e o mínimo de preocupação com a prevenção de desastres. Falta-nos entender que a natureza não é totalmente autorrenovável e que, mesmo se fosse, ela não teria uma força de regeneração diretamente proporcional à nossa capacidade de degradação. Precisamos extrair menos, de forma consciente, para ajudar esse processo natural e agir ativamente para reparar os danos que fazemos. Além disso, é necessário que tenhamos discernimento e que sejamos consequentes ao nos utilizarmos do meio ambiente, para que verdadeiras tragédias, como o recente rompimento de uma barragem da mineradora Samarco, em Mariana, Minas Gerais, não voltem a acontecer. Isso é possível com um planejamento de prevenção.
Fica evidente, portanto, que o jeito com que conduzimos as coisas até agora precisa ser mudado. Já que o caminho mais certo – o de mudar nosso modo de vida e, por consequência, de consumo – é, também, o mais árduo e demorado, deveríamos, pelo menos, nos preocupar com a extração consciente e com preparo contra desastres. Para isso, instituições internacionais, como a ONU, deveriam, juntamente a organizações como a União Europeia e os BRICS, pensar em políticas públicas de regulamentação sobre a utilização dos recursos naturais, além de desenvolver medidas punitivas aplicáveis a empresas ou Estados responsáveis por acidentes. A responsabilidade é a palavra-chave que, de fato, devemos seguir.