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Tudo o que você precisa saber sobre Terceira Revolução Industrial

Tecnologia, Informação, Toyotismo: o que tudo isso tem a ver com a Terceira Revolução Industrial? A gente te ensina aqui.

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Saiba mais sobre o Toyotismo e a Terceira Revolução Industrial

A informação passa a ocupar um papel de destaque na Terceira Revolução Industrial.

A partir dos avanços tecnológicos, que cada dia ocorrem mais rapidamente, toda uma estrutura social, espacial e econômica mudou, a partir da década de 60. Quer saber como e o que o Toyotismo e a Terceira Revolução Industrial têm a ver com isso? Assista o vídeo do professor Hansen sobre o assunto e não deixe de ler o resumo abaixo:

Além do petróleo, diversas outras formas alternativas de se obter energia ganharam força, investimentos. A energia eólica, hidrelétrica, geotérmica e solar passam a ganhar mais importância, sobretudo depois das crises do petróleo na década de 70. Esses novos paradigmas sócio-econômicos formaram o que os estudiosos chamam de III Revolução Industrial. Uma das principais características dessa “Revolução”, seria o Toyotismo, modelo produtivo pós-fordista. Você saberia dizer as características dessa revolução industrial? E do Toyotismo? Se ainda tem dúvida, dê uma olhada nesse resumo preparado especialmente para você!

A terceira revolução industrial

Ao contrário do que podemos pensar, ao usar o termo “Revolução”, as Revoluções Industriais (Iª, IIª e IIIª) são processos, logo, não podem ser datadas a partir de um fato pontual, como a maioria das outras revoluções podem.

De fato, por mais que seja uma intensa mudança de paradigmas sócio-economicos e espaciais, as revoluções não são processos de ruptura imediata, mas sim de transição. Logo, quando nos referimos a temporalidade (ou tentamos definir um marco temporal) dessas revoluções, é preferível utilizarmos escalas de tempos maiores, como décadas.

Considerando que a III Revolução Industrial é a mais recente dinâmica de transformação dos sistemas produtivos, começando no final da década de 60, podemos dizer que ela ainda está sendo vivenciada nos dias atuais.

III Revolução Industrial – também chamada de Revolução Técnico-Científica Informacional  (RTCI)– iniciou-se em meados do século XX e correspondeu ao processo de inovações no campo da informática e suas aplicações nos campos da produção e do consumo. A Revolução Técnico-Científica também foi responsável pela total integração entre a ciência, a tecnologia e a produção.

Hoje, as descobertas científicas encontram-se, em grande parte, voltadas para o mercado. Quando uma inovação é realizada, especula-se como aquilo poderá transformar o cotidiano das pessoas. Quando um novo aparelho ou tecnologia são inventados, já se contam as horas para que ele esteja nas prateleiras para consumo. As grandes realizações desse período são o desenvolvimento da chamada química fina, a biotecnologia, a escalada espacial, a robótica, a genética, entre outros importantes avanços.

Uma das grandes características da RTCI é a ascensão do capital financeiro em detrimento dos outros. A importância que esse tipo de capital ganha a partir da segunda metade do século XX é imensurável. Esse capital financeiro ganha importância graças as novas tecnologias de informação e de transporte, que permitem uma maior interação entre as economias dos países. Essa maior conectividade e integração das regiões do mundo acelerou o processo de Globalização. As grandes distâncias e obstáculos, que antes separavam países e regiões, não representam mais os mesmos desafios de outrora.

Dessa forma, entres as principais consequências da III Revolução Industrial, podemos destacar:

  • A consolidação do sistema capitalista financeiro;
  • O desenvolvimento nos setores de Ciência e Tecnologia e Informação;
  • A formação e expansão das multinacionais ou empresas globais;
  • A relativa descentralização industrial (descentralização, mas não totalmente, novos fatores de alocação no espaço);
  • A terciarização da economia.
  • O Toyotismo e a flexibilização dos direitos trabalhistas (herdados do fordismo).
Mao de obra mecanizada

Mão de obra mecanizada

O setor terciário (que envolve o comércio, os serviços, as administrações públicas, a educação, a saúde, entre outros) oferece a maior parte dos empregos, que, em geral, disponibilizam benefícios salariais menores e dificultam a capacidade de organização dos trabalhadores. O que se pode notar, dessa forma, é que as transformações tecnológicas não transformam somente as indústrias e os meios de produção, mas também o próprio espaço geográfico e as relações humanas, sejam em âmbito estrutural, sejam em âmbito cultural. Além do mais, podemos dizer que a Revolução Técnico-Científica Informacional é, sem dúvidas, o grande motor da Globalização na atualidade.

Toyotismo

O toyotismo é uma forma de organização do trabalho que consiste em reduzir os custos de produção, evitar a superprodução, diminuir os atrasos e produzir na melhor qualidade possível. Fundamentada no “Just-in-time”, e em novas regras de gerência, esse modelo de produção tem pouco de semelhante ao taylorismo ou fordismo, sendo uma evidente evolução dos mesmos.

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“Just-in-time”, e a importância da sincronia da produção

O engenheiro industrial Taiichi Ohno (1912-1990) foi considerado como pai do modelo de produção toyotista, devido sua atuação como dono da fábrica Toyota (de onde deriva o nome do modelo). O método de Ohno era realizado respeitando cinco condições, complementares umas as outras, apelidade de cinco zeros:

  • Atraso zero. Os produtos são fabricados quase que a base da demanda. É a produção “Just-in-time”, com auxílio do “método kanban”. Isso evita a oferta em demasia do produto. Por exemplo, se alguns modelos de carros (no caso da Toyota) são pouco demandados, se reduz o número de produção da série, diminuindo o estoque desses modelos.
  • Estoque Zero. Nenhuma, ou quase nenhuma, superprodução, portanto, baixíssimo, ou nulo, custo de estocagem.
  • Zero de papel. Graças ao método do “Kanban”, em que as regulagem de peças para as montadoras se dava por placas reutilizáveis, diminui a papelada interna, consequentemente, dos problemas hierárquicos e da burocracia.
  • Defeitos zero. Nenhum produto deve ser defeituoso e vendido, para evitar os custos de reparos (tanto de recall’s quanto de indenizações) e satisfazer os clientes.
  • Pane zero. Nenhum defeito e problemas no maquinário fabril, através de uma manutenção regular e rigorosa do mesmo.

Além desses famosos “zeros”, vários pontos são essenciais nesse sistema de produção:

  • O “Just-in-time”: método de organização da produção consistindo a evitar o estoque inútil, recebendo os elementos necessários na hora precisa de utilizá-los (como peças para montadoras, etc..)
  • A automação das máquinas: uma mescla de autonomia e automatização das máquinas. É a capacidade de uma máquina de parar assim que tiver um problema. Um único supervisor pode, portanto, gerir todas as máquinas.
  • O “Kaizen”: Uma filosofia que consiste na melhora contínua, passo a passo, não radical. Aqui, é um princípio de automatização das equipes responsáveis de definir o tempo certo de produção e de dividir as operações para fabricação de um produto, para que ocorra um trabalho mais eficiente.
  • O “Kanban”: sistema de etiquetagem, que permite saber a todo tempo o estado do estoque, e, portanto, requerer somente as peças necessárias para a produção.
  • O controle de qualidade: grupo de trabalho composto de operários e de administradores, que realiza atividades de checagem tanto da qualidade, como o nome sugere, mas de outros fatores também, como a manutenção, a segurança, o preço, o retorno, etc..
  • A polivalência e a alta qualificação dos trabalhadores fabris. Não interessa mais trabalhadores que só saibam apertar uma rosca, como no fordismo. A mão de obra toyotista deve ser qualificada e especializada, ao mesmo tempo, conseguir realizar diversas funções nas fábricas.

Ufa, muita coisa, né? Agora você já sabe que o Toyotismo foi o modelo de produção adotado na 3ª Revolução Industrial. Maior flexibilidade; obsolescência programada; mão de obra especializada e barata; fracas legislações ambiental e trabalhista; inovações tecnológicas; just in time; o encurtamento das distâncias e desconcentração industrial são características do modelo sobre o qual você aprendeu.

Para dar uma relaxada e curtir os estudos, separamos músicas do rock nacional que vão te fazer entender todas essas características de uma vez por todas. Duvida? Aumenta o som (e os estudos), dj!

1. Engenheiros do Hawaii – 3ª do plural

“Satisfação garantida/ Obsolescência programada/ Eles ganham a corrida/ Antes mesmo da largada”.

Cresce a influência da propaganda, grandes empresas passam a vender um estilo de vida ao qual esse produto remete e investimentos em marketing se ampliam. Uma das mais significativas transformações da 3ª Revolução, a obsolescência programada, na qual as mercadorias são produzidas com o tempo de funcionamento mais curto, estimula o consumo e as inovações tecnológicas.

2.  Titãs – Disneylândia

“Multinacionais japonesas instalam empresas em Hong-Kong/ E produzem com matéria-prima brasileira/ Para competir no mercado americano”.

Questão do Enem em 2013, a música remete à desconcentração industrial aliada à busca por mão de obra barata, locais com poucas legislações trabalhista e ambiental e ampliação do mercado consumidor e das trocas econômicas.

3. Plebe Rude – Nova Era Tecno

“Bem vindo micro/ Não sei pra que te apresentar/ Ele fará tudo por você, no seu lugar/ Baixa, Baixa, Baixa/ O nível um pouco mais/ Nova era tecno/ Te deixou pra trás”

As inovações tecnológicas tornam ultrapassadas as “novas” mercadorias, em um ritmo frenético de lançamentos que fica difícil até de acompanhar! O Iphone 6 está deixando o “ultrapassado” Iphone 5 para trás!

E agora, um mapa mental pra realmente fixar o conteúdo aprendido nesse resumo:

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Ficou com alguma dúvida sobre o assunto? Manda bala nos comentários que a gente te ajuda! 🙂

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