Entender o que é cartografia e todos os aspectos desse conteúdo é imprescindível para se sair bem em Geografia nas questões do vestibular.
Para você arrasar na prova e conseguir uma nota legal, preparamos um conteúdo ótimo sobre cartografia. Resumo bom é aqui mesmo, então vamos lá para para você aprender tudo?
O que é cartografia?
Localizar-se e orientar-se no espaço sempre foi uma preocupação do ser humano. No início, era pela necessidade, por exemplo, de se buscar abrigo e alimentos.
Atualmente, quando temos a necessidade de se chegar a um lugar desconhecido, basta lembrar quantas vezes a frase “Por favor, como faço chegar em tal rua?” já foi ouvida.
A cartografia é a ciência responsável por pensar, elaborar e estudar os mapas.
É importante ter em mente que existem múltiplas representações gráficas da Terra, cada qual adequada a um tipo de situação. Cabe destacar, ainda, que cada uma destas representações guarda a visão de quem a elaborou.
Por exemplo, o continente americano poderia ser representado de lado, transformando sua representação na figura de um pato, como circulou na internet.
Portanto, é preciso identificar a representação mais adequada. Por exemplo, se o objetivo é localizar um país, o ideal é utilizar um atlas ou o globo terrestre.
Se o objetivo é localizar uma rua, o mais adequado é utilizar a planta da cidade. Agora que você já sabe o que é cartografia, agora é importante compreender alguns aspectos relacionados a ela.
Coordenadas Geográficas
O globo terrestre é dividido por um conjunto de linhas imaginárias que se cruzam e permitem que qualquer ponto da superfície seja localizado.
Essas linhas determinam a latitude e a longitude, que, em conjunto, são chamadas de coordenadas geográficas.
A Linha do Equador é o círculo máximo da esfera e é traçado na horizontal, dividindo a Terra em hemisfério Norte e hemisfério Sul.
É a partir da Linha do Equador que se originam os paralelos que, à medida que se afastam, tanto para norte quanto para o sul, diminuem de diâmetro.
Os paralelos são medidos em graus de distância em relação à Linha do Equador. Esta distância é chamada de latitude e varia de 0° (Linha do Equador) a 90° (polos), tanto para o Norte quanto para o Sul.
Mas, para localizar um ponto, não basta apenas saber sua latitude. Por exemplo, quando falamos que um ponto se encontra na latitude 30° ao norte do Equador, encontraremos infinitos pontos ao longo deste paralelo, pois um paralelo é um círculo paralelo à Linha do Equador.
Já a longitude é identificada a partir das linhas traçadas perpendicularmente aos paralelos. São chamadas de meridianos. O meridiano 0º é o Meridiano de Greenwich, que divide a Terra em dois hemisférios, o Ocidental (a oeste) e o Oriental (a leste).
É a partir deste meridiano que todos os outros são medidos, de 15 em 15 graus, ou seja, existe o meridiano 15°, o meridiano 30°, 45°, 60°… até chegar ao meridiano 180°, tanto para leste quanto para oeste.
A partir daí, qualquer ponto sobre a superfície terrestre é identificável se fornecidos a latitude e a longitude, coordenadas resultantes do cruzamento das linhas imaginárias – os paralelos e os meridianos.
Fusos horários
Os fusos horários representam a mudança de hora à medida que mudamos de um fuso para outro. Ao dividir os 360° da esfera terrestre por 24 horas (duração do movimento de rotação da Terra, que faz com que existam dias e noites), temos como resultado 15°.
Ou seja, cada fuso possui 15° e cada um desses fusos possui uma hora dentro das 24 horas que a Terra necessita para o movimento de rotação.
Todas regiões que se encontram dentro de um mesmo fuso possuem o mesmo horário.
Contudo, pelo fato dos fusos não considerarem as divisões político-administrativas como, por exemplo, países, cidades, estados e outros, foram feitas algumas adaptações para unificar o horário de uma mesma unidade político-administrativa.
Um exemplo disso é o Brasil, que possuía quatro fusos, mas adotou apenas três.
Escalas
Para a representação em um plano de uma estrutura de grandes dimensões, como a Terra, é necessário que haja uma correspondência entre as dimensões reais e as dimensões da representação no papel. Essa correspondência é feita, na cartografia, pelo que chamamos de escala.
A escala expressa em números o quanto algo real foi reduzido para caber no papel ou na tela do computador, por exemplo.
A escala é considerada pequena quando os elementos reais foram muito reduzidos, o que acontece quando se representa áreas muito grandes, e considerada grande quando os elementos reais não foram muitos reduzidos, o que acontece quando se representa áreas pequenas.
Por exemplo, localizar uma rua em um mapa-múndi é impossível, pois a escala de uma mapa-múndi é pequena: seus elementos reais foram muitos reduzidos para caber no papel, tão reduzidos que nem aparecem no mapa.
Portanto, para localizar a tal rua, seria necessário se utilizar um mapa de escala grande.
Há uma fórmula utilizada quando se quer descobrir a escala de um mapa, ou a distância real de uma área representada, ou a distância no mapa: é a fórmula E = D/d.
Projeção cartográfica
A projeção cartográfica é resultante de um conjunto de operações que permitem que a superfície esférica (a Terra) seja representada em um plano.
Contudo, para que isso seja possível, ocorrem algumas distorções – nas áreas, nas formas ou nas distâncias da superfície terrestre –, sendo necessário escolher a projeção mais adequada a cada tipo de situação.
As projeções se dividem segundo a relação entre o real (Terra) e o plano em:
- conformes: nela, os ângulos são mantidos idênticos, tanto na esfera quanto no plano e as áreas são deformadas;
- equivalentes: nela, as áreas se apresentam idênticas e os ângulos são deformados;
- equidistantes (ou afiláticas): nela, tanto as áreas quanto os ângulos se apresentam deformados.
As projeções se dividem segundo a superfície de contato em:
- cilíndrica: nesta projeção, a Terra parece ser envolvida por um cilindro de papel, em que são projetados os paralelos e os meridianos. Depois de projetadas estas linhas imaginárias, o cilindro é aberto ao longo de um meridiano;
- cônica: a superfície da Terra é representada sobre um plano em forma de cone, em que os paralelos formam círculos concêntricos, ou seja, um dentro do outro, sendo o menor representado pelo polo, Norte ou Sul, e o maior a Linha do Equador, o paralelo 0º. Nesta projeção, à medida que se afasta do paralelo de contato com o cone, as distorções aumentam;
- azimutal (ou plana): nessa projeção, a superfície terrestre é representada em um plano que tangencia um dos polos. Os paralelos formam círculos concêntricos e os meridianos formam ângulos retos partindo do polo. As deformações nesta projeção aumentam conforme se afasta do polo.
Cartografia temática
A cartografia temática busca trazer para os mapas dados qualitativos e quantitativos adquiridos pela Geografia e outras ciências, expressando-os de forma gráfica.
Ou seja, ela se preocupa em apresentar os dados com a precisão gráfica que cabe à cartografia básica, facilitando a tomada de decisões ao auxiliar na compreensão dos temas – sociais e naturais – que compõem o espaço geográfico.
Para apresentar estes dados, a cartografia temática faz uso de pontos, linhas, áreas, símbolos e cores que permitem melhor visualizar um fenômeno.
A representação da distribuição de recursos minerais e energéticos no Brasil e a distribuição da população no território brasileiro são alguns dos temas que são apresentados pela cartografia temática.
Tecnologias aplicadas à cartografia
Cabe destacar o papel das novas tecnologias aplicadas à cartografia, como, por exemplo, os satélites e o GPS.
Esses instrumentos possibilitam que a coleta e o processamento de informações sobre o espaço geográfico sejam mais rápidos de serem obtidos e, em alguns casos, com custos menos elevados. Confira algumas destas novas técnicas:
- Sensoriamento Remoto: é a obtenção de imagens a partir de scanners de satélites, radares e equipamentos fotográficos. Ou seja: é a captação e registro de imagens a longa distância. Podem ser obtidas imagens de florestas, cidades, nuvens e outros;
- Sistema de posicionamento global (GPS): Desenvolvido na época da Guerra Fria, o GPS aponta com precisão a localização de um objeto ou pessoa. Entre suas utilizações, encontra-se o direcionamento em ruas e rodovias quando instalados em automóveis.
Exercícios
1. (UFSC) A linguagem cartográfica é essencial à geografia. Neste âmbito, considere as afirmações adiante.
I. O mapa é uma reprodução idêntica da realidade.
II. São elementos que compõem os mapas: escala, projeção cartográfica, símbolo ou convenção e título.
III. A escala é a relação entre a distância ou comprimento no mapa e a distância real correspondente à área mapeada.
Considerando as três assertivas, pode-se afirmar corretamente que:
a) apenas I é verdadeira
b) apenas II é verdadeira.
c) apenas III é verdadeira.
d) apenas I e III são verdadeiras.
e) apenas II e III são verdadeiras.
2. As figuras a seguir mostram o mundo representado em projeções cartográficas diferentes.
Analisadas as figuras acima, é CORRETO afirmar que:
a) ambas as projeções são cilíndricas, sendo que a de Mercator é equivalente e a de Peters é conforme.
b) a projeção de Mercator conserva as áreas dos continentes e, por esse motivo, é chamada de eurocêntrica.
c) a projeção de Mercator é conforme, ou seja, conserva as formas dos continentes e é a mais adequada para a navegação marítima.
d) a projeção de Peters é a mais adequada para a representação dos países do Terceiro Mundo, pois mantém as formas em proporção correta.
e) a projeção de Peters é eqüidistante, ou seja, mantém a proporcionalidade real nas medidas de distâncias e ângulos.
3. (PUC-MG) Ao dividir os 360 graus da esfera terrestre pelas 24 horas de duração do movimento de __________, o resultado é 15 graus. A cada 15 graus que a Terra gira, passa-se uma hora. Assim, cada uma das 24 divisões da Terra corresponde a um __________.
Para que o texto fique adequadamente preenchido, as lacunas devem ser completadas, respectivamente, por:
a) translação e meridiano.
b) translação e paralelo.
c) rotação e círculo.
d) rotação e fuso horário.
Gabarito
1. E
2. C
3. D
Ah, temos um vídeo maneiro sobre o que é cartografia! Assim, você pode conferir um resumo sobre o assunto em outro formato. Maneiro, né?
Ficou fácil agora que você sabe o que é cartografia. Resumo bom é com a gente mesmo! Se você curtiu, que tal conhecer o nosso cursinho preparatório para o Enem?
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