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5 aspectos do regionalismo nordestino e do coronelismo em obras literárias

Descubra tudo sobre o regionalismo nordestino e o coronelismo com a ajuda desses cinco clássicos da literatura nacional!

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Descubra tudo sobre o regionalismo nordestino e o coronelismo com a ajuda desses cinco clássicos da literatura nacional!

A Primeira República brasileira pode ser dividida em dois momentos: a República da Espada, comandada por militares logo nos primeiros do nascimento do período republicano, e também a República Oligárquica, onde o domínio regional com os coronéis foi fundamental para a sobrevivência da chamada “Política dos Governadores”. Sobre o poder dos Coronéis (status criado ainda no período monárquico) na República Oligárquica, devemos destacar a influência dos mesmos na sociedade, principalmente na vida do Nordeste, onde a condição social era mais pobre. Para isso devemos nos atentar as principais obras literárias que fazem referência a esse período, uma vez que o ENEM usa muitos textos para auxiliar suas questões. Vamos começar?

1 – As secas do Nordeste em “O Quinze” de Raquel de Queiroz

As secas nordestinas sempre fizeram parte da história brasileira desde os tempos coloniais. Desde os tempos coloniais os latifundiários da região sofriam com os longos períodos de estiagem. A Revolução Pernambucana de 1817, somado aos fatores políticos e econômicos do período, foi causada por uma enorme seca. Com o advento republicano essa situação no Nordeste permaneceu sem solução, afetando a vida de milhares de nordestinos. O Livro o “O Quinze” de Raquel de Queiroz aborda uma grave seca que afetou o Nordeste em 1915.

O problema da seca no Nordeste é causadora de muitos problemas sociais

 

2 – Pobreza e miséria em “Vidas Secas” de Graciliano Ramos

A obra de Graciliano é importante para o contexto nordestino do início do século XX pois revela um caráter realista. A seca afetou muito a vida dos nordestinos, mas assim como o clima muitas vezes se mostra desfavorável a população mais pobre, a opressão política dos coronéis fez com que essa população cada vez mais vivesse na miséria e com fome. O patrão oprimindo o trabalhador nordestino, que para sustentar sua família é obrigando a trabalhar em uma péssima condição é relatada nesta obra de Graciliano.

Os indicadores sociais do Nordeste no início da República eram baixíssimos

 

3 – Os cangaceiros do “Auto da Compadecida” de Ariano Suassuna

O “Auto da compadecida é uma peça teatral escrita em forma de “auto”, ou seja, relaciona elementos cômicos com um visão política contextualizadora. O auto de Suassuna é importante pois contém elementos da literatura de cordel, movimento literário característico do nordeste brasileiro. Neste obra as personagens principais (João Grilo e Chicó) são inseridos em um cenário de seca, fome, uma constante luta contra a miséria e à opressão que esses miseráveis subjugados sofrem das famílias de poderosos coronéis donos de terra. Outro destaque nessa obra é o cangaceiro Severino, que inspirado em Lampião, encontrou no crime um modo de sobreviver a essa situação descrita anteriormente.

Os cangaceiros tinham uma imagem duvidosa. Atuavam como justiceiros mas também roubavam, saqueavam e abusavam de mulheres

 

4 – Uma sátira do Coronelismo em o “Bem Amado” de Dias Gomes

O Coronelismo foi um prática de cunho político e social, característica do interior brasileiro, do meio rural e das pequenas cidades do Nordeste brasileiro, que se fortaleceu bastante na Primeira República (1889-1930) e que configura uma forma de mandonismo em que os coronéis, representantes da elite rural brasileira, controla os meios de produção como também o voto, detendo o poder econômico, social e político local. Odorico Paraguaçu, personagem principal de o “Bem Amado” faz alusão a esse coronel, que controla a população local através da opressão.

A figura do Coronel no interior do Nordeste brasileiro foi importante para garantir os votos necessários na Política dos Governadores

 

5 – A Guerra de Canudos em “Os Sertões” de Euclides da Cunha

Muito mais que um livro romanceado, “Os Sertões” é uma obra jornalística em que trata um verdadeiro retrato do Brasil no fim do século XIX, discutindo os problemas que fazem parte do conflito que ocorreu no interior da Bahia. A chamada Guerra de Canudos foi o confronto entre uma comunidade popular de fundo sócio-religioso liderado por Antonio Conselheiro e o Exército da República, que durou de 1896 a 1897. A obra de Euclides da Cunha pode ser dividido em três partes:  a terra; o homem e a luta. Nessas três partes o autor procura relatar cuidadosamente: as características do lugar, os habitante do lugar, sua relação com o meio e as quatro expedições militares a Canudos que geraram o conflito.

Antônio “Conselheiro” foi o líder desse movimento de inspiração monarquista, de caráter religioso que combatia também o coronelismo

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