Leia o resumo “Parnasianismo“ e resolva aos exercícios abaixo.
1. (FGV) Assinale a alternativa correta a respeito do Parnasianismo:
a) A inspiração é mais importante que a técnica.
b) Culto da forma: rigor quanto às regras de versificação, ao ritmo, às rimas ricas ou raras.
c) O nome do movimento vem de um poema de Raimundo Correia.
d) Sua poesia é marcada pelo sentimentalismo.
e) No Brasil, o Parnasianismo conviveu com o Barroco.
2. (UFRS-RS) Com relação ao Parnasianismo, são feitas as seguintes afirmações.
I – Pode ser considerado um movimento antirromântico pelo fato de retomar muitos aspectos do racionalismo clássico.
II – Apresenta características que contrastam com o esteticismo e o culto da forma.
III – Definiu-se, no Brasil, com o livro “Poesias”, de Olavo Bilac, publicado em 1888.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
3. (ENEM) Mal secreto
Se a cólera que espuma, a dor que mora
N’aIma, e destrói cada ilusão que nasce,
Tudo o que punge, tudo o que devora
O coração, no rosto se estampasse;
Se se pudesse, o espirito que chora,
Ver através da máscara da face,
Quanta gente, talvez, que inveja agora
Nos causa, então piedade nos causasse!
Quanta gente que ri, talvez, consigo
Guarda um atroz, recôndito inimigo,
Como invisível chaga cancerosa!
Quanta gente que ri, talvez existe,
Cuja ventura única consiste
Em parecer aos outros venturosa!
(CORREIA, R. In: PATRIOTA, M. Para compreender Raimundo Correia. Brasilia: Alhambra, 1995.)
Coerente com a proposta parnasiana de cuidado formal e racionalidade na condução temática, o soneto de Raimundo Correia reflete sobre a forma como as emoções do indivíduo são julgadas em sociedade. Na concepção do eu lírico, esse julgamento revela que:
a) a necessidade de ser socialmente aceito leva o indivíduo a agir de forma dissimulada.
b) o sofrimento intimo torna-se mais ameno quando compartilhado por um grupo social.
c) a capacidade de perdoar e aceitar as diferenças neutraliza o sentimento de inveja.
d) o instinto de solidariedade conduz o indivíduo a apiedar-se do próximo.
e) a transfiguração da angústia em alegria é um artificio nocivo ao convívio social.
GABARITO
1. B
Comentário: As alternativas A, C, D e E contém erros sobre o movimento parnasiano. Os parnasianos prezavam pela perfeição estética e formal, fazendo com que o modo de produzir fosse mais importante do que a inspiração na temática, o que anula a letra A. No Brasil, o movimento ficou conhecido com a publicação da obra “Fanfarras”, do autor Teófilo Dias. Ademais, o parnasianismo é marcado pelo objetivismo e a harmonização de ideias, o que faz com que as alternativas C e D estejam incorretas. Por fim, não podemos esquecer da alternativa E, que também está incorreta, pois há uma grande diferença temporal entre o Barroco (século XVII) e o Parnasianismo (século XIX).
2. C
Comentário: O Parnasianismo visava combater o emocionalismo do movimento literário anterior, o Romantismo, fazendo uso da harmonização de ideias e da objetividade, o que confirma o item I. Já o item II está incorreto, porque os parnasianos prezavam pelo rigor formal e a perfeição estética, não havendo características contrastantes sobre esse “fazer artístico”. O último item também está correto, embora a obra “Fanfarras” tenha sido a percussora do Parnasianismo no Brasil, foi o livro “Poesias”, de Olavo Bilac, que consolidou a força do movimento parnasiano.
3. A
Comentário: O soneto apresenta uma temática que foge da impessoalidade parnasiana, apresentando um posicionamento mais reflexivo sobre os indivíduos e o mascaramento de suas relações, o que confirma a letra A. As letras B, C e D estão incorretas porque o eu lírico não sugere o compartilhamento de emoções e sim, a transparência dos sentimentos. Além disso, o eu lírico não incita a capacidade de perdão ou solidariedade sobre as atitudes humanas. A letra E também está errada, o eu lírico mostra que as pessoas se escondem sobre máscaras, a fim de não revelarem sua essência e se enquadrarem em uma padronização de convivência, demonstrando a falsidade das relações.