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Exercícios de linguagens enem

Exercícios de linguagem do Enem: questões para mandar bem na prova!

Confira exercícios de linguagem do Enem, para praticar os conhecimentos em gênero textual e língua portuguesa e arrasar nas provas!

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Fazer exercícios de linguagem do Enem vai te ajudar a se preparar pra prova. Vamos apresentar os principais conteúdos que caem na prova, pra você tomar nota. Além disso, ao fim do artigo, você encontra exercícios com gabarito pra treinar! 

Linguagens: gênero textual e língua portuguesa

A prova de Linguagens do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) possui 45 questões de múltipla escolha. Entre elas, você vai encontrar conteúdos de Língua Portuguesa, Literatura, Artes, Educação Física, Inglês/Espanhol e Tecnologias da Comunicação e Informação.

Pra parte de língua portuguesa, é importante fazer uma boa revisão da matéria de gênero textual. Portanto, saber a diferença entre os tipos de texto te ajuda a garantir algumas questões na prova.

Também revise com carinho outros temas da língua portuguesa. Conheça as classes de palavras, as figuras de linguagem, a gramática e as funções da linguagem. Além disso, pratique bastante a interpretação de texto. Então, vamos resolver dois exercícios?

Exercícios de linguagens enem

Exercícios de linguagem no Enem

1. Enem 2009

Para o Mano Caetano

O que fazer do ouro de-tolo

Quando um doce bardo brada a toda a brida,

Em velas pandas, suas esquisitas rimas?

Geografia de verdades, Guanabaras postiças

Saudades banguelas, tropicais preguiças?

A boca cheia de dentes

De um implacável sorriso

Morre a cada instante

Que devora a voz do morto, e com isso,

Ressuscita vampira, sem o menor aviso

[…]

E eu soy lobo-bolo? lobo-bolo

Tipo, pra rimar com ouro de tolo?

Oh, Narciso Peixe Ornamental!

Tease me, tease me outra vez

Ou em banto baiano

Ou em português de Portugal

Se quiser, até mesmo em americano

De Natal

[…]

Tease me (caçoe de mim, importune-me).

LOBÃO. Disponível em: http://vagalume.uol.com.br Acesso em: 14 ago. 2009 (adaptado)

Na letra da canção apresentada, o compositor Lobão explora vários recursos da língua portuguesa a fim de conseguir efeitos estéticos ou de sentido. Nessa letra, o autor explora o extrato sonoro do idioma e o uso de termos coloquiais na seguinte passagem:

a) “Quando um doce bardo brada a toda brida” (v. 2)

b) “Em velas pandas, suas esquisitas rimas?” (v. 3)

c) “Que devora a voz do morto” (v. 9)

d) “lobo-bolo//Tipo pra rimar com ouro de tolo? (v. 11-12)

e) “Tease me, tease me outra vez” (v. 14)

2. Enem 2015

Em primeiro lugar gostaria de manifestar os meus agradecimentos pela honra de vir outra vez à Galiza e conversar não só com os antigos colegas, alguns dos quais fazem parte da mesa, mas também com novos colegas, que pertencem à nova geração, em cujas mãos, com toda certeza, está também o destino do Galego na Galiza, e principalmente o destino do Galego incorporado à grande família lusófona.

E, portanto, é com muito prazer que teço algumas considerações sobre o tema apresentado. Escolhi como tema como os fundadores da Academia Brasileira de Letras viam a língua portuguesa no seu tempo. 

Como sabem, a nossa Academia, fundada em 1897, está agora completando 110 anos, foi organizada por uma reunião de jornalistas, literatos, poetas que se reuniam na secretaria da Revista Brasileira, dirigida por um crítico literário e por um literato chamado José Veríssimo, natural do Pará, e desse entusiasmo saiu a ideia de se criar a Academia Brasileira, depois anexada ao seu título: Academia Brasileira de Letras.

Nesse sentido, Machado de Assis, que foi o primeiro presidente desde a sua inauguração até a data de sua morte, em 1908, imaginava que a nossa Academia deveria ser uma academia de Letras, portanto, de literatos.

BECHARA, E. Disponível em: www.academiagalega.org. Acesso em: 31 jul. 2012.

No trecho da palestra proferida por Evanildo Bechara, na Academia Galega da Língua Portuguesa, verifica-se o uso de estruturas gramaticais típicas da norma padrão da língua. Esse uso

a) torna a fala inacessível aos não especialistas no assunto abordado.

b) contribui pra clareza e a organização da fala no nível de formalidade esperado pra situação.

c) atribui à palestra características linguísticas restritas à modalidade escrita da língua portuguesa.

d) dificulta a compreensão do auditório pra preservar o caráter rebuscado da fala.

e) evidencia distanciamento entre o palestrante e o auditório pra atender os objetivos do gênero palestra.

3. Enem 2019

A Esbraseia o Ocidente na agonia O sol… Aves em bandos destacados, Por céus de ouro e púrpura raiados, Fogem… Fecha-se a pálpebra do dia… Delineiam-se além da serrania Os vértices de chamas aureolados, E em tudo, em torno, esbatem derramados Uns tons suaves de melancolia. Um mundo de vapores no ar flutua… Como uma informe nódoa avulta e cresce A sombra à proporção que a luz recua. A natureza apática esmaece… Pouco a pouco, entre as árvores, a lua Surge trêmula, trêmula… Anoitece. CORRÊA, R. Disponível em: www.brasiliana.usp.br. Acesso em: 13 ago. 2017.

Composição de formato fixo, o soneto tornou-se um modelo particularmente ajustado à poesia parnasiana. No poema de Raimundo Corrêa, remete(m) a essa estética

a) as metáforas inspiradas na visão da natureza.

b) a ausência de emotividade pelo eu lírico.

c) a retórica ornamental desvinculada da realidade.

d) o uso da descrição como meio de expressividade.

e) o vínculo a temas comuns à Antiguidade Clássica.

4. Enem 2015

Aquarela

O corpo no cavalete é um pássaro que agoniza exausto do próprio grito. As vísceras vasculhadas principiam a contagem regressiva. No assoalho o sangue se decompõe em matizes que a brisa beija e balança: o verde – de nossas matas o amarelo – de nosso ouro o azul – de nosso céu o branco o negro o negro

CACASO. In: HOLLANDA, H. B (Org.). 26 poetas hoje. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2007.

Situado na vigência do Regime Militar que governou o Brasil, na década de 1970, o poema de Cacaso edifica uma forma de resistência e protesto a esse período, metaforizando

a) as artes plásticas, deturpadas pela repressão e censura.

b) a natureza brasileira, agonizante como um pássaro enjaulado.

c) o nacionalismo romântico, silenciado pela perplexidade com a Ditadura.

d) o emblema nacional, transfigurado pelas marcas do medo e da violência.

e) as riquezas da terra, espoliadas durante o aparelhamento do poder armado.

Gabarito

  1. D
  2. B
  3. D
  4. D

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