Vai prestar o Enem ou algum vestibular e precisa saber o que é semiótica na filosofia, sua origem e características? Aqui você aprende tudo!
Preparamos um resumo sobre o tema pra te ajudar a mandar bem na prova, confira!
O que é semiótica?
Os humanos interpretam o ambiente a partir dos significados que eles mesmos atribuem ao mundo à sua volta. Neste sentido a Semiótica se propõe a estudar os processos de construção desses significados.
Como a vida social é regida por um sistema de significados, é possível analisar os signos utilizados na comunicação humana buscando compreender as principais dinâmicas de linguagens. É nesse contexto que surge a semiótica. Vamos conhecê-la um pouco melhor neste artigo.
O Poder da Comunicação Humana
Estudar a comunicação humana, verbal ou não-verbal, é fundamental para compreender a importância dos símbolos sociais. É através dela que podemos interpretar as palavras entendendo como são atribuídos sentidos a elas, como nas produções textuais, por exemplo.
Na linguagem não-verbal, os sinais possuem significados específicos, como os sinais de trânsito por exemplo, que emitem luzes como formas de comunicar e transmitir mensagens que orientam as ações dos motoristas.
Semiótica e Semiologia
A Semiótica é uma disciplina que busca compreender, identificar e categorizar os signos. Abrange a compreensão dos tipos de significados, sejam eles explícitos ou não. Tem como objeto os sistemas de signos e comunicação vigentes na sociedade.
Origem
- A semiótica surge na Grécia Antiga, mas só é introduzida como disciplina acadêmica pelo inglês John Locke (1632–1704)
- No começo do século XX, ela passa a se destacar ainda mais como campo do conhecimento.
- O termo “semiótica” é adotado como padrão a partir da teoria dos signos, de 1969.
Mas o que exatamente estuda a Semiótica?
Muitas vezes algo que existe na mente humana é representado por um objeto, como manifestação material de valor simbólico. Esse fenômeno permite que o objeto seja considerado um símbolo, capaz de ser interpretado semioticamente.
Portanto, qualquer signo socialmente compartilhado pode ser objeto de análise semiótica. Na música, no cinema e na fotografia, por exemplo, são muito comuns esses tipos de análises.
É importante frisar que os símbolos na verdade são criações que surgem a partir de um determinado contexto social. Por isso podem ser tanto objetos, como ritos, costumes e ações, como a própria linguagem.
Em geral, a Semiótica possui caráter
- Gramatical: podendo ser dedicada aos estudos linguísticos como os de sistemas de gestos e sinalizações, por exemplo.
- Filosófico: podendo ser dedicada aos estudos teóricos da construção dos fenômenos sociais.
Principais pensadores
Charles Peirce, nascido em Moscou, em 1896, formulou estudos sobre a linguagem como elemento principal da comunicação. Dedicou sua vida aos estudos semióticos, mesmo nunca tendo usado o termo “semiologia” ou semiótica em seus estudos. Ele buscava classificar os signos nas seguintes categorias:
- Ícone: É uma representação visual baseada na semelhança.
Exemplo: desenho feito por uma criança representando sua família. - Índice: É uma representação por relação de contato ou efeito.
Exemplo: cheiro de terra molhada identificado como dedução de que choveu há pouco tempo. - Símbolo: É uma representação por convenção, com significado arbitrário.
Exemplo: a palavra “professor”, pode despertar sentimentos variados, dependendo da carga simbólica que recebem.
Para Charles, os signos podem ser analisados sob 3 pontos de vista:
- o signo em si mesmo
- o signo em relação ao que representa
- o signo em relação aos efeitos que provoca
Ferdinand de Saussurre (1857–1913) foi um dos mais importantes linguistas e filósofos suíços, referência nos estudos da linguística. Ele abordou a linguagem por si só como um sistema de signos altamente complexo e dinâmico.
Capaz de estabelecer vínculos, construindo e desconstruindo significados a todo momento. Através desta condição, é possível compreender como nosso vocabulário muda ao longo do tempo. Se uma palavra é considerada antiquada por ser pouco utilizada, ela não perde seu sentido.
Linguística e Semiologia
Semiótica e semiologia são termos que se originam de palavras gregas, que significam ‘signo’. Portanto as duas em suas origens, são campos de conhecimento que tratam de signos e sinais.
- Linguística e semiologia são duas ciências que trabalham juntas. Ambas se complementam e garantem que a língua seja também compreendida como sistema de signos.
- Já os símbolos geralmente são usados como formas da própria linguagem. Isso quer dizer que uma palavra escrita, por si só, já é considerada um símbolo.
Exemplo: CÃO é uma palavra que pode ser usada para se referir a um cachorro, podendo ser escrita em um lugar onde não existe nenhum cachorro. Mesmo assim, a ideia é compreendida, porque o poder do signo prevalece.
Tipos de Linguagem
Linguagem verbal não é a primeira nem a única forma de linguagem que aprendemos e utilizamos ao longo da vida. Sejam orais ou escritas, as linguagens formam conceitos que se articulam com os nossos pensamentos, e vice-versa.
Usamos comumente a linguagem verbal para atribuir sentidos e significados ao mundo em que vivemos. Desde pequenos, através do choro, por exemplo, passamos mensagens de desconforto como fome, frio ou dor aos nossos pais.
Essas mensagens estabelecem relações entre os indivíduos, mesmo quando utilizadas de forma arbitrária, em meio a convenções sociais. Dependendo do contexto social, os signos são capazes de criar tipos de linguagens diferentes, nos permitindo compreender diferentes realidades.
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