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Dia Internacional da Mulher

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Dia Internacional da Mulher

O Dia Internacional da Mulher é uma data comemorativa que foi oficializada pela Organização das Nações Unidas na década de 1970. Essa data representa a luta das mulheres pela equalização de oportunidades, independentemente do sexo. 

É uma luta histórica, em que as mulheres buscam ter suas condições respeitadas, com o intuito de frear as desigualdades persistentes entre homens e mulheres, e pelo exercício de seus direitos de forma igualitária.

Com surgiu o Dia Internacional da Mulher

A data é celebrada oficialmente desde 1975, e teve sua origem marcada por uma série de manifestações por melhorias nas condições de trabalho e igualdade de direitos, ocorridas em algumas regiões da Europa e também nos Estados Unidos, no início do século 20. Essa data é celebrada até hoje para lembrarmos das conquistas femininas ao longo da história rumo à igualdade de gênero, e para nunca esquecermos o quanto ainda é preciso conquistar nessa luta, pois ainda há muitos problemas a serem resolvidos.

O dia 08 de março não é só mais uma data comemorativa criada pelo comércio, mas sim um dia que tem raízes históricas profundas e sérias.

A força das mulheres na luta por seus direitos

dia da mulher

A comemoração do Dia Internacional da Mulher frisa a importância da mulher na sociedade e na história da luta pelos seus direitos. Hoje, é possível falar sobre determinados assuntos e problemas de forma livre e direta. Antigamente, essas diferenças eram deixadas debaixo dos panos, não se falava, apenas se aceitava o que era imposto. Até pouco tempo, esses problemas eram aceitos, hoje, já não é bem assim.

Alguns direitos conquistados pelas mulheres:

  • Em 1928, a Luiza Alzira Teixeira foi a primeira mulher brasileira eleita para um cargo no Executivo. Foi a primeira vez que isso ocorreu na América Latina.
  • No Brasil, no ano de 1932, durante o governo de Getúlio Vargas, as mulheres conquistaram o direito ao voto, e este foi incorporado à Constituição de 1934 como facultativo.
  • No ano de 1962 foi aprovado o Estatuto da Mulher Casada, nele é ficou assegurado à mulher não precisar mais pedir autorização ao marido para poder trabalhar; ter a liberdade de receber herança e, no caso de separação, optar por ficar com a guarda dos filhos.
  • Em 2006, foi sancionada a lei de proteção à mulher contra a violência doméstica, conhecida como Lei Maria da Penha. Essa lei é considerada um marco na história de luta das mulheres brasileiras contra a violência doméstica.

As mulheres na educação

Antigamente, a educação direcionada às mulheres limitava-se em ensinos sobre trabalhos domésticos e maternos, com o intuito de gerar uma boa esposa, dona de casa e mãe. Era uma educação totalmente voltada para o lar.

Até 1827, o foco principal do ensino era direcionado aos homens. Mulheres não tinham vez na educação porque isso era visto como desnecessário, tendo em vista que elas não iriam utilizar essa educação no seu cotidiano, porque o papel da mulher era cuidar dos filhos, do marido e da casa.

Hoje, a presença feminina é significativa em todos os níveis de formação educacional, porém nem sempre foi assim. As mulheres ingressaram na escola tardiamente em comparação aos homens.

A educação feminina no Brasil teve início com colégios particulares em meados de 1867 e foi apenas em 1880 que as mulheres puderam ingressar no sistema de ensino público.

Mulheres brasileiras no ensino superior e no trabalho

O ingresso nos cursos superiores foi mais uma luta enfrentada pelas mulheres. Apenas em 1879, o governo imperial permitiu a entrada feminina nas faculdades.

Mulheres ultrapassam homens na educação

Em 2019, na população com 25 anos ou mais, 19,4% das mulheres e 15,1% dos homens tinham nível superior completo. A parcela da população com instrução vem avançando, mas as mulheres se mantêm nos últimos anos com maior grau de instrução. Em 2012, eram 14% das mulheres com ensino superior e 10,9% dos homens. (Dados PNAD Contínua 2019).

Podemos observar no quadro a seguir que, nos anos iniciais do ensino fundamental, os dois sexos registraram a mesma taxa (95,8%), mas nas etapas seguintes as mulheres passaram a registrar taxas superiores às dos homens. Uma mulher de 18 a 24 anos tinha, em 2019, cerca de 38% mais chances de estar frequentando ou já ter terminado o ensino superior do que um homem da mesma faixa etária.

Diferenças entre homens e mulheres no mercado de trabalho

As mulheres brasileiras receberam cerca de 77,7% do rendimento dos homens. Em 2019, o salário médio mensal dos homens no Brasil foi de R$ 2.555, enquanto o das mulheres foi de R$ 1.985.
Com relação à participação das mulheres no mercado de trabalho, também pode-se observar uma diferença significativa em comparação com a dos homens, no mesmo setor. 


Os dados são da “Estatísticas de Gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil”, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

A caminhada é longa, e muitas são as mudanças necessárias para se obter a justa igualdade, portanto, a luta precisa continuar. Os problemas persistem, mas, é preciso mater a perseverança, com a certeza de que cada luta tem o seu valor. Focar nos objetivos e impedir que retrocessos ameacem o que já foi alcançado, é dever de todos. Sigamos firmes. Feliz Dia da Mulher.

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