Descolonização: 3 maneiras de conseguir independência (da Europa e dos pais)
Pois é, chegou final de semana e você já está se programando para curtir aquela festinha para relaxar após assistir as aulas do Descomplica. Porém, ainda falta aquele pequeno detalhe: pedir para os seus pais. Existem três maneiras ou estratégias para isso acontecer (Lembrando que o caso número 2 não é apoiado pelo Descomplica). A descolonização afro-asiática também envolveu 3 tipos de processos: o processo pacífico, o processo violento — através de Guerras — e, também, o processo tardio.
1 – O jeitinho pacífico
Não se esqueça de que para sair para a night, balada, festinha ou afins, você precisa pedir com jeitinho para os seus pais. De nada vai adiantar chegar batendo panela, gritando, se jogando no chão. Há maneiras e maneiras de você conquistar esse trunfo, e o melhor jeito é fazendo isso sem brigar, com bastante calma e com muito respeito. Foi exatamente assim que Mahatma Gandhi, um grande pacifista, conseguiu conquistar a independência da Índia e livrar seus país do controle inglês. Gandhi não era favorável à utilização da violência, nem de conflitos ou revoltas, e acreditava que a sociedade indiana poderia conseguir êxito na independência através da desobediência civil. O principal líder do movimento acreditava que, se desobedecessem as leis inglesas sem demonstrar nenhuma preocupação com as consequências, em pequenos atos, como boicotar os diversos produtos britânicos ou greve de fome, os indianos seriam capazes de dar passos largos a caminho da independência.
Não há como resistir a esse olhar na hora de fazer um pedido.
2 – A maneira conflituosa (NÃO FAÇA ISSO!)
Se no tópico anterior revelamos o segredo para você conseguir atingir seu objetivo, neste revelaremos o que não fazer. Não levante a voz, não desrespeite, não pressione e não seja mal-educado. De fato, essa não é a melhor maneira de você conseguir garantir o seu “vale-night” com seus pais. Porém, no processo de descolonização, o meio violento também foi utilizado pelas nações africanas e asiáticas. As nações europeias não queriam se desfazer de seus domínios e áreas de influência, o que fez com que grupo radicais assumissem a frente de independência de seus países. Logo, os conflitos tiveram início; dentre eles, podemos destacar o processo de Independência da Indochina e a Independência da Argélia.
Após a independência da Indochina, muitos países se formaram, incluindo o Vietnã, que anos mais tarde se envolveria em um importante conflito bélico: a Guerra do Vietnã.
Não adianta se estressar ou começar uma Guerra para conquistar seus objetivos. Mas na descolonização isso foi preciso.
3 – O processo tardio
Aí você está sem saída. Já tentou as duas maneiras: com jeitinho foi falar com seus pais, que não deixaram, começou a perder a paciência, e todo o projeto foi por água abaixo. Calma! Ainda há uma solução! Você precisa esperar abaixar a poeira, ir com calma, pedir desculpas e novamente tentar. Mesmo que pra isso você tenha que se atrasar um pouco.
Foi exatamente isso que aconteceu no caso português. Angola e Moçambique demoraram para participar do processo de descolonização devido ao governo ditatorial salazarista. O controle das colônias era muito rígido, o que não permitia grupos que eram a favor da emancipação realizar tal feito. Somente após a Revolução dos Cravos em 1974 – que acabou de vez com a ditadura salazarista, depondo Marcelo Caetano – as nações africanas puderam de fato lutar pela sua independência.
Na Angola, destacamos os grupos UNITA, MPLA e FNLA, que, mesmo com ideologias e propósitos diferentes, visavam romper os laços colonialistas com Portugal. Já em Moçambique, foi a FRELIMO que enfrentou a opressão portuguesa.
O processo de descolonização de Angola e Moçambique somente se iniciou na década de 1970.