O Mundo Liberal, ou seja, baseado no liberalismo teve início no século XVIII. O liberalismo foi uma filosofia que tinha como princípios básicos a liberdade, a igualdade e a fraternidade, mudando o então panorama da história, que era o absolutismo. Dito isso, podemos concluir que, diferentemente do absolutismo, o liberalismo pregava um governo com limites, com controle e redução do poder do governo. Além disso, o liberalismo defendia a economia de livre mercado, ou seja, uma economia que se “auto-regula”. O liberalismo tinha também como características o individualismo e a defesa da propriedade privada, que estariam futuramente ligadas também à nova economia.
Antecedentes do Liberalismo
A primeira manifestação do liberalismo foi na Revolução Americana, porém seu boom foi na Revolução Francesa, em 1789, que mudou a forma de pensar de quase toda Europa. Apesar de ter sido ainda no fim do século XVII, com John Locke, um filósofo inglês, que o liberalismo teve seu início, foi apenas com Adam Smith que o liberalismo se expandiu e atingiu proporções internacionais. Adam Smith ampliou o cunho político e filosófico da teoria também para a economia, criando então o Liberalismo Econômico.
Liberalismo Econômico
Foi já na decadência do mercantilismo e com o firmamento do capitalismo que surgiu a teoria do liberalismo econômico. Essa teoria se baseava na não-intervenção de qualquer agente externo à economia nela própria (Estado, leis, políticas, reis). Apesar de terem existido teóricos anteriores, Adam Smith é considerado o pai do liberalismo econômico, com a teoria do trabalho livre sem nenhum regulador. Para Smith, existia o que conhecemos como “mão invisível”, que seria a capacidade de o mercado se auto-regular.
Liberalismo Político
O liberalismo político se baseia na primeira vez na ideia de liberdade individual para cada cidadão. Foi através desse ideal que se criou a ideia de que há um direito universal, que todos os homens devem ter acesso (como o direito à vida, à liberdade, direito de ir e vir etc.), e de que o Estado não deve intervir, e sim garantir que esses direitos sejam respeitados.
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Exercícios
1. (Fuvest) “Um comerciante está acostumado a empregar o seu dinheiro principalmente em projetos lucrativos, ao passo que um simples cavalheiro rural costuma empregar o seu em despesas. Um frequentemente vê seu dinheiro afastar-se e voltar às suas mãos com lucro; o outro, quando se separa do dinheiro, raramente espera vê-lo de novo. Esses hábitos diferentes afetam naturalmente os seus temperamentos e disposições em toda espécie de atividade. O comerciante é, em geral, um empreendedor audacioso; o cavalheiro rural, um tímido em seus empreendimentos…” (Adam Smith, A RIQUEZA DAS NAÇÕES, Livro III, capítulo 4)
Neste pequeno trecho, Adam Smith:
a) contrapõe lucro à renda, pois geram racionalidades e modos de vida distintos.
b) mostra as vantagens do capitalismo comercial em face da estagnação medieval.
c) defende a lucratividade do comércio contra os baixos rendimentos do campo.
d) critica a preocupação dos comerciantes com seus lucros e dos cavalheiros com
a ostentação de riquezas.
e) expõe as causas da estagnação da agricultura no final do século XVIII.
Veja como resolver passo-a-passo essa questão!
2. (FAAP) Os pensadores do liberalismo econômico, como Adam Smith, Malthus e outros, defendiam:
a) intervenção do Estado na economia
b) o mercantilismo como política econômica nacional
c) socialização dos meios de produção
d) liberdade para as atividades econômicas
e) implantação do capitalismo de Estado
Veja como resolver passo-a-passo essa questão!
Gabarito
1. A
2. D