Descubra como ocorreram as unificações da Alemanha, Itália e EUA no século XIX e veja como este assunto pode cair no seu vestibular!
A Europa, entre os séculos XIV e XVI, foi o palco de inúmeras centralizações de poder, ou políticas, formando, posteriormente, os chamados Estados Modernos. O absolutismo monárquico foi um dos pilares para a consolidação desses processos de formação. No entanto, duas regiões europeias não fizeram parte desse processo, a Península Itálica e o Império Romano-Germânico. Foi então na segunda metade do século XIX que se iniciou o processo de nacionalismo e interesses tornaram possíveis as unificações desses países. Nesse contexto, os EUA independentes desde o século XVIII, passam por seu processo de formação territorial e “superação”da clara separação entre os estados do Norte e do Sul.
Unificação Italiana
Até o século XIX, a área da Península Ibérica permanecia dividida em inúmeros Estados, em sua maioria submetidos ao domínio da Áustria. A partir de 1848, houve uma concretização do processo de luta em favor da unificação, porém, o movimento teve duas frentes revolucionárias: haviam os republicanos (líder: Giuseppe Garibaldi – que ajudou na Guerra dos Farrapos, ou Revolução Farroupilha aqui no Brasil) e os monarquistas (líder: Piemonte-Sardenha). Os monarquistas iniciaram o processo pelo norte e tiveram o apoio de Napoleão até antes da chegada a Roma. Já os republicanos foram pelo sul. Em 1871, Roma tornou-se a capital italiana, porém a questão do “domínio” sobre o papado só se resolveria em 1929, com a criação do Estado do Vaticano (Tratado de Latrão).
Unificação Alemã
Diferente da italiana, a unificação da Alemanha deu um importante passo anterior com a criação do Zollverein, uma aliança aduaneira e comercial, em 1834, com a Prússia como líder. Foi devido a essa criação que houve um desenvolvimento do capitalismo na região e que ampliou e modernizou consideravelmente a indústria, transportes e economia. No entanto, apenas em 1861 a tentativa de unificação alemã toma forma. “A Alemanha será forjada a ferro e fogo” (Otto von Bismarck), ferro devido a sua indústria e fogo pelas guerras travadas no processo. Houve a guerra Austro-Prussiana, que foi a disputa pela administração de ducados locais, e a guerra Franco-Prussiana, pela disputa por estados do norte. Alemanha sai vitoriosa e toma posse dos territórios de Alsácia-Lorena, causando o revanchismo francês, uma das causas da Primeira Grande Guerra.
O Caso norte-americano
Com o passar do tempo, após sua independência, os Estados Unidos vinham crescendo cada vez mais e devido a esse crescimento as disputas entre os estados do sul e os estados do norte se tornava cada vez mais evidente, o que deu origem à guerra de secessão. Um dos principais motivos dessa guerra foi a questão dos escravos, os abolicionistas industrializados do norte, contra os escravistas grandes latifundiários do sul. O sul, convencido de que deveria liderar a união do país, acreditava que deveriam prevalecer seus interesses. Porém, no fim das contas os sulistas já tinham dado por certo a separação do Estado. Entraram então numa das maiores guerras da história devido à não aceitação da separação pelo norte, que saiu vitorioso e unificou os Estados agora Unidos da América. Foi então em 1862 que foi oficialmente abolida a escravidão no país.
Exercícios
1. (UNESP) As unificações políticas da Alemanha e da Itália, ocorridas na segunda metade do século XIX, alteraram o equilíbrio político e social europeu. Entre os acontecimentos históricos desencadeados pelos processos de unificações, encontram- se:
a) a ascensão do bonapartismo na França e o levante operário em Berlim.
b) a aliança da Alemanha com a Inglaterra e a independência da Grécia.
c) o nacionalismo revanchista francês e a oposição do Papa ao Estado italiano.
d) a derrota da Internacional operária e o início da União Europeia.
e) o fortalecimento do Império austríaco e a derrota dos fascistas na Itália.
2. (UECE) A personagem histórica que teve fundamental importância no contexto da Unificação Italiana e lutou, também, na Revolução Farroupilha, no sul do Brasil, na
segunda metade do século XIX, foi:
a) Camilo de Cavour.
b) Otto Von Bismark
c) Benjamin Disraeli
d) Benito Mussolini
e) Giuseppe Garibaldi
Gabarito
1. C
2. E