Um ponto delicado quando se estuda para o Enem é que o candidato precisa, além de estudar as disciplinas específicas, conseguir relacionar os assuntos entre si e com a realidade.
Por isso, ao avaliar os temas que mais caem no Enem em História é fundamental entender seus impactos e semelhanças com fatos da atualidade.
Nosso time de especialistas fez um baita apanhado das últimas edições do exame e traz para você o que mais cai no Enem em História. Continue a leitura!
O que cai na prova de História do Enem
A prova de História do Enem está dentro da área de Ciências Humanas. São 6 competências e 20 habilidades avaliadas, sendo que a área é dividida em questões de História, Geografia, Filosofia e Sociologia.
Os temas que mais caem na prova de História do Enem podem ser divididos em História do Brasil e História Geral. Vale a pena prestar atenção aos assuntos mais frequentes e caprichar nos estudos!
Assuntos de história que mais caem no Enem
O conteúdo de história inclui grandes acontecimentos de diversas eras e também costuma apresentar questões interdisciplinares, que envolvem, geografia, filosofia e sociologia.
As questões de História Geral correspondem a cerca de 33% da prova de História no Enem. Então, nossa dica é focar nos conflitos de relevância internacional e nas transformações da sociedade.
É importante, ainda, que o estudante seja capaz de relacionar esses fatos com acontecimentos atuais que afetam o mundo.
Se liga nos temas que mais caem no Enem, segundo as pesquisas dos experts da Descomplica!
1. Brasil República
Primeira República (1889-1930)
A República Velha, conhecida também como a Primeira República, pode ser dividida em duas fases:
- República da espada — Nessa, os militares estiveram à frente do Brasil de 1889 a 1894;
- República Oligárquica — Nessa o poder político estava concentrado nos oligarcas cafeeiros de 1894 a 1930.
Sendo caracterizada por diversos escândalos de corrupção no processo eleitoral e pela manutenção das desigualdades sociais, a República Velha teve o seu fim durante o golpe da Revolução de 1930, posto que se deu início à Era Vargas.
Era Vargas (1930-1945)
Sendo certamente um dos períodos mais importantes da História brasileira, Getúlio Vargas, que esteve no poder entre 1930 e 1945, implementou uma série de medidas de cunho provisório e Constitucional cujos efeitos podem ser observados até os dias atuais.
Desse modo, o governo de Vargas pode ser dividido em três períodos:
- Governo Provisório — de 1930 a 1934
- Segundo Governo Constitucional — de 1934 até 1937
- Estado Novo — de 1937 até 1945
Alguns dos principais feitos notáveis que podem ser observados na Era Vargas, são:
- direito ao voto secreto;
- direito ao voto feminino;
- leis trabalhistas protegidas pela constituição;
- promulgação da constituição de 1934;
- a idealização e execução do Plano Cohen;
- o fechamento do congresso;
- a intervenção nos governos estaduais;
- a criação do Departamento de Imprensa e Propaganda (DPI);
- incentivo à industrialização;
- criação de estatais.
Por fim, com um golpe militar que visava a realização de novas eleições democráticas em 1945, a Era Vargas acabou.
Ditadura Civil-Militar (1964-1985)
Com a duração de 21 anos (de 1964 a 1985), a Ditadura Militar promoveu um período autoritário conhecido como a fase em que os direitos humanos mais foram desrespeitados no território nacional.
Promovendo a censura por meio de atos inconstitucionais — tendo como o mais conhecido o AI-5 — os presidentes detinham poderes autocráticos e promoviam perseguições, sequestros, tortura, assassinatos e até mesmo o desaparecimento de cadáveres.
Outro fator relevante que ocorreu na Ditadura Militar foi o bipartidarismo, fruto do AI-2 que determinava o fechamento de todos os partidos que surgiram durante a Quarta República.
O fim da Ditadura ocorreu em 1985 devido a pressões que reivindicavam a abertura democrática do País.
Outros temas que também caem sobre o período é a República Liberal Democrática (1946-1964) e a Nova República (1985-Dias atuais)
2. Brasil Império
Segundo Reinado (1840-1889)
Com o Brasil vivendo uma grande desestabilidade devido à disputa entre liberais e conservadores no período regencial, ocorreu em 1940, o Golpe da Maioridade, e por consequência, Pedro II foi nomeado o imperador do Brasil.
Nesse cenário, tendo como principal produto de exportação o café, o Brasil, apesar do rompimento político, ainda mantinha relações de dependência econômica com Portugal.
Além disso, com o alto índice de desemprego no continente europeu, que se dava como reflexo da Segunda Revolução Industrial e das Revoluções liberais, o Brasil, que adquire uma estabilidade política e busca mão de obra externa, tornou-se um bom destino para esses imigrantes.
As outras fases desse momento que também caem são o Primeiro Reinado (1822-1831) e o Período Regencial (1831-1840).
Leia também o texto: o que eu preciso saber sobre segundo reinado.
3. Mundo Contemporâneo NEO
Primeira Guerra Mundial
Composto por dois blocos — A Tríplice Aliança com a Alemanha, Áustria e Itália / A Tríplice Entente com a França, Inglaterra e Rússia — a guerra ocorreu entre 1914 e 1918 e trouxe como consequência a morte de mais de 10 milhões de militares e civis.
Em resumo, as causas da Primeira Guerra Mundial são diversas. O seu final ocorreu em 1918 com a derrota da Tríplice Aliança e tendo o tratado de Versalhes — que incumbia a Alemanha a pagar indenização aos estados vencedores — assinado em 1919.
Segunda Guerra Mundial
Ocorrida entre 1939 a 1945, a Segunda Guerra Mundial trouxe ao mundo diversas consequências como:
- milhões de mortos;
- intensa produção, desenvolvimento e utilização de armas químicas e biológicas;
- expansionismo nazista.
Os antagonistas dessa guerra foram os Aliados e o Eixo. Respectivamente de um lado os EUA, Inglaterra, França e União Soviética. Do outro, a Alemanha, Itália e o Japão.
A Segunda Guerra Mundial apresenta muitos detalhes, e por isso preparamos esse resumo exclusivo para você estudar e se preparar para o Enem!
Além das guerras mundiais, este assunto engloba um dos períodos históricos com a maior quantidade de tópicos estudados, pois aborda desde a Revolução Francesa, de 1789, até os dias atuais, passando pelas Guerras Napoleônicas, Revoluções Burguesas do XIX, formação do socialismo, construção do imperialismo e do neocolonialismo europeu, história dos Estados Unidos, ascensão do nazifascismo, Revoluções e Ditaduras na América, revoluções industriais, movimentos de independência, Guerra Fria e o mundo pós União Soviética.
4. Brasil Colonial
Por mais de 3 séculos o Brasil foi colonizado por Portugal, com uma complexa convivência entre diversos grupos étnicos africanos, nativo-americanos e portugueses.
Essa relação entre os grupos diante de um modelo administrativo e econômico colonial dominado pela coroa portuguesa e pela forte presença jesuítica tem recebido grande atenção do Enem.
5. Mundo medieval
A Idade Média europeia também tem aparecido com certa frequência no Enem, principalmente com questões sobre o período da “Baixa Idade Média”, abordando a consolidação da Igreja Católica como importante instrumento de organização dessa sociedade e a formação das cidades e do comércio nesse período.
Outros assuntos que podem ser cobrados em História no Enem incluem:
Grécia antiga e Roma — Principais filósofos, expressões artísticas, república e império romano;
Idade Média — Características da sociedade feudal, passagem do Império Romano pro feudalismo; transformação do feudalismo pro capitalismo;
Grandes Navegações — Causas que levaram à expansão marítima, países protagonistas, colonização espanhola e atividades econômicas, processo de independência das colônias e suas consequências; imperialismo na África;
Revolução Industrial — Causas e impacto social, passagem do modo de produção artesanal pro industrial; etapas da Revolução Industrial;
Primeira e Segunda Guerra Mundial — Principais motivos, ideologias e movimentos políticos (fascismo, comunismo, nazismo, anarquismo, socialismo) e consequências (holocausto);
Revoluções socialistas — Bolchevique, Cubana e Chinesa;
Guerra Fria.
Quais as principais características das provas de história no Enem?
Por se tratar de uma matéria bastante complexa, que envolve diferentes ciências humanas, a prova desafia a sua capacidade de análise e interpretação.
Não estamos falando só de saber entender a questão e responder, você também precisará analisar mapas, ilustrações e gráficos.
Quanto mais conhecimento você tiver sobre os assuntos, melhores as chances de se dar bem. Isso porque o tempo que você terá pra responder cada questão é de cerca de 3 minutos. Sendo assim, também é importante se preparar pra lidar com a pressão.
Por isso, é muito mais produtivo você estudar todos os dias um pouco os assuntos que mais caem no Enem, do que deixar tudo pras vésperas da prova, não é mesmo? Então, pega leve no celular e organize seu tempo, combinado?
Confira o Gabarito Enem 2024!
Veja também o vídeo do nosso canal sobre temas que caem no Enem
Exercícios
Questão 1
(ENEM – 2021) Desde o século XII que a cristandade ocidental era agitada pelo desafio lançado pela cultura profana – a dos romances de cavalaria, mas também a cultura folclórica dos camponeses e igualmente a dos citadinos, de caráter mais jurídico – à cultura eclesiástica, cujo veículo era o latim.
Francisco de Assis veio alterar a situação, propondo aos seus ouvintes uma mensagem acessível a todos e, simultaneamente, enobrecendo a língua vulgar através do seu uso na religião.
VAUCHEZ, A. A espiritualidade da Idade Média Ocidental, séc. VIII-XIII. Lisboa: Estampa, 1995.
O comportamento desse religioso demonstra uma preocupação com as características assumidas pela Igreja e com as desigualdades sociais compartilhada no seu tempo pelos (as):
a) senhores feudais.
b) movimentos heréticos.
c) integrantes das Cruzadas.
d) corporações de ofícios.
e) universidades feudais.
Questão 2
(Enem 2011) Embora o Brasil seja signatário de convenções e tratados internacionais contra a tortura e tenha incorporado em seu ordenamento jurídico uma lei tipificando o crime, ele continua a ocorrer em larga vigente desde 1997, até o ano 2000 não se conhece nenhum caso de condenação de torturadores julgado em última instância, embora tenham sido registrados nesse período centenas de casos, além de numerosos outros presumíveis, mas não registrados.
Disponível em: http://www.dhnet.org.br. Acesso em: 16 jun. 2010 (adaptado).
O texto destaca a questão da tortura no país, apontando que:
- A justiça brasileira, por meio de tratados e leis, tem conseguido inibir e, inclusive, extinguir a prática da tortura.
- A existência da lei não basta como garantia de justiça para as vítimas e testemunhas dos casos de tortura.
- As denúncias anônimas dificultam a ação da justiça, impedindo que torturadores sejam reconhecidos e identificados pelo crime cometido.
- A falta de registro da tortura por parte das autoridades policiais, em razão do desconhecimento da tortura como crime, legitima a impunidade.
- A justiça tem esbarrado na precária existência de jurisprudência a respeito da tortura, o que a impede de atuar nesses casos.
Gabarito
- C
- 2
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