Ainda tem dúvidas sobre ambiguidade e polissemia? Vem dar uma olhada nessas quatro tirinhas para ficar por dentro de tudo!
1. Sobre trocar as roupas
No quadrinho acima, verificamos a polissemia do verbo “trocar”. Pelo fato do verbo ter a representação semântica de mudança de uma coisa por outra, mantem-se o mesmo contexto sobre trocar as próprias roupas íntimas ou, por se tratar de uma loja, trocar as peças compradas pelos clientes por outras de escolha dos mesmos. Uma vez que ocorre o mesmo sentido semântico do verbo “trocar”, ocorre a polissemia, os vários significados atribuídos a uma mesma palavra.
2. Sobre recheio de pastéis
A ambiguidade na tirinha acima ocorre por conta da preposição de, em “pastel de…”. A ideia semântica da preposição é indicar o material com o qual é feito o pastel, como em “pastel de carne” ou “pastel de queijo”. Ao receber o pastel com o recheio de uma nota de um Real, foge-se ao campo semântico. Não é o que se espera, por isso, dizemos que o vendedor compreendeu de forma ambígua o pedido do cliente.
3. Sobre alianças e circulação
Na tirinha acima, quando o General Dureza reclama que a aliança não sai do dedo, a Srta. Tetê pergunta se ele não tem medo que isso prejudique sua circulação (sanguínea). Pelo fato de “circulação” indicar movimento, Sargento Dureza responde que sua circulação foi interrompida quando se casou, ou seja, seus bordejos, suas voltas, seus passeios e diversão. Como nas duas situações a palavra “circulação” indica movimento, dizemos que houve polissemia.
4. Sobre a porca
Ao consertar o caminhão, o pai pede ao filho que, para finalizar, precisa que busque uma porca (peça que fixa o parafuso). Pelo fato de o menino interpretar a palavra como indicando o animal, suíno, dizemos que houve ambiguidade, uma vez que não há relação lógica entre os dois termos.
Agora ficou molezinha, certo? Quando existe relação entre as interpretações de um mesmo termo, ocorre polissemia. Quando a interpretação é distinta do que foi pretendido enunciar, ocorre ambiguidade. 😉