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4 filmes para entender os tipos de prosa no romantismo

Quer saber mais sobre a prosa do romantismo? Esta lista vai te ajudar a chegar a sua nota 10 em literatura!

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Temos quatro tipos de romances no movimento: o indianista, histórico, regional e urbano e era comum que os escritores da prosa do período caminhassem entre os vários tipos.

 

1. Romance Indianista

Dança com Lobos

4 filmes para entender os tipos de prosa no romantismo

Dança com Lobos, de Kevin Costner – 1990

Sinopse: Durante a Guerra Civil, um jovem soldado (Kevin Costner) pratica um ato ousado, é considerado herói e vai servir por sua escolha em um lugar com forte predominância do povo Sioux. Com o tempo, ele assimila os costumes dos nativos, acontecendo uma aculturação às avessas.

O romance indianista traz à tona a vida, cultura, crença e costumes indígenas. O índio surge como herói, representando o Brasil e os brasileiros, sendo corajoso, heroico, forte, idealizado. Há uma valorização da natureza e o espaço onde ocorre a narrativa remete ao natural, à paisagem brasileira.

 

2. Romance Histórico

Desmundo

4 filmes para entender os tipos de prosa no romantismo

Desmundo, de Alain Fresnot – 2016

Sinopse: Brasil, por volta de 1570. Chegam ao país algumas órfãs, enviadas pela rainha de Portugal, com o objetivo de desposarem os primeiros colonizadores. Uma delas, Oribela (Simone Spoladore), é uma jovem sensível e religiosa que, após ofender de forma bem grosseira Afonso Soares D’Aragão (Cacá Rosset) se vê obrigada a casar com Francisco de Albuquerque (Osmar Prado), que a leva para seu engenho de açúcar. Oribela pede a Francisco que lhe dê algum tempo, para ela se acostumar com ele e cumprir com suas “obrigações”, mas paciência é algo que seu marido não tem e ele praticamente a violenta. Sentindo-se infeliz, ela tenta fugir, pois quer pegar um navio e voltar a Portugal, mas acaba sendo recapturada por Francisco. Como castigo, Oribela fica acorrentada em um pequeno galpão. Deprimida por estar sozinha e ferida, pois seus pés ficaram muito machucados, ela passa os dias chorando e só tem contato com uma índia, que lhe leva comida e a ajuda na recuperação, envolvendo seus pés com plantas medicinais. Quando ela sai do seu cativeiro, continua determinada a fugir, até que numa noite ela se disfarça de homem e segue para a vila, pedindo ajuda a Ximeno Dias (Caco Ciocler), um português que também morava na região.

Como o português dito pelos personagens no filme é arcaico, da época em que os acontecimentos mostrados ocorrem, o filme possui legendas em português atual.

Assim como o Romance Histórico, o filme mencionado acima traz o retrato de costumes de uma época passada, sendo um relato que muitas vezes mistura ficção e realidade.

 

3. Romance Urbano

Borat

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Borat, de Larry Charles – 2007

Sinopse: O hilário Sacha Baron Cohen traz para o cinema seu personagem Borat: um bizarro jornalista do Cazaquistão com um humor irreverente, escrachado e explosivo. Borat abandona sua terra natal numa viagem à América para fazer um documentário. Em seu percurso por todo o país, Borat encontra pessoas normais em situações reais, mas com consequências inimagináveis. Seu ponto de vista e comportamento gera fortes reações de todas as partes, expondo os preconceitos e hipocrisia do modelo de vida americana. Situações cômicas e constrangedoras fazem desse filme uma experiência única.

Assim como os romances urbanos, o filme funciona como uma crítica aos costumes, mostrando a sociedade e os interesses desta em uma determinada época. Os heróis e heroínas deste tipo de romance faziam ou não parte desta alta sociedade e tinham que superar várias barreiras para a felicidade e a realização do amor e do casamento (que redimia as personagens de todo o mal e imoralidade que elas pudessem ter), tal como nos outros tipos de romances românticos.

 

4. Romance Regionalista

Eu Tu Eles

4 filmes para entender os tipos de prosa no romantismo

Eu Tu Eles, de Andrucha Waddington

Darlene (Regina Casé), grávida e solteira, vai embora da sua região e retorna três anos depois ao trabalho pesado dos canaviais do nordeste brasileiro com Dimas, seu filho. Logo que Osias (Lima Duarte), um homem mais velho e orgulhoso de sua casa ter sido construída por ele, lhe propõe casamento, Darlene aceita. Ele se aposenta, enquanto ela continua trabalhando duro nos canaviais e em poucos anos nasce um segundo filho, muito mais escuro que Osias. Então ele leva Zezinho (Stênio Garcia), seu primo, que é quase de sua idade, além de ser um bom cozinheiro, para morar com ele. Darlene fica feliz com a chegada de Zezinho e logo nasce outra criança, esta, bastante parecida com Zezinho. Pouco tempo depois, Darlene convida Ciro (Luiz Carlos Vasconcelos), que trabalha com ela nos canaviais e não tem onde dormir, para jantar. Zezinho é contra, mas Osias diz que a casa é dele e que o recém-chegado é bem-vindo e pode dormir lá. Ciro acaba morando lá, mas a chegada de outro filho, desta vez parecido com Ciro, obriga Osias a tomar uma decisão.

Os romances regionalistas são passados em ambiente rural, mostrando costumes, valores e cultura típica de uma região. Este tipo de romance trazia uma maior conhecimento do Brasil sobre si próprio, uma vez que voltava seu olhar para regiões diferentes do Brasil, trazendo à tona sua diversidade.

Neste cenário rural, há um herói do campo, sertanejo, alguém que pertence à sua terra e é o retrato dessa. É bravo e honrado, preza a moral e os costumes de seu ambiente, colocando-se contrário às liberdades da cidade e dos homens de lá. É importante ressaltar que não há tensão social no romance romântico regionalista, sendo este apenas um retrato regional de costumes, sem críticas.

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