Regência nominal não precisa ser difícil! Aprenda seus três tipos com esta lista que vai salvar a nota da sua prova de português!
Assim como alguns verbos necessitam de complementos para terem sentido completo, o mesmo acontece com alguns nomes. Os nomes que precisam desse complemento são chamados de regentes e os respectivos complementos, de regidos. Cabe ressaltar o que ficou nas entrelinhas aí em cima: os termos regidos são os nossos conhecidos complementos nominais, muito confundidos com os objetos indiretos porque também necessitam de preposição. Exemplo: Eu necessito de um copo de água. (olhando para a palavra anterior à preposição, identificamos o verbo “necessitar”. Sendo assim, “de um copo de água” é objeto indireto). Agora veja: Eu sinto necessidade de um copo de água. (o verbo da oração é “sentir”. A palavra que vem antes da preposição é “necessidade”, que é substantivo. Logo, o que vem depois de “necessidade” é complemento nominal. Entenda melhor, dando uma olhada aqui embaixo.
1. Substantivos
Medo da Chuva – Raul Seixas
“[…]
É Pena que você pense
Que eu sou seu escravo
Dizendo que eu sou seu marido
E não posso partir
Como as pedras imóveis na praia
Eu fico ao seu lado sem saber
Dos amores que a vida me trouxe
E eu não pude viver
Eu perdi o meu medo
O meu medo, o meu medo da chuva
Pois a chuva voltando pra terra
Traz coisas do ar
[…]”
Repare que a palavra medo é um substantivo que necessita de complemento. Imagine se alguém fala para você: “Eu perdi o meu medo!” Automaticamente, você vai perguntar: “Medo de quê, seu doido?” Não faz sentido parar a frase nessa palavra. O substantivo “medo” precisa ser completado e vai ter de ser completado com algo que comece com preposição de, pois quem tem medo, tem medo de alguma coisa: medo de escuro, medo de assombração, medo de cachorro, medo da chuva…
2. Adjetivos
Ainda bem – Marisa Monte
“Ainda bem
Que agora encontrei você
Eu realmente não sei
O que eu fiz pra merecer
Você
Porque ninguém
Dava nada por mim
Quem dava eu não tava afim
Até desacreditei
De mim
O meu coração
Já estava acostumado
Com a solidão quem diria
Que ao meu lado você iria ficar…”
O que acontece na letra da música acima é praticamente o mesmo que acontece com o número 1 desta lista: “O meu coração já estava acostumado…”
Acostumado com o que, Marisa? “…com a solidão”. Ah, tá! Agora, sim!
A única diferença é que o nome que precisa ser completado, agora, é um adjetivo. Basta reparar que o verbo “estava” é um verbo de ligação entre o sujeito “O meu coração” e o predicativo do sujeito “acostumado”. Mais mole que isso, só pudim de leite condensado!!!!
3. Advérbios
Aonde quer que eu vá – Paralamas do Sucesso
“[…]
Aonde quer que eu vá
Levo você no olhar
Aonde quer que eu vá
Aonde quer que eu vá
Longe daqui
Longe de tudo
Meus sonhos vão te buscar
Volta pra mim
Vem pro meu mundo
Eu sempre vou te esperar
[…]”
Continuamos na mesma ideia de nomes que precisam de complemento, porém, desta vez, temos “Longe”, um advérbio. Mantendo o padrão das explicações acima, imagine se eu digo, sem mais nem menos: “Estou longe” ou “Estou perto”. Com certeza, vou ouvir a pergunta: “Longe de onde?” ou “Perto de quê?” É necessário complementar o advérbio com um termo preposicionado: “Longe de casa”, “Perto da praia”!