Você sabe como surgiu o feudalismo?
Descubra como surgiu o feudalismo com este resumo que vai tirar todas as suas dúvidas para a aula de história!
Para saber o que foi o feudalismo, é preciso entender como se deu processo de transição da Idade Antiga para a Idade Média, desde a consolidação e queda do Império Romano do Ocidente. Veja no resumo abaixo como isso ocorreu!
O Império Romano
Em 27 a.C, Otávio Augusto se tornou imperador do Roma, dando início ao Império Romano, que teve seu fim apenas em 476 d.C. A nomenclatura império deveu-se a grande extensão territorial alcançada por Roma durante esse período. O Império Romano se estendia da Península Ibérica à Mesopotâmia, contornando grande parte do Mar Negro e todo o Mar Mediterrâneo.
Mapa do expansionismo romano
Cristianismo
O cristianismo surgiu no Império Romano
O nascimento de Jesus Cristo ocorreu durante o Império Romano, na atual região da Palestina, dando origem ao cristianismo, segunda grande religião monoteísta. No entanto, a relação de Roma com os cristãos nem sempre foi amigável. Os cristãos sofreram uma série de perseguições por não crerem nos deuses romanos e nem cultuarem o imperador.
Com a expansão do cristianismo, o imperador Constantino, em 313 d.C, concedeu a liberdade de culto aos cristãos, a partir do Édito de Milão. Porém, o cristianismo só veio a se tornar religião oficial do Império Romano quase 80 anos depois, com o imperador Teodósio.
Crise e queda de Roma
Diversos povos germânicos invadiram Roma, como os hunos.
A partir do século III, o Império Romano passou por intensas crises, inclusive econômicas, devido aos altos gastos para manter suas fronteiras protegidas, além de invasões de povos bárbaros, principalmente os germânicos, que ajudaram a desestabilizar o Império.
Houve diversas tentativas de solucionar as crises, como a mudança da capital do Império para Bizâncio (futura Constantinopla e atual Istambul), por Constantino, e a divisão do território em duas partes: Império Romano do Ocidente, com capital em Roma, e Império Romano do Oriente, com capital em Constantinopla, visando melhorar a administração.
No entanto, em meio às invasões de povos bárbaros ao Império Romano do Ocidente, houve um intenso processo de ruralização visando fugir e se proteger dessas invasões. Tal fato culminou na queda de Roma, em 476, marcando o fim da Idade Antiga e o início da Idade Média.
A Idade Média e feudalismo
Representação de um feudo: em primeiro plano, servos trabalhando na agricultura, e ao fundo um castelo feudal e uma Igreja Católica.
A Idade Média começou a se estruturar com a queda de Roma, quando começou a se desenvolver uma nova estrutura social, política e econômica, caracterizada por uma sociedade rural, descentralizada e estamental. A Idade Média durou mais de 1000 anos e pode ser dividida em Alta Idade Média, Idade Média Central e Baixa Idade Média.
Durante a Idade Média Central, se consolidou o que ficou conhecido como o feudalismo, que se estruturou na Europa Ocidental conciliando elementos romanos e germânicos, como o teocentrismo, baseado na grande influência ideológica da Igreja Católica Apostólica e na descentralização política.
No feudalismo, as relações políticas entre nobres eram baseadas no princípios da suserania e da vassalagem, no qual um nobre doava terras (suserano) a outro nobre (vassalo) em troca de proteção. Apesar da existência da figura do rei, seus poderes eram limitados.
A economia feudal também ocorria de forma descentralizada, dentro de estruturas chamadas feudos. Os feudos se baseavam na atividade agrícola, realizada pelos servos, e no geral eram autossuficientes, ou seja, produziam os principais produtos necessários à sobrevivência de seus habitantes.
A sociedade feudal se caracterizou por uma estrutura estamental. Os estamentos eram divididos entre os que guerreavam (nobreza), os que rezavam (clero) e os que trabalhavam (servos). A mobilidade social era quase inexistente.
EXERCÍCIOS
1.
A figura apresentada é de um mosaico, produzido por volta do ano 300 d.C., encontrado na cidade de Lod, atual Estado de Israel. Nela, encontram-se elementos que representam uma característica política dos romanos no período, indicada em:
a) Cruzadismo – conquista da terra santa.
b) Patriotismo – exaltação da cultura local.
c) Helenismo – apropriação da estética grega.
d) Imperialismo – selvageria dos povos dominados.
e) Expansionismo – diversidade dos territórios conquistados.
2. Preparando seu livro sobre o imperador Adriano, Marguerite Yourcenar encontrou numa carta de Flaubert esta frase: “Quando os deuses tinham deixado de existir e o Cristo ainda não viera, houve um momento único na história, entre Cícero e Marco Aurélio, em que o homem ficou sozinho”. Os deuses pagãos nunca deixaram de existir, mesmo com o triunfo cristão, e Roma não era o mundo, mas no breve momento de solidão flagrado por Flaubert o homem ocidental se viu livre da metafísica – e não gostou, claro. Quem quer ficar sozinho num mundo que não domina e mal compreende, sem o apoio e o consolo de uma teologia, qualquer teologia?
(Luiz Fernando Veríssimo. Banquete com os deuses)
A compreensão do mundo por meio da religião é uma disposição que traduz o pensamento medieval, cujo pressuposto é
a) o antropocentrismo: a valorização do homem como centro do Universo e a crença no caráter divino da natureza humana.
b) a escolástica: a busca da salvação através do conhecimento da filosofia clássica e da assimilação do paganismo.
c) o panteísmo: a defesa da convivência harmônica de fé e razão, uma vez que o Universo, infinito, é parte da substância divina.
d) o positivismo: submissão do homem aos dogmas instituídos pela Igreja e não questionamento das leis divinas.
e) o teocentrismo: concepção predominante na produção intelectual e artística medieval, que considera Deus o centro do Universo.
GABARITO
1. E
2. E