As atividades mineradores têm criado conflitos com extrativistas, quilombolas, pequenos agricultores, ribeirinhos, pescadores artesanais e povos indígenas. Em geral, estes sujeitos têm encontrado grande dificuldade de reproduzi suas dinâmicas territoriais depois da instalação da atividade mineradora , nem sempre com reconhecimento do impacto ao seu território pelo Estado e pela empresa, ficando sem qualquer tipo de compensação econômica. Em outros casos, nem a compensação econômica tem sido capaz de evitar esgarçamento das relações sociais destes grupos que sofrem com a reconstrução abrupta das suas identidades e de suas dinâmicas territoriais.
PALHETA, J. M. et al. Conflitos pelo uso do território na Amazônica mineral. Mercator, n. 16. 2017.
O texto ressalta os conflitos pelo uso da terra na Amazônia, especialmente a partir da mineração. Destaca também como alguns grupos enfrentam mais dificuldades em reproduzir suas dinâmicas territoriais em outros lugares após a remoção. Isso ocorre devido ao rompimento com os vínculos locais, isto é, sobre os conhecimentos sobre aquela terra.