Questão 32 da prova azul do primeiro dia do Enem 2020

Chiquito tinha quase trinta quando conheceu Mariana num baile de casamento na Forquilha, onde moravam uns parentes dele. Por lá foi ficando, remanchando. Fez mal à moça, como costumavam dizer, tiveram de casar às pressas. Morou uns tempos com o sogro, descombinaram. Foi só conta de colher o milho e vender. Mudou pra casa do velho Chico Lourenço [seu pai]. Fumaça própria só viu subir um par de anos depois, quando o pai repartiu as terras. De tão parecidos, pai e filho nunca combinaram direito. Cada qual mais topetudo, muitas vezes dona Aparecida ouvia o marido reclamar da natureza forte do filho. Ela escutava com paciência e respondia dum jeito sempre igual:

– “Quem herda, não rouba”.

Vinha um brilho nos olhos, o velho se acalmava.

ROMANO, O. Casos de Minas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.

Os ditados populares são frases de sabedoria criadas pelo povo, utilizadas em várias situações da vida. Nesse texto, a personagem emprega um ditado popular com a intenção de

  1. criticar a natureza forte do filho.
  2. justificar o gênio difícil de Chiquito.
  3. legitimar o direito do filho à herança.
  4. conter o ânimo violento de Chico Lourenço.
  5. condenar a agressividade do marido contra o filho.

Gabarito da questão

Opção B

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21 08 14

Comentário da questão

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Como afirmado pelo narrador, pai e filho apresentavam comportamentos muito similares (“De tão parecidos, pai e filho combinaram direito”), o que é confirmado pela personagem dona Aparecida com o ditado “Quem herda, não rouba”, que ratifica o fato de o filho ter herdado características do pai.

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