No caso do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, a ênfase está posta no traçado de uma estratégia geral de desarticulação, não só dos inimigos reais como dos potenciais, inserida na concepção preventiva que supõe que a mínima dissidência é um sinal de perigo e de guerra futura. Deve-se ter capacidade para responder a uma guerra convencional tanto quanto para enfrentar um inimigo difuso, atentando simultaneamente para todas as áreas geográficas do planeta. Trata-se, sem dúvida, da estratégia com pretensões mais abrangentes que se desenvolveu até agora
CECEÑA, A. E. Hegemonias e emancipações no século XXI.
Buenos Aires: Clacso, 2005 (adaptado).
O texto aborda a questão da organização em rede como um elemento de complexidade na formulação de estratégias geopolíticas de um Estado. Um excelente exemplo disso é a abordagem de enfrentamento ao terrorismo adotado pela Doutrina Bush no início do século XXI. É necessário combater o inimigo de forma convencional atacando sítios militares ao mesmo tempo que é necessário enfrentar sua capacidade de organização em rede, espalhado por diversos países utilizando as tecnologias para atuar de forma desconcentrada. Essas organizações em rede complexificam a geopolítica, estabelecendo inimigos diretos e inimigos possíveis, demandando políticas específicas para as relações internacionais.