Questão 115 da prova azul do segundo dia do Enem 2016

O nome do inseto pirilampo (vaga-lume) tem uma interessante certidão de nascimento. De repente, no fim do século XVII, os poetas de Lisboa repararam que não podiam cantar o inseto luminoso, apesar de ele ser um manancial de metáforas, pois possuía um nome “indecoroso” que não podia ser “usado em papéis sérios”: caga-lume. Foi então que o dicionarista Raphael Bluteau inventou a nova palavra, pirilampo, a partir do grego pyr, significando “fogo”, e lampas, “candeia”.

FERREIRA, M. B. Caminhos do português: exposição comemorativa do Ano Europeu das Linguas. Portugal: Biblioteca Nacional, 2001 (adaptado).

O texto descreve a mudança ocorrida na nomeação do inseto, por questões de tabu linguístico. Esse tabu diz respeito à

  1. recuperação histórica do significado.
  2. ampliação do sentido de uma palavra.
  3. produção imprópria de poetas portugueses.
  4. denominação científica com base em termos gregos.
  5. restrição ao uso de um vocábulo pouco aceito socialmente.

Comentário da questão

A palavra “caga-lume” originalmente surgida ficou vista como um termo inapropriado, pois alude a um contexto escatológico. Dessa forma, a solução encontrada pelos poetas foi modificar a nomenclatura para que a imagem do inseto pudesse ser utilizada em suas obras.

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Gabarito da questão

Opção E

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Assunto

Variação Linguística