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Globalização: conceito

Nesse módulo, o Claudio Hansen fala tudo sobre globalização e neoliberalismo.Confira!

Transporte e comunicação e agentes da globalização

Contradições do processo de globalização

Crise do Estado e o Neoliberalismo

Neoliberalismo e os trabalhadores

Estado mínimo e controle empresarial

Globalização

A globalização, ou mundialização, é um processo em que os fenômenos (economia, política, cultura, questão ambiental) passam a ocorrer em uma escala global. Do ponto de vista histórico, essa globalização inicia-se com as Grandes Navegações. Do ponto de vista geográfico, a intensificação desse processo é mais atual e ocorre após a dissolução da União Soviética e o fim da Guerra Fria. A globalização é um processo bem amplo, todavia, sua vertente econômica é a mais destacada e cobrada nos vestibulares. Assim, é necessário se aprofundar um pouco mais nesse contexto.

Durante a década de 1980, o modelo de crescimento adotado pela União Soviética já mostrava seu esgotamento. O fim da Guerra Fria e deste contexto de Velha Ordem Mundial já era observado no horizonte próximo. Assim, inicia-se o estabelecimento das bases da Nova Ordem Mundial, na qual todos os países seguiriam a mesma lógica econômica, o Neoliberalismo. Logo é fundamental estudar globalização e neoliberalismo de forma associada.

 

Neoliberalismo e sua relação com o Estado

O Neoliberalismo é uma doutrina econômica que resgata os ideais liberais, mas altera o papel do Estado. Aqui ele tem uma função mínima de adotar políticas de desregulamentação da economia, privatizações, flexibilização de leis trabalhistas. Por isso ele é denominado Estado Mínimo. O Neoliberalismo é fundamental para o processo de globalização e vice-versa.

Margareth Thatcher (Reino Unido) e Ronald Reagan (EUA), surgem como símbolos da adoção dessa nova política econômica de Estado, embora a experiência neoliberal tenha começado, de fato, no Chile, durante as reformas ditatoriais de Augusto Pinochet.

 

  

Neoliberalismo x Keynesianismo

A crítica do Neoliberalismo ao sistema Keynesiano é a de que o “Estado forte” é muito custoso economicamente e limita assim as ações comerciais, prejudicando a chamada “liberdade econômica”. Além disso, o aumento dos salários e o fortalecimento dos sindicatos são vistos como ameaças à economia, pois podem aumentar os custos com mão de obra e elevar os índices de inflação. Neste sentido, os neoliberais defendem a desregulamentação da força de trabalho, com a diminuição da renda e a flexibilização do processo produtivo.

Por outro lado, a corrente econômica que defende a forte atuação do Estado na economia crítica o Neoliberalismo pelo aumento da desigualdade, precariedade trabalhista, redução da soberania nacional e a mercantilização de tudo.

 

 

Consenso de Washington

Para conseguir espalhar essa política econômica pela América Latina, principal área de influência dos Estados Unidos, foi criado o Consenso de Washington, que funcionava basicamente como uma receita de bolo para os países adotarem o Neoliberalismo. Algumas das recomendações econômicas são: disciplina fiscal; redução de gastos públicos; reforma tributária; juros de mercado; câmbio de mercado; abertura comercial; eliminação de restrições aos investimentos estrangeiros; privatização das estatais; e desregulamentação das leis econômicas e trabalhistas.

 

 

Formação de blocos econômicos

Os blocos econômicos correspondem a associações regionais com objetivo de facilitar e incentivar o livre comércio entre os países, derrubando ou reduzindo as barreiras econômicas. A formação desses blocos se intensifica no contexto da globalização e do neoliberalismo.

A partir de diferentes medidas, como a redução de tarifas, impostos ou exigências alfandegárias, é possível aumentar a fluidez de capitais, bens e pessoas entre os países membros. Nem todos os blocos são iguais e existem diferentes níveis de integração. Do mais simples ao mais complexo, sempre incorporando a característica do anterior, é possível classificá-los como:

  • Zona de Livre Comércio: busca facilitar a livre circulação de mercadorias e capitais dentro dos limites do bloco, estabelecendo uma tarifa interna comum (TIC). O Nafta, atualmente denominado UMSCA, é um grande exemplo.
  • União Aduaneira: Além da existência da TIC, é definida uma tarifa externa comum (TEC). Além de facilitar a livre circulação de mercadorias entre os países membros, busca definir tarifas únicas para negociar com outros países. O que possibilita esse tipo de bloco negociar com outros países ou outros blocos, buscando vantagens econômicas. O Mercosul é um exemplo.
  • Mercado Comum: possui todas as características dos blocos anteriores, porém apresenta uma integração mais ambiciosa, buscando-se uma padronização da legislação econômica, fiscal e trabalhista. O objetivo é a livre circulação de capitais, serviços e pessoas.
  • União Monetária e Política: é o maior nível de integração dos blocos. Além de possuir uma moeda única e consequentemente a criação de um Banco Central, busca também uma unificação legislativa profunda, superando os limites dos Estados. O único exemplo é a União Europeia e o tão famoso Banco Central Europeu, bem como o Parlamento Europeu.