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Geopolítica Pós-Guerra Fria

O final da Guerra Fria, um momento de grande tensão da história da humanidade, vai possibilitar grandes mudanças na geopolítica mundial. A queda soviética é acompanhada do ressurgimento do protagonismo de alguns países europeus, do Japão e, posteriormente, da China, além de outros atores como empresas e a própria população, demarcando uma nova fase geopolítica, da multipolaridade.

Queda da produção de armas americanas

Doutrina Bush

O Conselho de Segurança da ONU

Manifestações populares

Refugiados e a desigualdade no mundo

Introdução

Durante a Guerra Fria, a maioria dos conflitos na área de geopolítica seguia a lógica da bipolaridade, ou seja, geralmente envolvia os EUA (Estados Unidos da América) ou a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). Após a queda do Muro de Berlin e o colapso da URSS, a humanidade presenciou uma mudança nas dinâmicas da geopolítica mundial. Com a Nova Ordem Mundial marcada pela multipolaridade econômica as tensões geopolíticas passaram a envolver diversos Estados Nações, como, Rússia, China, Irã, Israel, Índia, Arábia Saudita e os Estados Unidos.

 

Queda da produção de armas americanas

Uma das consequências do fim da Guerra Fria para os Estados Unidos foi o questionamento sobre sua política armamentista no contexto da corrida bélica durante a Guerra Fria. Agora, sem um inimigo em comum, esses enormes gastos militares pelos Estados Unidos passavam a ser contestados internamente. Com isso, na primeira metade da década de 1990 observou-se uma queda dos gastos norte-americanos. Os Estados Unidos com o fim da Guerra Fria passaram a ser a única superpotência militar e com isso começaram a reorganizar suas forças armadas.

 

Doutrina Bush

Todos os conflitos precisam de alguma justificava, mesmo que ela seja artificialmente criada. Até o final da década de 1980 vivia-se um contexto de Guerra Fria. O grande inimigo dos países nesse momento eram aqueles contrários a ideologia dominante, seja ela capitalista ou socialista.

Com o fim da Guerra Fria os Estados Unidos e parte do mundo ficaram de certa forma sem um inimigo evidente, parecia que os conflitos iriam diminuir. Todavia, o atentado terrorista provocado pela al-Qaeda no dia 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos, mudou isso. O terrorismo passou a ser o novo inimigo que deveria ser enfrentado a partir de ataques preventivos, concepção que ficou conhecida como Doutrina Bush. Essa reorientação geopolítica do final do século XX para o XXI significou um conjunto de transformações no Oriente Médio resultando em diversas guerras ainda em andamento.

 

O Conselho de Segurança da ONU

A Organização das Nações Unidas, criada em 1945, com o objetivo de garantir a paz mundial. A Assembleia Geral e o Conselho de Segurança são os dois principais órgãos da ONU. O primeiro órgão é deliberativo e participa a maioria dos países. O segundo possui poder decisório, isto é, todos os membros das Nações Unidas devem aceitar e cumprir as decisões do Conselho. É composto por 15 membros, 5 permanentes (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China) que possuem poder de veto e 10 membros rotativos. Além disso, existe a ACNUR – Organização que cuida dos refugiados. Eles estabelecem o título de refugiado para as pessoas em países em situação de conflito, operam e organizam campos de refugiados e negociam com os países a entrada e abrigo da população que foge do conflito. As crises de refugiados são um tema muito atual, que representa uma contradição da globalização.

 

Refugiados e a desigualdade no mundo

Os refugiados são um tipo de migrantes que são forçados a se deslocar, em que o migrante deixa seu país fugindo de guerras e de perseguições (política, econômica, étnica, religiosa). É um pouco diferente daquele migrante econômico, que busca melhores empregos, salários e condição de vida. A questão principal é saber se a pessoa está sendo empurrada (refugiado) para fora de seu país ou se está sendo atraída (migrante econômico) por outro país. A Convenção de Genebra de 1951, realizada pela ONU, define internacionalmente a questão dos refugiados a partir do estabelecimento de direitos, como não serem enviados de volta aos países de origem.

A Guerra da Síria é, hoje, a principal origem desses refugiados, que migram, em sua grande maioria, para países vizinhos, como Turquia, Jordânia e Iraque. Soma-se a esses aqueles deslocados por diferentes crises na África Subsaariana, como os caso do Sudão do Sul, República Democrática do Congo, Eritréia e Burundi.

 

 

Disponível em: https://www.acnur.org/portugues/dados-sobre-refugio/

 

Manifestações populares

Nos últimos anos observou-se um significativo crescimento da capacidade de articulação da população em prol de interesses comuns culminando em diversas manifestações populares. Nesse contexto as redes sociais foram fundamentais para a organização dessas insatisfações gerais, bem como pela organização dos protestos. Um bom exemplo disso é a Primavera Árabe.

Essa, consiste em uma série de protestos, revoltas e revoluções populares contra governos ditatoriais no mundo árabe (África do Norte e Oriente Médio). Seu início é marcado pelo ato de autoimolação do jovem vendedor ambulante Mohamed Bouazizi. Desde então, uma série de manifestações foram desencadeadas, gerando, em 2010, uma onda revolucionária por toda a Tunísia, conhecida como Revolução de Jasmin, expandindo-se para o Oriente Médio e o Norte da África, derrubando diversas ditaduras. Nesse contexto, destaca-se o papel das redes sociais na articulação dessas manifestações. Ferramentas como Twitter foram fundamentais para espalhar as notícias além de organizar os protestos, marcando uma nova era de ativismo virtual.