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Pedogênese e Horizontes de Solo

Neste video o Profº Claudio Hansen explica os processos de pedogênese, como são organizados os horizontes do solo e os processos de intemperismo.

Fatores de Formação do Solo

Dinâmica do solo

Tipos de Solo no Brasil

Terra Roxa e Solos Lateríticos

O solo possui importância fundamental por nos prover alimento e está relacionado a diversos processos como o crescimento de toda a vegetação. Ele é um corpo dinâmico que se altera junto com a evolução da terra. Os solos são formados a partir de um processo chamado pedogênese, pela da transformação de alguma rocha de origem, o que condiciona sua qualidade mineralógica. O solo portanto é produto da transformação das rochas, a partir do intemperismo. As áreas mais úmidas, nas quais predomina o intemperismo químico pela ação da água, aceleram esse processo e costumam ter solos mais profundos.  Cada nível ou camada do solo que vai se formando damos o nome de horizontes.

  

Para analisar o solo, entender sua origem e idade, é comum que se trace um perfil de solo, um recorte que ajuda a visualizar os horizontes, como na imagem abaixo.

 

A primeira camada chamamos de horizonte O, de orgânico, a camada mais superficial composta por material orgânico da superfície. A matéria orgânica, os restos de materiais que vem da superfície podem enriquecer o solo. Ao mesmo tempo, é a camada mais exposta, que sofre mais com a erosão e com os fatores externos. Assim como o horizonte A, que ainda tem muita matéria orgânica decomposta ou em decomposição é também sofre com as atividades agrícolas. Já o horizonte B permite analisar o solo por não ter tanta influência externa diretamente, tende a ser um solo mais puro com poucos ou nenhum fragmento da rocha mãe. Ele revela a transformação inicial. O horizonte C ocasionalmente pode ser chamado de saprolito, e está mais próximo da rocha mãe, sendo um intermediário entre a rocha de origem e o material de fato intemperizado.

 

O Brasil possui muitos solos por ser um país com predominância de clima úmido, fator que acelera o intemperismo químico e a transformação das rochas. A formação dos solos passa, portanto, por diversos fatores. Além do clima, podemos citar o relevo, pois quanto mais plano, mais fácil o intemperismo ocorrer, sendo relevos muito íngremes mais difíceis de serem intemperizados. O material de origem também é muito imporante, uma vez que as rochas têm diversas composições mineralógicas, associadas à sua origem de formação. Depois de intemperizadas, o solo carregara parte dessa composição, o que determina o seu nível de acidez, de fertilidade, a quantidade de ferro e demais características.

 

Outra característica importante é a classificando quanto ao tamanho dos grãos. Os solos arenosos, de silte ou de argila possuem diferentes tamanhos dos grãos, que influenciam também no nível de infiltração da água, de acordo com a agregação dessas partículas. Os solos arenosos têm grãos um pouco maiores, solos de silte grãos intermediários e os solos argilosos têm grãos muito pequenos e são mais agregados. Sobre a cor dos solos, os solos mais avermelhados tendem a possuir maior concentração de ferro, enquanto solos mais escuros possuem mais matéria orgânica.

 

Processos e dinâmicas do solo

  •  Adição

A chegada de novos materiais ao solo é chamada de adição. Ela pode ser considerada uma sedimentação, ou a própria ação do homem adicionando fatores que melhorem as características daquele solo.

  • Remoção

Ao observar um solo, ele pode ter sofrido algum tipo de remoção. Um bom exemplo disso é a erosão, que pode retirar camadas superiores do solo.

  • Transformação

O solo pode se transformar, sem que haja transporte. Pode ocorrer sem necessariamente alterar o seu local. O próprio solo pode ser modificado e intemperizado, sendo dessa forma alterado.

  • Translocação

O transporte dentro do próprio solo, quando o material de uma camada superior vai para camadas inferiores, ou vice e versa.

 

Alguns exemplos de solos brasileiros

Latossolo; solo bastante profundo, desenvolvido, demonstra que é um solo mais antigo.

Solos aluviais; estão relacionados à beira de rios, na área onde o rio ocupa apenas em épocas de cheia, acumulando material orgânico e nutrientes, sendo úmido e fértil.

Massapê; tem características de solo aluvial, também é importante para agricultura, se encontra em vales e em beiras de rio e se associa a produção de alimentos no Nordeste.

Terra roxa; A partir de derrames vulcânicos antigos, se destaca nesse sentido a bacia do Paraná, onde existe uma grande quantidade de solo com características oriundas de derrame vulcânico. Se associa aos solos basálticos e é bastante fértil. A economia cafeeira contou bastante com esse tipo de solo, onde era possível plantar até mesmo em regiões íngremes pela sua capacidade de sustentação.

Laterítico; A laterização é o processo no qual se forma uma camada chamada de laterita. A lixiviação é o processo no qual a água da chuva lava e leva os elementos do solo para as camadas mais interiores dele, empobrecendo-o. Porem o material não é homogêneo, então quando ocorre a lixiviação em solos com muito ferro ou alumínio, estes predominam nas camadas superiores. Para corrigir isso, utiliza-se o processo de calagem, adicionando calcário que reduz a acidez, melhorando a qualidade para uso e plantio.