Exclusivo para alunos

Bem-vindo ao Descomplica

Quer assistir este, e todo conteúdo do Descomplica para se preparar para o Enem e outros vestibulares?

Saber mais

Terra - Surgimento e formação da litosfera

O professor Claudio Hansen fala sobre a evolução da Terra. Confira!

Evolução geológica da terra

Fanerozoico e os processos mais recentes

Da deriva continental a tectônica de placas

A Formação da Terra

A terra se formou a cerca de 4,6 bilhões de anos. Uma das teorias mais aceitas sobre a formação do planeta é a teoria da Nebulosa, de Kant e Laplace. Ela fala sobre uma grande nuvem de gás e poeira de estrelas que começa a entrar em colapso pelas forças gravitacionais, criando forças de explosão e agregando elementos químicos e causando um movimento de giro num movimento orbital.

Esse processo gerou o aquecimento do interior do protoplaneta. Assim, a Terra era uma grande bola de fogo e, posterior a esse momento, houve um grande processo de resfriamento, onde as rochas se formaram a partir desses aglomerados minerais.

 

Estrutura da Terra

A fusão dos materiais ocorreu de forma que os elementos mais leves ficassem próximo a superfície, enquanto os mais pesados foram para o interior da terra, causando a diferenciação da estrutura interna da terra em:

  • Núcleo: composto de ferro e níquel, elementos mais pesados. O núcleo interno é sólido devido às elevadas pressões. O núcleo externo é líquido fundido e responsável por gerar o campo magnético da terra.
  • Manto: composto por material submetido a altíssimas temperaturas e pressão. Rocha fundida. É dividido em manto inferior e manto superior. No manto superior está localizada a astenosfera, camada mais maleável que possibilita o movimento das placas tectônicas.
  • Crosta: composta por minerais mais leves como sílica e alumínio. Compreende a crosta continental e a crosta oceânica. A litosfera compreende a crosta mais o topo rígido do manto superior, acima da astenosfera.

 

Fonte: http://igeologico.com.br/tectonica-de-placas-e-depositos-minerais/

A transição entre essas diferentes camadas ocorre de forma abrupta formando descontinuidades, que puderam ser estudas a partir do comportamento de ondas sísmicas. A descontinuidade de Mohorovicic (transição da crosta para o manto) e a de Gutenberg (transição do manto e núcleo) são duas descontinuidades sísmicas famosas.

 

Crosta terrestre

A crosta terrestre começou a se formar a cerca de 600 milhões de anos atrás. Após vários períodos de aquecimento e resfriamento, a superfície que era mais instável e gasosa passa a se tornar mais estável, reduzindo também a ocorrência desses eventos. Com isso, se solidificou uma grande massa de terra, o mega continente conhecido como Pangeia, a cerca de 350 milhões de anos atrás. O processo de separação da Pangeia passa a ocorrer a cerca de 150 milhões de anos. Isto ocorreu há muito tempo e existe uma escala geológica para entendermos a evolução do planeta até como está hoje. São esses períodos de evolução da terra, sendo o Cenozoico o mais recente.

 

Arcabouço geológico

Arcabouço geológico ou estrutura geológica refere-se à composição interna de uma determinada área, sua distribuição, idade e o processo geológico que a formou, enquanto o relevo refere-se à forma que a superfície terrestre assume. Nesse sentido, a estrutura geológica pode conter diferentes formas de relevo. É possível observar em uma bacia sedimentar (estrutura) a formação de uma planície ou de planaltos escarpados denominados chapadas.

Essas estruturas são importantes para se compreender a composição de um relevo de uma determinada localidade, mesmo que se refira à uma área que pouco se conheça. As estruturas geológicas são divididas em três: dobramentos modernos, maciços antigos e bacias sedimentares.

 

 

Adaptado de: https://slideplayer.com.br/

 

Dobramentos modernos

Formados a partir do choque entre placas tectônicas (movimento convergente de placas) em que uma das placas desce e a outra soergue (dobra). Essa estrutura é chamada de moderna pois, na escala geológica, teve origem em um período recente, o Cenozoico. A consequência disto é a formação de um relevo pontiagudo, alto e pouco erodido e, devido à altitude e ao gradiente de inclinação elevado, as áreas de dobramentos modernos tendem a possuir alto potencial hidrológico. Cabe destacar ainda que são áreas propensas à ocorrência de terremotos e vulcanismos. A Cordilheira dos Andes, na América do Sul, as Montanhas Rochosas na América do Norte e o Himalaia na Ásia, são exemplos de dobramentos modernos.

 

Maciços antigos ou escudos cristalinos

Estrutura formada a partir de um processo lento, antigo e resistente de formação que data do período Arqueano (entre 3,8 a 2,5 bilhões de anos atrás) e do Proterozoico (entre 2,5 bilhões a 542 milhões de anos), ou seja, são formações Pré-cambrianas. É uma formação de um relevo rebaixado, devido à ação erosiva, e mais arredondado. Cabe destacar que estes escudos são ricos em diferentes minerais, principalmente, os metálicos, como ferro, manganês, estanho, bauxita e cobre. No Brasil destacam-se o Quadrilátero Ferrífero em Minas Gerais, a Serra do Carajás no Pará e o Maciço do Urucum no Mato Grosso do Sul, como importantes áreas de escudo cristalino e de recursos minerais.

 

Bacias sedimentares

São áreas mais baixas formadas pela deposição de sedimentos que levam à formação de camadas de deposição. O acesso à esta estrutura é muito disputado pelos países, isso porque nessas áreas chega também matéria orgânica que pela ação da pressão se transforma em combustíveis fósseis (petróleo, gás natural, carvão mineral e xisto). Um exemplo de bacia sedimentar é a região do Golfo Pérsico, no Oriente Médio, que conta com extensas áreas de exploração de petróleo. No Brasil, a maior disponibilidade de petróleo está localizada nas bacias costeiras como a de Campos e a Santos.