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Estrutura geológica do relevo

Acompanhe a aula sobre Estrutura geológica (arcabouço)

Dobramentos modernos

Maciços antigos (escudos cristalinos/crátons)

Bacias sedimentares

Análise da estrutura geológica brasileira

Estrutura Geológica

A estrutura geológica refere-se à composição interna de uma determinada área, sua distribuição, idade e o processo geológico que a formou, enquanto o relevo refere-se à forma que a superfície terrestre assume. Neste sentido, uma estrutura geológica assume determinada forma do relevo; por exemplo, as bacias sedimentares (estrutura) podem ser uma planície (forma do relevo), como é o caso da Planície do Pantanal. Neste resumo falaremos apenas da estrutura.

No caso brasileiro só existem duas estruturas geológicas que compõem o território, os maciços antigos, representando 36%, e as bacias sedimentares, com 64%.

As estruturas do relevo também chamadas de províncias geológicas, são importantes para se compreender a composição de um relevo de uma determinada localidade, mesmo que se refira à uma área que pouco se conheça o relevo.  São três as estruturas geológicas conhecidas: os dobramentos modernos, os maciços antigos e as bacias sedimentares.

 

Dobramentos Modernos

Os dobramentos modernos são formados a partir do choque entre placas tectônicas (movimento convergente de placas) em que uma das placas desce e a outra soergue (dobra). Essa estrutura é chamada de moderna pois, na escala geológica, teve origem em um período recente, o Cenozoico. A consequência disto é a formação de grandes cordilheiras, um relevo pontiagudo, alto e pouco erodido e, devido à altitude e ao gradiente de inclinação elevado, as áreas de dobramentos modernos tendem a possuir alto potencial hidrológico. Cabe destacar ainda que são áreas propensas à ocorrência de terremotos e atividade vulcânica. Podemos citar o Japão e o Himalaia como exemplos. Lembrando: essa estrutura de relevo não é encontrada no Brasil, que no seu território possui um relevo antigo e desgastado.

 

Maciços Antigos

Já os maciços antigos, também chamados de escudos cristalinos ou crátons, referem-se à uma estrutura do relevo formada a partir de um processo lento, antigo e resistente de formação que data do período Arqueano (entre 3,8 a 2,5 bilhões de anos atrás) e do Proterozoico (entre 2,5 bilhões a 542 milhões de anos), ou seja, são formações Pré-cambrianas. O desdobramento desta estrutura é a formação de um relevo de baixa altitude, devido à ação erosiva, e mais arredondado. Cabe destacar que estes escudos são ricos em minérios, os que datam do Arqueano são ricos em granito e ardósia, e os que datam do Proterozoico são ricos em ouro. Além destes minérios, no caso do Brasil, há o destaque para o ferro (Quadrilátero ferrífero e Serra de Carajás) e para o calcário (Maciço do Urucum).

 

Bacias Sedimentares

Por outro lado, as bacias sedimentares são áreas mais baixas formadas pela deposição de sedimentos que levam à formação de camadas de deposição aglomeradas. O acesso à esta estrutura é muito disputado pelos países, isso porque nessas áreas chega também matéria orgânica que pela ação da pressão se transforma em combustíveis fósseis (petróleo, gás natural, carvão mineral e xisto). As bacias sedimentares podem originar rochas sedimentares quando passam por um processo chamado de diagénese. Um exemplo de bacia sedimentar brasileira é o próprio Pantanal (MT), ilustrado pela Fig.3. E um exemplo de rocha sedimentar são as chapadas (Fig.4) e relevos tabulares do Brasil, que revelam em sua estrutura um acúmulo deposicional, ou seja, os sedimentos foram depositados naquela estrutura, que posteriormente se consolidou.