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Formação e Organização das Cidades

O domínio da agricultura e da irrigação permitiu a formação das primeiras cidades. Estude os diferentes critérios para classificar as cidades. Conheça, também, a diferença entre cidades planejadas e naturais, além das suas classificações, com base na função urbana da cidade.

Segregação Socioespacial e Favelização

Conurbação, Metrópole, Megalópole e Megacidade

As cidades definição, organização e funções
 

 É importante destacar que no processo de urbanização alguns conceitos são importantes para a compreensão dos desdobramentos que esse fenômeno apresenta a partir do momento em que ele vai se ampliando. Dentre os conceitos podemos destacar os seguintes:

 

Cidade

No Brasil o conceito assume um caráter político-administrativo, isto é, a cidade é sede do munícipio. Embora no restante do mundo é possível observar outras abordagens para definir cidade, como a demográfica (quantitativo de pessoas) ou funcionalidade. Essa última, é a ideia de que a cidade deveria ter alguma função, por exemplo religiosa, turística, tecnológica, portuária, administrativa. As cidades podem ser naturais, resultantes de um processo de aglomeração e posterior desenvolvimento, ou planejadas, resultantes da ação do homem de forma pensada sobre o espaço construindo a infraestrutura da cidade e depois ocupando-a.

Metrópoles

São centros urbanos de grandes dimensões, cidades que dispõem dos melhores equipamentos urbanos do país (metrópole nacional) ou de uma região (metrópole regional). As metrópoles exercem grande influência das cidades menores que estão ao seu redor. Exemplos de metrópoles nacionais: Rio de Janeiro, São Paulo, Buenos Aires; exemplos de metrópoles regionais: Recife, Belém, Vancouver.

A partir da década de 1950, o crescimento e a multiplicação das metrópoles foram espetaculares. Em 1950, por exemplo, só existiam sete cidades com mais de 5 milhões de habitantes, ao passo que em 1990 já existiam dezenas de cidades com mais de 5 milhões de habitantes. Muitas delas se expandiram tanto seus limites que acabaram se encontrando com os limites de outros municípios vizinhos, formando enormes aglomerações chamadas regiões metropolitanas.

Região metropolitana

Conjunto de municípios limítrofes e integrados a uma metrópole, com serviços públicos de infraestrutura comuns. A constituição federal de 1988 permite aos governos estaduais o reconhecimento legal de regiões metropolitanas, com o intuito de atribuir planejamento, integração e execução de atividades públicas de interesse comum às cidades que integram essa região. Geralmente a área de influência de uma metrópole é medida também em função da migração pendular existente entre a metrópole e os municípios vizinhos. No entanto, a região metropolitana pode ou não contar com migração pendular para ser certificada enquanto tal, mas possui área de influência e rede de transportes integrados. 

Conurbação

É a junção física de duas ou mais cidades próximas em razão de seu crescimento horizontal. Isso ocorre principalmente em regiões mais desenvolvidas, onde geralmente há uma grande rodovia que expande continuamente a área física das cidades. Exemplos: Juazeiro e Petrolina, no Rio São Francisco; região do ABC, em São Paulo.

Megalópole

É quando ocorre a conurbação de duas ou mais metrópoles. Exemplos de megalópole é a junção de Boston e Washington originando a megalópole Boswash, e a junção de San Francisco e San Diego, originando a megalópole San-San, ambas nos EUA.

Megacidade

É toda e qualquer cidade com mais de 10 milhões de habitantes.

Rede Urbana

Conjunto de trocas que existem entre as cidades, podendo ser trocas materiais (mercadorias, fluxo de pessoas etc.) e imateriais (fluxo de informações) entre as cidades de tamanhos distintos, desde metrópoles até cidades de pequeno porte.

Hierarquia urbana

É a ordem de importância das cidades. A hierarquia urbana é estabelecida na capacidade de alguns centros urbanos de liderar e influenciar, outros por meio da oferta de bens e serviços à população.

 Hierarquia Urbana

 

Cidade global

O termo “cidade global” é recente no estudo das cidades. Ele é utilizado para fazer uma análise qualitativa das cidades, destacando a influência delas, em partes distintas do mundo, sobre os demais centros urbanos.

Uma cidade global, portanto, caracteriza-se como uma metrópole, porém sua área de influência não é apenas uma região ou um país, mas parte considerável de nosso planeta. É por isso que as cidades globais também são denominadas “metrópoles mundiais”. As características utilizadas para considerar uma cidade como global são:

  • Sedes de grandes companhias, como conglomerados e multinacionais.
  • Bolsa de valores que possua influência na economia mundial.
  • Grau sofisticado de serviços urbanos.
  • Setor de telecomunicações amplo e tecnologicamente avançado.
  • Centros universitários e de pesquisa de alta tecnologia.
  • Diversidade e qualidade das redes internas de transporte (vias expressas, rodovias e transporte público).
  • Portos e aeroportos modernos que liguem a cidade a qualquer ponto do globo. 

Segregação socioespacial

É a divisão do espaço a partir das classes sociais. A concentração de infraestrutura e serviços em determinado espaço urbano gera a valorização daquele solo, assim as classes com maior poder aquisitivo vão ocupando essas áreas mais bem servidas. Nesse contexto, que a população mais pobre ocupa as áreas menos valorizadas, isto é, que oferecem menos infraestrutura. A ocupação irregular de áreas, que não contam com infraestrutura, saneamento e redes de transportes é definida favelização.

A Autossegregação é quando as classes sociais com mais alto poder aquisitivo optam por ser isolar, muitas vezes por questão de segurança, pagando por isso como um serviço. Tal fenômeno se manifesta na proliferação dos condôminos fechados. Gentrificação é um processo que ocorre nas grandes cidades onde se expulsa as populações pobres para áreas cada vez mais periféricas. Isso traz consequências urbanas como congestionamentos, gastos com transportes e estradas, favelização e diminui ainda mais a qualidade de vida da população marginalizada.