#tomajuízo: você não será juiz federal se continuar desse jeito!

Se você estuda para concursos, sabe a dificuldade de um certame de alto nível, como é o caso das provas para juiz federal. Então, se esse sonho está no seu radar, mas acha que nunca vai conquistá-lo, #tomajuízo!.

Se seu sonho é ser investido nesse cargo tão importante para a sociedade e tão cheio de responsabilidades, chega de mimimi! Chega de se render à paralisação, ao desânimo ou à vitimização. Ainda mais nesse momento em que os principais tribunais do país estão confirmando ou iniciando o processo de autorização para novos certames.

Eu sei, eu sei, caro leitor, que a preparação para concursos é hardcore. Afinal de contas, já trilhei e continuo trilhando esse caminho. Dúvidas, inseguranças, crises de identidade, pressão social e interna, ansiedade e, muitas vezes, inércia são algumas das dificuldades que qualquer candidato irá enfrentar. Não tem jeito de fugir dessa realidade, ela faz parte do processo! É o que também afirma nosso entrevistado de hoje, o consagrado professor e juiz, Mauro Lopes. Vem conferir as dicas que pegamos com ele.

Muito bem, vamos ao nosso papo!

A pessoa que hoje vemos com uma história premiada e, pode-se dizer, de sucesso (juiz, professor e autor de Direito e Processo Tributário), começou sua carreira pública bem cedo. Tornou-se juiz do Tribunal Regional Federal da 2ª Região aos 26 anos e, antes disso, já havia atuado como procurador da fazenda e promotor de justiça no estado do Rio de Janeiro. Simultaneamente, dando vazão à sua mente dinâmica, inovou ao fundar, junto a outros colegas do Direito, o curso preparatório para concursos Master Juris, com a proposta de se tornar a “Netflix dos concursos”. E assim aconteceu! A proposta se consolidou e cresceu, evoluindo e se transformando no Master Juris.

Para ilustrar a possibilidade que todos temos de alcançar nossos sonhos, com dedicação e perseverança, nada melhor do que conversar com quem tem muita experiência na área. Por isso, resolvi fazer esse texto com base na entrevista concedida pelo Mauro à professora do Master Juris (e minha querida amiga) Yasmin Navega. Antes, acho importante reforçar, pra você e pra mim, essa mensagem simples e clara, mas que é a base da vida: esforce-se e não desista até você chegar lá!

Na conversa com Yasmin, Mauro já começa lacrando (para você que não entendeu do que se trata este texto): “Quem se dedica, quem se priva temporariamente de certos prazeres para atingir uma regularidade de estudo, essa disciplina, acaba vitorioso!”. Ou seja, não tem receita mágica pra ninguém! Apenas estudar, tomar gosto por isso e, invariavelmente, conquistar!

Bom, agora que já entendeu a “pegada”, vem conferir todas as dicas sobre esse universo que é a magistratura federal e os desafios a serem enfrentados para chegar lá. A entrevista "Como é ser juiz federal" foi transmitida ao vivo pelo canal Master Juris no dia 18 de janeiro de 2019. Caso você queria assistir à reprise, veja o link no final do texto.

A realidade do dia a dia...

A entrevista começa com questionamentos a respeito das atribuições de um juiz federal, quais são as principais atividades na sua rotina. O professor responde que, de modo geral, um juiz federal trata de todas as ações em que uma das partes seja uma entidade pública federal, como a União e entidades federais, com poucas exceções. Há, internamente, algumas especificações conforme as preferências de matéria de cada um. Por exemplo, no âmbito civil, lida-se com temas como despejo, usucapião, desapropriação, cobrança, execução fiscal, dentre outros. Já no âmbito penal, o aprovado poderá trabalhar com crimes federais, tráfico internacional, lavagem de dinheiro, etc. Para ele, ser juiz federal não é tratar de uma matéria específica, é como se tornar um clínico geral.

Ao ser interrogado sobre o dia a dia de quem passa no concurso, Mauro diz que, ao se tornar juiz, adquire-se um poder muito grande, que vem com muitas responsabilidades. Num primeiro momento, você se torna juiz substituto e vai atuar numa vara. Com sorte, haverá um juiz titular, que poderá ser compreensivo e ajudá-lo nesse período inicial. Mas, em geral, não é o que acontece, muitas varas têm apenas juiz substituto, por isso é muito importante ter consciência de que se está qualificado e é capaz de realizar este trabalho. Ainda salienta: não tem glamour, como muitos pensam, na verdade, o dia a dia é de muito processo!

Desafios nos estudos...

Pra quem tá ansioso nesse momento de possibilidades de novos certames, indagamos também sobre os desafios de quem estuda para a magistratura federal.

Nesse aspecto, ele é categórico e afirma que não há muita diferença entre concursos. Diz que o candidato tem que focar na matéria, conhecer primeiro a parte básica, que cai em todos os concursos, e que geralmente inclui: Constitucional, Administrativo, Civil, Processo Civil, Penal, Processo Penal, Tributário e Empresarial. Como etapa complementar do estudo, com edital aberto, aí sim dar atenção às disciplinas menores, específicas daquela prova. Nessas, o candidato precisaria saber, pelo menos, os princípios que as compõem.

Por fim, uma pergunta polêmica: quantas horas por dia um candidato deveria estudar?

A resposta, mais uma vez, denota muito mais sensatez: para Mauro, não existe um número de horas que você precise estudar por dia para passar. Varia de pessoa para pessoa. O que importa é a regularidade. E lembra que cada um tem seu ritmo, pois não existe idade para passar.

O juiz ainda dá um exemplo pessoal e conta a respeito de um colega de sua época de preparação que lia numa rede, de madrugada, e aquilo era suficiente para ele. Passou e hoje é desembargador. Mas o entrevistado afirma que esse método nunca seria suficiente para si! Diz que prefere estudar durante o dia, sentado numa mesa, com livros e material organizado.

Fórmula mágica?

Bem diferente dos chavões que tentam vender por aí, o concursado e professor experiente, reforça que: “Estudar pra concursos não é 'estudar até passar'. É estudar pra sempre, porque se não, você será um servidor medíocre!”.

É isso aí, caro leitor, fica aqui nosso recado! Fórmula mágica? Não existe! Mas com dedicação e persistência, chegamos em qualquer lugar! Sem procrastinar nem se auto sabotar. Sem achar também que a aprovação será a solução para todos os seus problemas! Então, vamos lá, sem lamúrias, encarar mais esta fase da vida, que, assim como todas as outras, tem suas dificuldades, mas também suas belezas! Inspira, expira, respira, não pira!

Antes de finalizar, meu muito obrigada ao querido amigo Egon Amaral, colaborador do MJ, que lançou essa hashtag maravilhosa para o nosso título.

Um beijo e até a próxima!

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