Namore e case com seu material de estudos

A advogada, blogueira e concurseira Raquel Monteiro compartilha sua trajetória no mundo dos concursos

Não seja como Wesley Safadão que diz, em uma de suas músicas, que não quer se amarrar a ninguém (risos). Nada disso! Se você deseja passar em um concurso, precisa eleger um bom material de estudos e seguir com ele até a posse. É como um bom “namoro” que, depois, vira “casamento”.

É muito natural ficar em dúvida diante da profusão de cursos, livros e inúmeros materiais que existem no mercado. Todas as semanas, recebemos publicidades com o que dizem ser a última palavra na preparação para concursos. E se você é iniciante neste universo, pode cair nesta armadilha e se sentir extremamente inseguro(a), paralisado em relação a isso.

Como acontece? São diversas as hipóteses. Uma delas acontece quando você começa um curso preparatório e, como ainda está aprendendo, pode pensar que o seu material não é totalmente confiável. Por conseguinte, aparece um curso novo e você resolve migrar para ele. Daí, você começa do zero muitas vezes e não dá tempo para que o seu conhecimento adquirido se solidifique.

A outra hipótese comum é aquela em que, estando pouco confiante no seu processo de preparação, você recebe um caderno de um(a) amigo(a) e abandona seu material antigo para  estudar por ele. Afinal, seu amigo(a) gostou muito do curso que fez e disse que o caderno está muito completo. Quando menos percebe, já leu um monte de materiais diferentes, não concluiu  nenhum deles e tampouco os memorizou.

É claro que, eventualmente, qualquer fonte de aprendizado, por melhor que seja, vai merecer adendos e  atualizações. No entanto, só isso não justifica essa constante troca de cursos, resumos e livros. É muito importante encontrar um material com o qual você se identifique, compreenda a linguagem utilizada de modo a poder seguir com ele até a chegada do momento da aprovação.

O problema de trocar sempre de material de estudos está na maior demora de produção de resultados. Com o passar do tempo, esse erro estratégico tende a gerar angústia e desânimo nos concurseiros(as) que adotaram essa forma equivocada de estudar. Afinal, quanto mais se espera para ter aprovação, mais desgastante se torna esse processo de preparação.

Ser fiel a um bom material é muito relevante! Se ainda há dúvidas a esse respeito, pergunte a um aprovado(a) se ele(a) não lembra da imagem do seu código todo anotado na hora da prova. Basta fechar os olhos, que uma tela mental se forma. Isso acontece com quem usa sempre os mesmos mapas mentais,  mnemônicos e esquemas. Quanto mais contato temos com a mesma fonte, mais a memorizamos. É como se a fotografássemos mentalmente aquela imagem.

Resumo da Ópera: engana-se quem pensa que estudar para concursos cinge-se somente a sentar e partir para a execução. Há mais detalhes sobre esse processo de aprendizado do que “sonha a vã filosofia”. Portanto, seja fiel, sempre, ao mesmo material de estudos. “Namore”, “case” com ele e seja feliz para sempre!

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