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Exercícios de Primeira Guerra Mundial - Parte 1

Nesta aula o prof. William Gabriel resolve exercícios sobre a primeira guerra mundial. Confira!

Exercícios de Primeira Guerra Mundial - Parte 2

Exercícios de Primeira Guerra Mundial - Parte 3

Exercícios de Primeira Guerra Mundial - Parte 4

Exercícios de Primeira Guerra Mundial - Parte 5

Exercícios de Primeira Guerra Mundial - Parte 6

Exercícios de Primeira Guerra Mundial - Parte 7

A política de alianças.

As tensões geradas pelo imperialismo e pelo nacionalismo ao longo do século XIX levaram à formação de alianças político-militares. Visando ampliar suas defesas ou dominar territórios africanos e asiáticos com maior facilidades, as potências europeias realizaram alianças como a Liga dos Três Imperadores (Império Russo, Alemão e Austro-Húngaro – 1873). No entanto, em 1878, rivalizando com o Império Austro-Húngaro no leste Europeu, a Rússia abandonou a liga e, em 1882, o Império Alemão e o Austro-Húngaro se uniram ao Reino da Itália na formação da Tríplice Aliança.

Como resposta a essa formação, em 1894, Rússia e França costuraram a Aliança Franco-Russa. A mesma França, por sua vez, em 1904, criou com a Inglaterra a Entente Cordiale, que foi ampliada com a entrada da Rússia, em 1907, e a formação da Tríplice Entente.

O Império Russo, após a derrota para os japoneses na Guerra Russo-Nipônica (1904-1905), estreitou suas relações com a Inglaterra e a França, buscando apoio militar e econômico para precaver-se de eventuais conflitos em outras regiões de interesse, sobretudo nos Bálcãs. A Inglaterra, por sua vez, aliou-se à França porque temia o desenvolvimento bélico do Império Alemão e lutava para impor limites às pretensões de Guilherme II.

Já na Tríplice Aliança, como visto, Alemanha e Império Austro-Húngaro, aliaram-se motivados pelos interesses nas regiões dos Bálcãs. A essas duas nações juntou-se a Itália, que queria lançar represálias à França em virtude da invasão da Tunísia, no noroeste da África, em 1881. Essa região era cobiçada pelos italianos, o que aumentava ainda mais a tensão entre as duas alianças. Quando a guerra estourou, em 1914, os exércitos que se mobilizaram estavam associados principalmente a essas seis nações.

 

O gatilho e as fases da guerra.

O estopim da Primeira Guerra Mundial foi o assassinato de Francisco Ferdinando, arquiduque e herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro, aliado da Alemanha. O arquiduque foi morto por um terrorista sérvio (Gravilo Princip) ligado ao grupo ultranacionalista “Mão Negra”. Para compreendermos o porquê do assassinado de Francisco Ferdinand, é necessário saber que ele era a principal figura que negociava os interesses germânicos na região dos Bálcãs.

Com o seu assassinato, as tensões entre os dois principais projetos nacionalistas para a região dos Bálcãs ampliaram-se.

 

·         1ª fase: Guerra de Movimentos (Agosto a novembro de 1914).

 

A iniciativa da guerra partiu da Alemanha, que executou o Plano von Schilieffen, cuja estratégia consistia em atacar pelo Leste e defender-se pelo Oeste. A princípio, a guerra assumiu o caráter de “movimento”, isto é, o deslocamento de tropas e os ataques rápidos e fulminantes (isso abrangeu os dois primeiros anos da guerra).

 

·         2ª fase: Guerra de Trincheiras ou de Posição (1915 – 1917).

 

Com a dificuldade de movimentação das grandes tropas e com a morte de muitas pessoas nos campos de batalha, graças aos novos armamentos, a guerra mudou. Se antes, os conflitos diretos poderiam acontecer em campos abertos, com armas lentas ou espadas, no século XX, isso não seria mais possível.

Com armas capazes de matar centenas de homens de uma vez, os conflitos da fase de movimentos se tornaram cada vez mais imóveis. Assim, a guerra assumiu o caráter de “posição”, ou seja, buscava-se preservar as regiões ocupadas por meio do estabelecimento de posições estratégicas. Para tanto, a forma de combate adequada era a das trincheiras.

Os soldados entrincheirados sofriam, impotentes, bombardeios e lançamento de gases venenosos, como a iperita (gás mostarda). Além disso, a umidade, o frio e as péssimas condições de higiene acabavam trazendo várias doenças. Dentre as principais causas de morte, além das armas de fogo, estavam a febre tifoide, o pé de trincheira e a malária. 

Em um curto espaço de tempo, as nações europeias necessitavam de enormes quantidades de alimentos e armas para o conflito. Nesse novo contexto, a necessidade de importação de produtos básicos se tornava cada vez maior. Assim, os Estados Unidos se tornaram um dos principais exportadores para a Europa, e passaram a conceder empréstimos às nações da Entente. Assim, mesmo que permanecendo neutro, o governo norte-americano exportava seus produtos apenas às nações integrantes da Tríplice Entente.

Entretanto, tais projeções mudariam de rumo no ano de 1917. Naquele ano, os russos abandonaram a Tríplice Entente com o desenvolvimento da Revolução Russa. Para as potências centrais, essa seria a oportunidade ideal para vencer o conflito. Não por acaso, os alemães puseram em ação um ousado plano de atacar as embarcações que fornecessem mantimentos e armas para a Inglaterra. Nesse contexto, navios norte-americanos foram alvejados pelos submarinos da Alemanha.

Nesse momento, a neutralidade norte-americana se tornou insustentável por duas razões fundamentais. Primeiramente, porque a perda das embarcações representava uma clara provocação que exigia uma resposta mais incisiva do governo americano. Além disso, a saída dos russos aumentava o risco da Tríplice Entente ser derrotada e, consequentemente, dos banqueiros estadunidenses não receberem as enormes quantidades de dinheiro emprestado aos países em guerra.

No dia 6 de abril de 1917, os Estados Unidos declararam guerra contra os alemães e seus aliados. Um grande volume de soldados, tanques, navios e aviões de guerra foram utilizados para que a vitória da Entente fosse assegurada. Em pouco tempo, as tropas alemãs e austríacas foram derrotadas.

Em novembro de 1918, o armistício de Compiègne acertou a retirada dos alemães e a rápida vitória da Tríplice Entente. Ao final da guerra, o Tratado de Versalhes impôs à Alemanha vultosas medidas de reparação pelos danos causados pela guerra. Tais medidas contribuíram posteriormente para ascensão do Nazismo na Alemanha.