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As eleições de 1950

Com o fim do governo Dutra, foram realizadas novas eleições, em 1950. Dentre os candidatos estavam Cristiano Machado (PSD), Eduardo Gomes (UDN) e Getúlio Vargas (PTB).

Debates: Liberalismo x Nacionalismo

A questão sobre o aumento do salário mínimo

A oposição a Vargas

O atentado da rua Tonelero

O suicídio

A volta de Vargas ao poder

Em 1951, Getúlio Vargas retornou ao posto de Presidente da República, agora eleito democraticamente. Em um clima de tensão política, o atual presidente assumiu em um momento de instabilidade e crescimento da oposição em relação a sua figura e ao seu projeto político. Sua atuação fomentou um importante debate: a forma que o desenvolvimento econômico do Brasil deveria ser feito.

A comunidade política se fragmentou nitidamente durante este período: de um lado, aqueles que defendiam o desenvolvimento através do capital nacional; de outro, aqueles que defendiam a intervenção do capital internacional.

Com o retorno de Vargas, o populismo, o nacionalismo e o trabalhismo estavam novamente em evidência. Adepto de um forte intervencionismo na economia, o investimento na indústria de base era um dos pilares de seu novo governo, assim como, o investimento na construção de estatais nos setores primordiais para a economia brasileira. 

A criação da Petrobras também se deu durante o segundo governo Vargas e mobilizou o país em torno da defesa da soberania nacional na exploração do petróleo. Os apoiadores  iniciaram uma campanha em favor do monopólio estatal na exploração do produto com o slogan “O petróleo é nosso.” Contando com o apoio de uma boa parcela da população, incluindo civis e militares, o então presidente,conseguiu que a lei de criação da estatal fosse aprovada em 1953.

Com um governo inserido também em uma série de polêmicas, foi durante seu mandato que o Ministro do Trabalho, João Goulart, aumentou em 100% o salário mínimo dos trabalhadores, o que amplificou o descontentamento da oposição com a figura de Vargas.

No meio de toda a pressão política para a renúncia de Vargas, o presidente acaba sendo encontrado morto no palácio do Catete, no dia 24 de agosto de 1954, deixando uma carta que ficou conhecida como “A carta-testamento”. Sua morte causou uma comoção no país e seu enterro foi acompanhado por milhares de pessoas. Em sua carta, Vargas toma um posicionamento de mártir da pátria ao afirmar:

“E aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna."