A Tentativa de Golpe
A Estabilidade Política
Nacional Desenvolvimentismo
Modelo Tripé
Presidente Bossa Nova
Críticas ao governo
Juscelino Kubitschek foi eleito nas eleições presidenciais de 1955, após o suicídio de Getúlio Vargas, tendo João Goulart como vice. Sua candidatura se dá em uma eleição conturbada marcada pelo suicídio e pela “carta testamento” deixada por Getúlio.
Para aqueles que lutavam contra o Governo de Vargas, JK significava a continuidade do getulismo. A Escola Superior de Guerra, por exemplo, vetou a candidatura de JK e rumores de um golpe, começaram a circular. Uma vez concluídas as eleições, JK foi vitorioso com 36% dos votos, no entanto, a oposição tentou impugnar as eleições, sob a justificava de que o novo presidente eleito não havia obtido maioria absoluta, ou seja, pelo menos 51% dos votos.
Com o crescimento de rumores de um possível golpe, o general Henrique Teixeira Lott precisou intervir para garantir a posse de JK, em um movimento que ficou conhecido como “golpe preventivo”. O golpe proporcionou a continuidade da constituição ao assegurar a chegada de Kubitschek ao poder.
O Plano de Metas
O Governo de JK ficou conhecido como um período de desenvolvimento econômico, cujo principal instrumento foi o Plano ou Programa de Metas. Sob o slogan “50 anos em 5”, que sintetizava a promessa de obter cinquenta anos de progresso em cinco anos do governo, esta foi a principal diretriz econômica do governo de JK. O Programa estabelecia 31 metas distribuídas em cinco grandes grupos: energia, transportes, alimentação, educação e indústrias de base. A construção de Brasília, nova capital, foi apresentada como a síntese de todas as metas.
Para atingir tal objetivo, JK buscou reorganizar a distribuição de incentivos fiscais, tecnologias e financiamentos, através de “grupos de trabalho” ligados diretamente à presidência.
Para JK o projeto só poderia ser viabilizado com o auxilio do capital estrangeiro aliado ao capital nacional, tanto o privado quanto o capital estatal. Deste modo, abrindo a economia para o capital internacional, atraiu o investimento de grandes empresas. Foi no governo JK que entraram no país grandes montadoras de automóveis como, por exemplo, Ford, Volkswagen, Willys e GM (General Motors).
Com a maior parte dos investimentos concentrados no setor energético, algumas usinas hidroelétricas foram construídas no Brasil, contudo é importante ressaltar que boa parte do projeto desenvolvimentista se concentrou na região sudeste. O bom momento era pautado de relativa tranquilidade política e de grande desenvolvimento econômico para o país que vivia os chamados “anos dourados”, marcado também por uma efervescência cultural com o surgimento da Bossa Nova.
Criou a SUDENE - Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste, que tinha por objetivo desenvolver a indústria e melhorar a agricultura da região Nordeste devido ao alto índice de pobreza e a seca que acometia esse território constantemente. Dentre as cinco categorias do Plano de Metas descritas lá em cima a que recebeu menos investimento foi o campo da educação. Enquanto isso, o investimento maciço ficou com o setor de transportes com a construção de novas estradas e a melhoria na infraestrutura de aeroportos.
De 1955 a 1961, o Brasil recebeu mais de 2 bilhões de dólares destinados ao Programa de Metas e o valor da produção industrial cresceu 80%. Nesse mesmo período, o país cresceu ao timo de 7,9% ao ano, o que representava uma alta taxa de crescimento. No entanto, com os elevados gastos públicos o Programa começou a entrar em déficit, promovendo o endividamento do Estado.
A Construção de Brasília
Um dos grandes objetivos do governo de JK, a construção de Brasília tinha como o objetivo a maior integração do território nacional e o desenvolvimento de seu interior. Com um projeto de Óscar Niemeyer e Lúcio Costa[, a construção de Brasília se deu a partir da mão de obra de trabalhadores imigrantes vindo, sobretudo da região nordeste, estes ficaram conhecidos como candangos.
Embalados pela vitória do Brasil na copa de 58 e com a Bossa Nova representando os bons ventos no país, a construção da nova capital representou um ideal nacionalista e integracionista ambicionado por JK, tornando-se o símbolo da modernização pela qual o país estava passando.