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Importância da mitologia

A professor Larissa Rocha te dá um help na Filosofia. Confira!

Pensamento pre-socratico

Principais Teóricos

Primeiro conflito

Os Sofistas.

Argumentação retórica

A importância da mitologia

Mito, do grego mithos, é uma narrativa de origem, isto é, um relato que busca explicar, geralmente recorrendo ao sobrenatural, a origem dos fenômenos e das coisas. Essas narrativas eram construídas coletivamente e, portanto, não tinham uma autoria definida. Uma vez que, na antiguidade, pouquíssimas pessoas tinham acesso à leitura e à escrita, as narrativas míticas eram difundidas, principalmente, por meio da oralidade.

Embora houvessem profissionais especializados em memorizar e veicular tais narrativas, os chamados rapsodos, cada pessoa podia, livremente, retransmiti-las à sua maneira. E como “quem conta um conto, aumenta um ponto”, era comum que essas narrativas sofressem alterações, fossem elas propositais, ou não. Por esse motivo, um mesmo mito pode apresentar inúmeras versões.

Mitologia e religião às vezes se confundem, mas embora haja certa proximidade, uma vez que toda religião é composta por mitos (narrativas de origem), há também algumas diferenças. Por exemplo, as mitologias são politeístas, isto é, reconhecem a existência de vários deuses. Já as religiões, de modo geral, são monoteístas, ou seja, reconhecem a existência de uma única divindade. Outra diferença importante é que, na mitologia, é possível estabelecer as origens e a árvore genealógica dos deuses, ao passo que em algumas religiões, sobretudo as judaico-cristãs, há a compreensão de que Deus sempre existiu.

Pensamento pré-socrático

A filosofia pré-socrática estava voltada para a investigação acerca da origem do Universo (cosmo), motivo pelo qual esse período é conhecido como cosmológico. Deve-se aos filósofos pré-socráticos, a construção de uma cosmologia, isto é, de uma abordagem racional para os problemas relativos ao funcionamento do mundo. Note-se que eles propuseram uma ruptura com o pensamento mitológico, uma vez que reconheceram a insuficiência das narrativas míticas para explicar a origem do universo. Dessa ruptura, surgiu a necessidade de elaborar novas justificativas para explicar os fenômenos que os cercavam. Nascia aí, o que conhecemos como pensamento racional (logos).

Como vemos, uma das questões centrais do pensamento pré-socrático era: qual é o fundamento ou origem (arkhé ou arché) de todas as coisas que existem? Ou seja, qual é o princípio que governa a existência de todas as coisas? Muitos desses pensadores buscaram explicação nos elementos da natureza (physis), motivo pelo qual também são conhecidos como filósofos da natureza.

 

Principais teóricos

Dentre os principais filósofos pré-socráticos estão Tales, Anaxímenes, Anaximandro e Pitágoras. Vejamos qual era o elemento primordial (arkhé) para cada um deles:

·       Para Tales de Mileto, o princípio de todas as coisas (arkhé) é a água.

·       Para Anaxímenes de Mileto, o princípio de todas as coisas (arkhé) é o ar.

·       Para Anaximandro de Mileto, o princípio de todas as coisas (arkhé) é o apéiron, o "ilimitado".

·       Para Pitágoras de Samos, o princípio de todas as coisas (arkhé) são os números.

·       Para Demócrito de Abdera. o princípio de todas as coisas (arkhé) é átomo.

Primeiro conflito

Em relação ao pensamento pré-socrático, destaca-se a discussão ontológica entre Heráclito e Parmênides. Heráclito defende que tudo o que existe no mundo está em constante transformação, num fluxo perpétuo, ou seja, nada permanece idêntico a si mesmo, “tudo flui”.  Nesse sentido, o ser (tudo o que existe) está sempre em movimento, por isso Heráclito é considerado um filósofo mobilista.

Parmênides, por sua vez, é conhecido pela frase: “o ser é e o não-ser não é”, que estabelece tanto o princípio de identidade quanto o princípio da não-contradição. Para ele, a mudança é que consiste numa ilusão, sendo impossível a passagem do ser para o não-ser ou do não-ser para o ser.  Evidentemente, Parmênides não quer dizer com isso que não existe mudança no mundo, mas apenas que as mudanças estão restritas ao mundo material, às coisas sensíveis, mas a essência de uma coisa nunca muda, é imóvel. Assim, Parmênides é considerado um filósofo imobilista.

Os sofistas e a argumentação retórica

Os sofistas eram itinerantes, viajantes do mundo grego e, geralmente, estavam na periferia. Trabalhavam como professores vendendo os seus ensinamentos. Davam aulas de oratória, retórica e lógica, elementos úteis para o sucesso na atividade pública. Afirmavam-se mestres em todos os assuntos. Por isso, eram chamados de sofistas, palavra de origem grega que quer dizer “grande mestre ou sábio”. A argumentação retórica era o foco dos sofistas, por isso eles buscavam desenvolver nos seus alunos a capacidade de produzir argumentos capazes de vencer os adversários e persuadir as pessoas, sobretudo na Ágora. Para os sofistas, a verdade é relativa (o que vale para um determinado lugar, não vale para outro), portanto o que importa é dispor de argumentos capazes de, em qualquer circunstância, vencer o debate. Essa postura lhes rendeu a fama de relativistas.