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Características gerais dos cordados

O professor Rubens Oda apresenta o grupo Chordata, que possui em alguma fase do seu desenvolvimento a notocorda, bastão flexível de células que se estende por quase toda a região dorsal, acima do tubo digestório. Cordados são divididos em protocordados e vertebrados.

Protocordados

Agnatos

Condríctes

Estratégia de osmorregulação dos condríctes

Osteíctes

Estratégia de osmorregulação dos osteíctes

Os cordados são animais deuterostômios, triblásticos e celomados, com simetria bilateral, segmentação no período embrionário e sistema digestório completo. O que define um representante do filo Chordata é presença, em alguma etapa da vida, de notocorda, fendas branquiais e tubo nervoso dorsal, além de uma cauda.

A notocorda pode permanecer em alguns indivíduos, mas é substituída nos vertebrados pela coluna vertebral. Importante lembrar que a notocorda não forma o sistema nervoso. Sua função é orientar o eixo do embrião e ajudar na sustentação dos organismos. No desenvolvimento embrionário, além da notocorda, os cordados apresentam um sistema nervoso dorsal, fendas branquiais e cauda.  Nós, seres humanos, pertencemos ao filo dos cordados. 

É dividido em 3 subfilos: Urocordados, Cefalocordados e Vertebrados, também chamados de Craniados. Os urocordados e os cefalocordados são chamados de protocordados, de ambiente aquático marinho. Os craniados englobam as feiticeiras e os vertebrados.

 Filogenia simplificada, mostrando as relações entre os grupos de cordados e as principais características dos grupos.

Filogenia simplificada, mostrando as relações entre os grupos de cordados e as principais características dos grupos.

 

Urochordata

Urocordados não possuem uma coluna vertebral, mas ainda são dotados de notocorda durante a fase larval. Em sua maioria, são seres vivos sésseis, e recobertos por uma túnica de tunicina, uma molécula semelhante a celulose. São seres filtradores, e apresentam sistemas bem simples. Podem ser tanto assexuados quanto sexuados, com reprodução por brotamento nos assexuados.

 Exemplo de uma colônia de ascídias e um esquema de sua anatomia interna.

Exemplo de uma colônia de ascídias e um esquema de sua anatomia interna.

 

Cephalochordata

São cordados marinhos e pequenos, que vivem soterrados no substrato. Sua notocorda é permanente e apresenta um tubo neural dorsal. Sua boca é envolta por estruturas que impedem a passagem de partículas demasiado grandes, e grande parte de sua digestão ocorre no meio intracelular. São valiosos no estudo da embriologia, tendo em vista que seu desenvolvimento embrionário inicial é comparável ao dos seres humanos.

 Foto de um anfioxo e um esquema de sua anatomia interna.

Foto de um anfioxo e um esquema de sua anatomia interna.

 

Vertebrata

Vertebrados são um grupo de seres vivos extremamente diverso. Compreendem os agnatos, peixes (cartilaginosos, como os chondrichthyes, e ósseos, como os osteichthyes), anfíbios, mamíferos, répteis e aves. São caracterizados pela presença de uma coluna vertebral e de um crânio, capaz de proteger o cérebro.

 

Agnatha

Agnatos são vertebrados desprovidos de mandíbulas. Essa Classe compreende lampreias e peixes-bruxa. Em geral, estes seres não apresentam nadadeiras peitorais, e seu esqueleto é cartilaginoso, não havendo calcificação. Apresentam uma única narina e olho diferenciado. No caso das lampreias, sua alimentação se dá por parasitismo externo, ou seja, elas se prendem a peixes por sua boca repleta de dentículos e se alimentam do sangue. Apresentam fendas branquiais.

 Ilustração de uma lampreia, representante dos Agnatha.

Ilustração de uma lampreia, representante dos Agnatha.

 

Chondrichthyes

Esse grupo inclui os peixes cartilaginosos, como tubarões e raias. São peixes geralmente oceânicos, dotados de escamas que recobrem sua pele e de um esqueleto totalmente formado por cartilagem, com suas fendas branquiais laterais sem proteção. É interessante ressaltar que esses animais habitam ambientes marinhos, e que por estarem sempre em meio hipersalino, precisam de mecanismos para garantir sua osmorregulação (controle do equilíbrio da concentração de sais e água). Para isso, contam com o armazenamento de excretas (ureia, ao contrário da maioria dos animais aquáticos, que excretam amônia) como forma de não perder água para o meio, através da manipulação de concentração de sais no meio intra e extracorpóreo. Não apresentam bexiga natatória como os peixes ósseos (Osteichthyes), portanto contam com o fígado gorduroso para manter flutuabilidade.

 O tubarão é um exemplo de condricte, e podemos observar, logo acima da barbatana, as fendas branqiuais expostas.

O tubarão é um exemplo de condricte, e podemos observar, logo acima da barbatana, as fendas branquiais expostas.

 

Osteichthyes

Os peixes ósseos (Osteichthyes) são peixes que apresentam esqueletos ósseos. É a vasta maioria dos peixes, representando a maior biodiversidade dentre os vertebrados. É importante saber que esses animais apresentam arcos branquiais (responsáveis por sua respiração) protegidos por um opérculo, esqueleto predominantemente ósseo, excreção de amônia e uma bexiga natatória que os confere flutuabilidade. Peixes que habitam ambientes de água doce e peixes que habitam ambientes marinhos apresentam diferentes formas de osmorregulação, sendo os peixes de água doce obrigados a eliminar grandes quantidades de urina extremamente diluída e não beberem água (tendo em vista o ganho constante de água pelo meio). Peixes de água salgada, por outro lado, eliminam sal de seu corpo de maneira ativa através de células especializadas, e bebem água salgada para evitar perda de água excessiva para o meio.

 Peixes ósseos. Repare que não vemos fendas branquiais, pois elas estão recobertas por um opérculo.

Peixes ósseos. Repare que não vemos fendas branquiais, pois elas estão recobertas por um opérculo.